A “Vovó do Skyrim”, uma reflexão sobre a idade dos Gamers
Em um documentário exibido pela 60 Seconds Docs, o mundo conheceu a história de ,uma jogadora (super simpática e fofa) de 79 anos de idade, cuja paixão pelos videogames já ultrapassa mais de duas décadas, tendo como favorito em suas jogatinas o RPG da Bethesda, The Elder Scrolls V: Skyrim. A surpresa e o falatório, veio obviamente, por conta da idade “avançada” da senhora, que nos traz uma reflexão muito importante para o mercado de games. Existe idade para gostar de jogos?
Conhecer seu público alvo é importante em todos os setores da economia, e por muitas vezes o marketing direciona sua maior atenção quando determina a faixa etária de seus usuários. Em mercados de tecnologia, como é o de jogos digitais, mudanças ocorrem muito rapidamente, por exemplo, nos anos 90 era comum encontrar consoles sendo vendidos em lojas de brinquedo com um direcionamento totalmente infantil, hoje em um espelhamento quase total vemos cada vez mais jogos com classificação etária “18+” e consoles sendo apresentados como uma central de multimídias interativas focadas em jovens adultos.
Um estudo de 2014 realizado pela ESA (Entertainment Software Association) revelou a idade média dos jogadores nos EUA, separando-os também em gênero, conforme a tabela abaixo:
Como podemos ver a maior fatia dos jogadores estão perto dos 40 anos, o que só tende a aumentar, pois, com o advento dos jogos casuais para celulares, uma nova gama de idosos passaram a se interessar por “joguinhos” passando um tempo cada vez maior consumindo essa mídia. Em jogos como WOW (Word of Warcraft) no Brasil, uma pesquisa realizada em fórum pelos próprios jogadores, foram identificadas idades entre 8 e 62 anos, com média de 25,9. Os desenvolvedores, por sua vez, precisam identificar e quantificar/qualificar cada vez mais seus públicos, a fim de entender a identificação de grupos específicos para com seus jogos, afinal quem nunca se deparou com comentários como: “Minecraft é jogo de pré-adolescente”. E isso é super positivo e facilitador.
É de se esperar que novas tecnologias surjam e atraiam cada vez mais adeptos de todos os níveis sociais, gêneros, nichos e idades, iniciativas como realidade aumentada, realidade virtual, novos simuladores, serão o futuro dos games e nós dessa geração seremos os “vovôs dos games” daqui a alguns anos, porém com a cultura gamer mais enraizada, assim esperamos.
Num futuro próximo, talvez essa discussão não tenha mais relevância, pois teremos ultrapassado as barreiras dessa segregação, uma vez que como cultura os games terão espaço em todas as instancias e momentos de nossas vidas, estamos “engatinhando” para isso. E respondendo a pergunta feita no início desse artigo! Não, não existe idade para gostar de jogos!!!