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Por que pagar Youtubers por conteúdo ainda é um tabu no mercado de games?


Esta semana mais um escândalo envolvendo Youtubers e a Federal Trade Comission dos Estados Unidos veio à tona – a Warner Bros admitiu ter pago para que youtubers publicassem reviews positivos do game “Middle-Earth: Shadow of Mordor”.

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PewDiePie – Shadow of Mordor

Sempre que me deparo com matérias como “Polêmica: PewDiePie e outros YouTubers foram pagos pela Warner por reviews” eu me pergunto qual seria o problema disso. Em outros mercados, como por exemplo o de beleza, enviar produtos e pagar por reviews é tão comum quanto pagar a uma revista por um anúncio em uma de suas páginas (ou você acha que as revistas só divulgam os produtos que realmente gostam?). Pagar por conteúdo escrito, em áudio e em vídeo não passa de uma maneira efetiva para atingir o público correto com um determinado orçamento disponível para tal.

Deveríamos mesmo atirar Youtubers e marcas na fogueira? Não tão rápido.

No escândalo mais recente, bem como em casos anteriores, muitos portais se utilizam do nome de maior representatividade envolvido no caso para atrair clicks para o site e suas redes sociais. A estratégia bastante conhecida e incômoda, conhecida como clickbait, muitas vezes não leva em conta a veracidade dos acontecimentos, baseadas em especulações e com pouca profundidade de investigação, as matérias tem como objetivo reproduzir fatos meramente copiados de outros sites para atrair audiência sem qualquer profissionalismo.

Contando com a inexperiência do público, muitos sites distorcem as informações e transformam uma simples negociação comercial bastante comum em algo imundo e horrível. Uma análise simples do mercado de geração de conteúdo seria suficiente para expor a provável real situação: empresas pagam por conteúdo todo o tempo. Youtubers são atualmente uma fonte infinita de audiência, e por isso, passam a ser envolvidos nas estratégias de comunicação das empresas, o que obviamente não é nenhum crime.

Muitas empresas ainda não sabem muito bem como lidar com isso (os Youtubers) e acabam falhando em suas estratégias, bem como muitos Youtubers ainda não sabem como lidar com patrocínios e parcerias uma vez que este mercado é, de certa forma, ainda muito novo.

Se um Youtuber opta por fazer um review pago sem informar a sua audiência, o ato pode sim ser considerado inapropriado, mas não deve de forma alguma, manchar a reputação de todo um mercado emergente de produção de conteúdo em vídeo.

Resumindo: se alguns Youtubers não tem ética, isso não significa que todo Youtuber deve pagar o pato.

AAEAAQAAAAAAAAhBAAAAJDU5YzhlMGNjLTVmMTMtNDcwNy1iZThlLTdjOTQ0OWNjNDA1NgOutro ponto é que gerar conteúdo, manter um canal de sucesso, conquistar e reter uma audiência tem custo, pode parecer absurdo mas Youtubers são pessoas como eu e você, pagam contas, tem família, carreira e gastos com os quais tem de arcar. Nada mais justo que contribuir para a geração de conteúdo patrocinando um canal ou fechando uma parceria se a audiência com a qual um determinado indivíduo dialoga é aquela que você deseja atingir.

A ética no mercado de produção de vídeo ainda se encontra um tanto enevoada uma vez que o mercado é recente e muitos desses produtores de conteúdo são jovens e sem experiência, no entanto, divulgar polêmicas infundadas contribui para o mito de que é errado pagar pela produção de conteúdo, contribui para o mito de que Youtubers nunca devem receber por reviews de jogos e produtos. O que, na minha humilde opinião, é errado.

Se feitas de maneira honesta e se comunicadas de forma clara, as negociações entre empresas como a Warner e Youtubers como PewDiePie, tendem a contribuir com o mercado uma vez que colocam o produtor de conteúdo em vídeo no foco de uma campanha de marketing bem sucedida.

Criticar tais ações sem conhecimento, no entanto, contribui diretamente para que canais bem menores encontrem portas fechadas ao buscar parcerias. Embora muito ainda deva ser esclarecido de ambos os lados e embora tanto empresas quanto Youtubers ainda tenham muito o que aprender sobre o mercado no qual atuam, condenar parcerias pode prejudicar diretamente a sobrevivência de canais cuja abordagem possui qualidade e cujo conteúdo possui imensa qualidade e potencial. Portanto, recomenda-se cautela ao condenar uma empresa ou um Youtuber por uma parceria. Afinar, qual é mesmo o problema de pagar por um conteúdo de qualidade?

Para entender a polêmica entre Federal Trade Comission dos Estados Unidos, a Warner e o PewDiePie, assista:

E opine: você acha certo ou errado pagar Youtubers por conteúdo?


YouTube Gaming – A nova plataforma do Youtube dedicada aos Games


O Youtube anunciou o YouTube Gaming, um novo aplicativo e site dedicado exclusivamente a conteúdo de jogos. “YouTube Gaming é construído para ser tudo sobre seus jogos e jogadores favoritos, com mais vídeos do que em qualquer outro lugar”, disse o gerente de produto do YouTube Gaming, Alan Joyce em anúncio. “Mais de 25.000 jogos terão sua própria página cada um, um lugar único para todos os melhores vídeos e transmissões ao vivo sobre esse título. Você também vai poder encontrar canais a partir de uma grande variedade de publicadoras e Youtubers.”youtube-gaming-marketing-games-01

Em um evento no estúdio da empresa em Los Angeles, o  chefe global de parcerias de jogos do YouTube, Ryan Wyatt, falou sobre a importância crescente dos jogos para o vídeo online – particularmente streaming – mas disse que o YouTube “nunca realmente ofereceu aos jogadores a experiência que eles merecem” – e sim, nisso todos nós concordamos.

Wyatt disse que o “YouTube Gaming foi construído a partir do zero para os jogadores pelos jogadores”, prometendo que “os jogos não estarão mais perdidos em um mar de conteúdo.” Esperamos também que os jogos não fiquem perdidos em um mar de bugs, que são diariamente relatados pelos Youtubers de jogos que tão arduamente tentam ganhar a vida com a produção desse conteúdo.youtube-gaming-marketing-games-mobile

O aplicativo YouTube Gaming e o site permitirão que os usuários se inscrevam em canais e sejam notificados imediatamente quando as streams começam – o que outras plataformas de streaming já fazem a tempos.

O serviço fará recomendações com base em canais que o usuário segue “e quando você quer algo específico, você pode procurar com confiança, sabendo que a digitação ‘call’ irá mostrar-lhe Call of Duty e não ‘Call Me Maybe'”, disse Joyce. Ficamos todos aliviados, afinal o hype dessa música já passou a séculos.  YouTube Gaming também promete novos recursos para livestreamers, permitindo que os Youtubers não precisem agendar seus eventos antes do tempo – novamente, outras plataformas como a Hitbox, já fazem isso a tempos, mas é bom ver o Youtube finalmente corrento atrás das novidades.

A gerente de produto Barbara Macdonald mostrou melhorias do YouTube para livestreamers no evento, mostrando participantes o processo simplificado que requer apenas alguns cliques para configurar o YouTube Gaming que também vai permitir que os espectadores possam “voltar” em transmissões ao vivo, e uma nova opção de baixa latência de streaming  “que vai permitir aos streamers realmente interagir com seus fãs durante os jogos.” Macdonald também prometeu melhorias na moderação dos chats, algo que ela disse que os usuários já vinham pedindo.

youtube-gaming-marketing-games-02O YouTube não divulgou se o serviço estará disponível nos consoles, mas afirma que ele chegará aos navegadores, e no Android e iOS através de apps “nas próximas semanas.” Inicialmente, o YouTube Gaming estará disponível nos EUA e no Reino Unido.

Para saber mais sobre a plataforma, leia o comunicado oficial (em inglês) disponível no blog do Youtube ou, acompanhe as novidades diretamente do Twitter oficial do Youtube Gaming, que embora recém lançado, já concentra uma massa ansiosa por novidades.


Como rentabilizar as suas partidas de games?


Gostaria de ganhar a vida jogando games? Saiba que essa pode ser uma carreira lucrativa!

Mais de cem milhões de pessoas por mês assistem partidas de games transmitidas pelo Twitch.tv , o que torna o site/canal, o quarta maior dos EUA em termos de pico de tráfego, apenas atrás dos gigantes Netflix, Google e Apple.

Um artigo publicado na Forbes estimou que os maiores streamers (pessoas que jogam e ao mesmo tempo transmitem essas partidas para o público) podem ganhar mais de US$300.000 por ano.

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Uma das formas de remuneração dessa atividade é a criação de conteúdo para o YouTube. Games em geral tem milhões de assinantes fiéis e centenas de milhões de visualizações em canais especializados. E o YouTube remunera cada uma das visitas que o canal recebe.

Entrevistamos alguns top streamers do Twitch.tv, bem como as pessoas por trás de alguns dos canais principais jogos do YouTube. Perguntamos como eles administram essa “carreira” e como outras pessoas podem se aventurar para obter algum tipo de sucesso:

Defina um público para direcionar o seu conteúdo e estude outras audiências gamers
“Jogadores estão programados para tentar quebrar o YouTube ou Twitch.tv”, diz Matthew Patrick, conhecido por seus fãs como “MatPat.” (Mat possui e opera o canal de YouTube “The Game Theorists”) “É interessante ver que jogadores têm tanto sucesso em todas essas plataformas, por conta de nossa mentalidade: “O YouTube é um jogo, o Twitch é um jogo, como vamos otimizar o nosso desempenho nessas plataformas?” – diz ele.

Matt confere frequentemente os dados do gráfico de retenção para seus vídeos do YouTube para descobrir onde seu público está envolvido ou perdendo o interesse e para utilizar somente aquilo que for relevante. Os resultados? Cada vídeo otimizado com essas informações tem um aumento de 10% na retenção de público e 80% da sua audiência permanece mais tempo assistindo seus vídeos.

Crie conteúdo próprio
Quando você pensa em jogar tempo integral, provavelmente imagina o gamer profissional: O homem ou mulher que joga em torneios e campeonatos. Mas há muitas maneiras de criar conteúdo jogando casualmente.

Sean Plott, conhecido por seus fãs como “Day9″, transmite um show único, estruturado a cada dia, enquanto Octavian Morosan, conhecido como Kripparrian, transmite maratonas de até oito horas de duração. Ambos concordam que é de vital importãncia usar o seu canal para se representar como realmente são (autenticidade) e como você pode fazer aquilo que se propõe de uma forma interessante e divertida (passar uma fase, detonar um jogo, desafiar uma amigo e etc).

Trabalhe duro para se destacar
Se você quiser fazer vídeos jogando League of Legends por exemplo, existe a vantagem de ter um gigantesco público interessado por conta da popularidade deste game. Mas lembre-se, milhares de pessoas também já transmitem conteúdo para esse jogo, também explorando sua grande popularidade. “Ser o primeiro no mercado e ter conteúdo diferenciado é realmente importante”, acrescenta Plott. Kripparrian compartilha dessa visão:”Se você não é o melhor ou o mais popular, é muito difícil levar as pessoas a vê-lo.”

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Nem tudo é diversão
Viver de games é como qualquer trabalho: é estressante, requer muita pesquisa e habilidade com planilhas.

Não há fins de semana: “Cada vídeo leva em torno de 100 horas para se produzir entre pesquisas, edição de áudio, edição de vídeo, otimização, todas essas coisas.”, diz Patrick. E você não vai sobreviver apenas fazendo um único bom vídeo. Você tem que criar constantemente bons conteúdos que as pessoas queiram assistir, interagir e compartilhar.

Jogar jogos de videogame como profissão agora é uma escolha de carreira viável. Não só para jogadores tão talentosos como Kripparrian, mas também para artistas como Dia9 e MatPat, para não mencionar tantos outros. Se você está disposto a criar conteúdo exclusivo, manter contato frequente com o seu público e enxergar essa atividade como um negócio, sem dúvida você tem o poder necessário para rentabilizar os seus streamings de games.

Fonte:
Forbes
Business Insider