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Terror e vida real: uma junção que nos brinda com jogos excelentes


Olá, caros leitores. Tudo bem com vossas excelências? Espero que sim. Hoje vamos conversar sobre jogos de terror e suas inspirações da vida real. Para celebrar o Halloween, nada melhor que um tema nos moldes do dia das bruxas.

That Dragon Cancer

Trágico como uma doença pode afetar uma família. Será que a criança tinha noção sobre o que lhe acontecia? Morreu sem ter ciência disto?

Não é de hoje que a arte imita a vida, ainda mais se tratando de games e filmes. Desde jogos de corrida inspirados em corridas reais, como a “Les Mans” e a “Formula 1”, até jogos feitos para mostrar situações deveras difíceis de transpor, como “That Dragon, Cancer”, todos tendem a mostrar, à sua maneira, como funciona o mundo real. Ainda que não seja possível reproduzir com exatidão cada detalhe da vida, a imitação tenta, ao máximo, dar essa sensação de realismo.

Centralia

E isso não é diferente em jogos de terror. Alguns são baseados em ocorrências reais, e até mesmo em localidades reais. Há de se citar como exemplo a famosa Silent Hill. Nos jogos tem sempre aquela névoa cobrindo a cidade e o mundo dos demônios, que domina a cidade em certos momentos, com seu cenário industrial e gótico. Esta atmosfera foi baseada na história de Centralia, do estado da Pennsylvania, lá na terra da liberdade. Esta cidade sofreu um acidente nas suas minas de carvão que provocou um incêndio duradouro. Seus efeitos perduram até os dias de hoje e seu visual se assemelha com a cidade Konamística. Não é o tipo de cidade que dá para visitar devido ao alto risco de desabar o chão e dos gases que saem das fendas abertas serem tóxicos.

headerHá também o jogo Kholat, que tenta explicar o incidente do Passo Dyatlov. Nele, 09 estudantes russos foram acampar e desapareceram. Seus corpos foram achados com sérios traumas físicos. O que intriga nessa história é: a quem pertence as pegadas gigantes na neve encontradas próximas dos corpos e como 09 estudantes são espancados sem levar ao menos um agressor pro chão. Aqui tem um documentário sobre o ocorrido que vale a pena ver.

Claro que, nessa história de arte imita a vida, vem também a ideia de que os criadores de arte “criam” histórias fictícias, com cara de reais, para catapultar as vendas das suas artes. Este parece ser o caso de Fatal Frame, onde diziam ser inspirado na mansão Himuro e seus rituais no mínimo estranhos, mas não foi encontrado nada factível que encorpasse este boato.

Com tudo isso dito, joguemos estes com temas de terror com mais carinho, pois ele pode ser baseado em algo real. E isso torna a experiência mais dinâmica, seja no sentido de conhecimento histórico ou no sentido de prevenção e cuidado ao sair por aí na natureza.

É isso aí! Valeu pela atenção e até a próxima!

Fontes: Site sobre Centralia, Publicação no Arkade sobre Silent Hill, Publicação no Arkade sobre Mansão Himuro


Por que gostamos de sentir medo nos Games?


Há tempos a ciência tenta entender por que nós, seres  humanos que evoluímos na busca pela felicidade e pelo conforto, gostamos de sentir medo. O medo é uma reação de alerta muito importante para a sobrevivência dos seres humanos, é uma sensação que ocorre em consequência da liberação de hormônios como a adrenalina e dopamina, que causam imediata aceleração dos batimentos cardíacos, uma resposta natural do organismo a uma estimulação aversiva, física ou mental, cuja função é preparar o indivíduo para uma possível luta ou fuga.

márcio-bernik-medo-games

Márcio Bernik

Márcio Bernik, Diretor do Laboratório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria da USP
“Nossa mente é tão complexa que consegue associar o pavor a algo completamente oposto como o prazer”
“A intensidade do medo gera a parte física, como o suor nas mãos e o coração batendo, mas os sentimentos, pensamentos e emoções associadas a isso são condicionados. Por isso é possível transformar os estímulos de terror em algo positivo.”


Mas porque algumas pessoas gostam de sentir medo mais do que outras? A resposta pode estar em um aspecto da personalidade dos indivíduos conhecida como busca de sensações. Pessoas que buscam sensações respondem mais a experiências intensas como jogos de terror. Tais experiências podem assumir a forma de aventuras reais como pular de para-quedas, ou podem ser atividades como assistir a um filme de terror intenso… ou jogar Outlast. 😉

Os jogos que tem o objetivo de nos transmitir medo, são em geral chamados de “Survival-Horror” – os jogos desse gênero tem por objetivo sobreviver a fatos geralmente incompreendidos e misteriosos, que ao longo do desenrolar do jogo vão sendo desvendados de maneira assustadora e surpreendente. Iniciado na década de 90 pela franquia Alone in the Dark, o gênero se popularizou e tem grandes sucessos no currículo como Resident Evil e Silent Hill. Atualmente os survival-horrors se expandiram e diversificaram, dividindo-se entre estilos de terror sobrenatural, psicológico, que envolvem pesquisas biológicas, zumbis, fantasmas e tudo mais que possa apavorar os jogadores.

Recentemente o gênero ganhou imensa visibilidade com o anuncio do novo game da série de terror “Silent Hill” que está sendo produzido por Hideo Kojima, criador da franquia “Metal Gear Solid”, e pelo cineasta Guillermo del Toro (“Círculo de Fogo”, “Labirinto do Fauno”) que surpreendeu a todos por contar com a participação do ator Norman Reedus, o Daryl Dixon da série de TV “The Walking Dead”. Chamado de “Silent Hills” e revelado durante a conferência da Sony na Gamescom, na Alemanha, “Silent Hills” usará o motor gráfico Fox Engine, o mesmo de “Metal Gear Solid V: The Phantom Pain”- o que certamente tornará o jogo mais realista e assustador…

Foram lançados diversos vídeos e teasers, incluindo as reações de alguns jogadores. Se você gosta de sentir medo, acompanhe as novidades desse game, ele promete levar sua experiência em outro nível!

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ME-DO!

Fontes Revista Época, Hypecience, GameVício e G1 Tecnologia e Games