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Os Games como ferramenta educativa e de fortalecimento da cultura popular


GamesCultureHoje foi dada entrada na audiência publica para o setor de jogos digitais, e acredito que esta será a melhor chance que teremos para o mercado de games. Segue abaixo o texto da petição na íntegra, requerida pela Sra. Luciana Santos do PCdoB/PE, que já entra em pauta na próxima semana no plenário e logo após será o momento de agendarmos uma data para discussão da mesma. 

“Requer à Comissão de Cultura a realização de audiência pública conjunta com a Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática para debater o setor de jogos eletrônicos e digitais no Brasil.

O crescimento do mercado de games tornou-se uma oportunidade lucrativa do segmento de Economia Criativa Nacional. Os dados referentes ao crescimento do setor no Brasil e as perspectivas de expansão do segmento revelam a existência de uma população aberta ao consumo dos jogos digitais. O Brasil já é atualmente o 4º maior mercado de jogos digitais do mundo, estando à frente do Reino Unido, Alemanha e Espanha, de acordo com a consultoria GFK. Em 2012 o mercado nacional de games movimentou R$ 5,3 bilhões e estima-se o crescimento de 38% para o ano de 2013.

De acordo com especialistas o boom desse mercado deve-se à explosão dos tablets e smartphones. Apenas no Brasil estima-se que 45 milhões de brasileiros utilizem a internet pelo celular, destes 35 milhões tem algum joguinho em seu celular. No que diz respeito aos smartphones e tablets, a compra dos jogos eletrônicos se dá pela Apple Store, para o sistema iOS, e pela Google Play para o sistema Android.

871122842O setor de jogos digitais tornou-se também uma ferramenta mais abrangente do que entretenimento, em que pese este ser o grande filão, jogos publicitários, educativos e empresariais também compõem este mercado. Neste sentido, chama-se atenção para o fenômeno da Galinha Pintadinha.

Em 2006, Marcos Luporini e Juliano Prado criaram a animação do personagem infantil Galinha Pintadinha, recheado de cantigas de roda popularmente conhecidas das crianças e dos adultos de outras gerações, como “atirei o pau no gato”, a animação foi disponibilizada no YouTube e já conta hoje (2013) com quase 01 bilhão de acessos! Fato este que não ocorreu com nenhum outro canal do YouTube da América Latina. A popularização pelo YouTube ajuda empresa deles, a Bromélia Filminhos, a comercializar DVDs, jogos para Tablets e Smartphones, além de estampar a marca da Galinha Pintadinha em roupas, fraldas e brinquedos.

Toren_Contudo, a maioria absoluta dos jogos digitais consumidos pelos brasileiros não são iniciativas nacionais, com destaque para os produtos chineses, japoneses e norte americanos. Dentre a lista dos 10 games mais vendidos no Brasil, divulgados recentemente pela GFK Consultoria figuram: “God of War: Ascension”, “The Last of Us”, “Call of Duty: Black Ops II”, “Just Dance 4”, “Assassin’s Creed III”, “Grand Theft Auto IV” e “Assassin’s Creed II”. Entretanto há iniciativas de sucesso, como a mencionada Galinha Pintadinha, ou mesmo o Game Toren, desenvolvido pelo estúdio gaúcho Swordtales, que foi o primeiro jogo aprovado para receber recursos por meio da Lei Rouanet. Tudo isso dentro de em setor de inovação e criatividade forte no país, estima-se que atualmente existam mais de 73 mil empresas na área de Tecnologia da Informação.

Este cenário precisa necessariamente observar a necessidade de diminuição da defasagem tecnológica entre o Brasil e outros países, considerando a necessidade de fomento, marco regulatório, para este setor recente da economia nacional. Por outro lado, falar da criação nacional de jogos digitais é falar da criatividade do povo brasileiro, que pode agora ser expressa e amplamente difundida através das mídias digitais, podendo se tornar cada vez mais uma ferramenta educativa e de fortalecimento da cultura popular. Por isso, trata-se de tema tão caro à Comissão de Cultura, bem como à Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática desta Câmara dos Deputados.”


Brasil o país da Copa, da Olimpíada, do otimismo e do Canto da Sereia


Começamos o ano de 2014, o ano da Copa do Mundo o ano das eleições e um ano de otimismo, mas vamos analisar com calma esse otimismo em que vivemos ou que pelo menos os meios midiáticos dizem com tanta eloquência que estamos passando.

4609LD1Quase todos os jornais e revistas nos dizem o quanto o país cresceu e o quanto temos espaço para crescer, vejo índices cada vez maiores de crescimento e poucos setores em queda apontados em pesquisas, mas isso é 100% verídico? As empresas e os empresários estão mesmo vendo esse otimismo todo? Ou estamos vivendo um período de euforismo maquiado?

Posso citar minhas experiências, dentro do mercado de tecnologia, começando pelo setor de aplicativos e jogos, é notório que o mundo inteiro tem foco no Brasil e essa percepção foi fortalecida pelos eventos internacionais em que estive e estarei presente para participar. Acontecerá em fevereiro a Macro Rodada de Negócios na Colômbia, em Bogotá, ao qual merece ser dito que é um exemplo a ser seguido de evento voltado ao crescimento de um país. Em Março acontece a E-show em Barcelona, que é um evento de E-Commerce, e logo após, estão previstos outros eventos na Malásia, Dubai, Tunísia e Alemanha.

Claro que todos esses eventos buscam uma coisa só, a oportunidade de fazer negócios no Brasil e também conhecer o mercado brasileiro, o país com mais de 200 milhões de pessoas onde segundo pesquisas, metade da população já tem um smartphone, o que é uma promessa de mercado abundante no setor. Mas a realidade disso tudo pode ser “o canto da sereia”.

sirenO canto da sereia em textos mitológicos em uma explicação bem simples:
Imagine um marinheiro velejando há alguns dias no mar e de repente ele escuta uma linda canção, ele olha no convés do navio e vê uma linda sereia cantando de longe, claro o marinheiro pula no mar e vai de encontro com aquele lindo ser celestial, com voz doce e quando chega perto ela vira um monstro horrível e acaba levando o marinheiro ao fundo do mar. Essa versão não tão poética pode ser um momento ao qual o Brasil está passando.

Apesar das estatísticas de crescimento, a realidade nas empresas pelo que vejo é outra bem diferente. Em dois anos de observação do mercado, vejo se repetir nas empresas de aplicativos e jogos a regra já apontada pelo Sebrae em outros setores, onde muitas empresas que abrem não estão conseguindo completar 01 ano de vida e as heroicas empresas com mais de um ano, estão no mercado porque tem contratos com grandes empresas de telefonia, ou com algum outro segmento que lhes garante a renda mínima de sobrevivência, as poucas empresas de outros países que vem aqui para estudar o mercado, não tem interesse em abrir uma filial e sim uma “representação”, e o motivo é bem claro, tente explicar a um empresário estrangeiro nosso sistema tributário, tente explicar a ele o que é um imposto “simples” ou “lucro presumido”, ou “lucro real”, e pior ainda, explique o que é um SPED e seu funcionamento. Além disso, o tempo médio para a abertura de uma empresa aqui no Brasil é de 30 a 45 dias se tudo estiver correto, o que lá fora leva em média de 03 a 06 dias dependendo do país.

E claro não podemos esquecer que estamos em um país onde “se cria dificuldade para se vender facilidade”.

Não se preocupe, em poucos minutos explicando isso você vai tirar toda a esperança de uma empresa estrangeira se instalar no Brasil, ou pelo menos, vai deixar essa empresa muito desmotivada.

blownAté mesmo os ótimos apoios e incentivos que o governo vem dando ao longo do tempo, os quais eu mesmo aplaudi de pé e ajudei na inclusão dos mesmos na gestão anterior do Ministério da Cultura, onde foi aprovado a Lei Rouanet para games, encontra sua grande dificuldade.

Estamos com 2 anos de aprovação da lei, e até agora tem sido um trabalho árduo captar recursos junto a empresas para promover seus games, e os motivos que podemos destacar são:

1º) Poucas empresas se interessam pelo setor, e com isso sentem dificuldade em querer investir neste segmento.
2º) Os games estão no artigo 26, onde a empresa é restituída de 70% de seu investimento, os outros 30% ela tem que arcar.
Fica claro que muitas das leis de incentivo ficam valendo para quem muitas vezes menos precisa, como artistas famosos populistas e eventos de entretenimento, pois as empresas escolhem ter seu nome associado a grandes eventos e/ou famosos.

Fora isso outro concurso que merece destaque é o Startup Brasil, do Ministério das Ciências e Tecnologia, uma excelente inciativa para empresas do setor que tiveram seus trabalhos contemplados e possuem dificuldades de serem “aceleradas” ou “investidas” por algumas burocracias desnecessárias.

impostosE, por último, o setor de comércio da área de games no Brasil, que já sofre com a abusiva carga tributária de 72,8% e que no ano de 2013 quase sofreu um colapso, porque a alfandega resolveu barrar toda a entrada de games, colocando-as no “canal cinza”, onde entra o “descaminho e o contrabando”. O mais surpreendente foi que, nem os órgãos responsáveis tinham a explicação adequada para o motivo desse “estado de alerta”. Mas a grande piada vem agora, foram assim classificadas até mesmo empresas que pagam seus impostos e que mantém praticas dentro da legalidade, tudo isso sem maiores explicações.

Gostaria de ser um dos otimistas, quero diante do mercado internacional ter a certeza de dizer:
– Podem investir no Brasil, ele não é apenas o país do futebol e do samba, é também o país da oportunidade na economia criativa, e é um lugar onde vocês não vão se arrepender.
Mas sou adepto a “vérité français” ou a verdade francesa, onde mais vale uma verdade que machuque do que uma mentira que agrade.

Espero de coração que neste ano possamos mudar para melhor, e que em um futuro próximo eu possa fazer um artigo com o tema: «Brasil, o país do futebol, do samba e do investimento com garantia de sucesso!»


Brasil+Competitivo, é possível nos Games?


O grande problema do mercado de games no brasil é bem conhecido de todos, os impostos, sabendo disso a AciGames procura participar de diversos movimentos que possam vir a a contribuir para o mercado de Games como um todo.

Com esta premissa participaremos da audiência publica do “Brasil + Competitivo” (que ocorre hoje) com o intuito de mostrar justamente o porque o mercado de games não deslancha no Brasil.bmaiscompet

Nessa reunião vão estar participando importantes pessoas de todo o mercado brasileiro, bem como políticos e representantes dos ministérios, sendo assim junto com o grupo da PAC-PME vamos direcionar o foco para o problema da alta carga tributária nos games.

O “Brasil+Competitivo” é um programa de aceleração do crescimento para pequenas e Médias Empresas, uma plataforma completa de soluções empresariais, a qual disponibiliza recursos de maneira simples e descomplicada. (saiba mais)

Já estamos com mais de 35 confirmados (incluindo representantes de federações industriais, escritórios de advocacia, bancos de investimento, auditorias e consultorias em geral), que discutirão o Projeto de Lei 6558/13 (que instituiu o Brasil+Competitivo).

gamer-impostosNessa reunião vamos pedir ao secretário da receita federal uma audiência e também vamos convidá-lo junto com o Ministro da Fazenda para uma reunião com o setor de comércio de games no Brasil para explicar os problemas que nosso setor vem passando devido a alta tributação.

Audiência Pública: Brasil+Competitivo

Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio – CDEIC
DATA: 27 de novembro, quarta-feira
HORÁRIO: 11 horas
LOCAL: Plenário 5 – Anexo II da Câmara dos Deputados (Brasília)

Os Convidados para debater o Brasil+Competitivo na Audiência Pública são (ou representantes desses):

1 – Fernando Pimentel, Ministro de Estado do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC);
2 – Alexandre Tombini, Presidente do Banco Central do Brasil (Bacen);
3 – Carlos Alberto Freitas Barreto, Secretário da Secretaria da Receita Federal – SRF/MF; e
acigames_fundo_branco4 – Leonardo Pereira, Presidente da Comissão de Valores Mobiliários – CVM.