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Bons jogos continuam em alta e Trailers continuam sendo uma ótima forma de conquistar o consumidor


No último dia 5 de Maio, a Sony, por meio do seu blog (Playstation Blog), anunciou quais foram os jogos mais vendidos na PS Store durante o mês de Abril. Em primeiro lugar ficou o premiadíssimo, The Last of Us Remastered. Em segundo lugar, Middle Earth: Shadow of Mordor (Edição do Ano) e em terceiro lugar Uncharted: The Nathan Drake Collection.

Na lista dos jogos mais vendidos em Março, Middle Earth: Shadow of Mordor não estava presente, porém não tem como não atrelar essa súbita aparição na segunda posição com o anúncio de Middle Earth: Shadow of War, o novo jogo do Guardião Talion e do espectro Celebrimbor no mundo criado por Tolkien.

Trailers são ferramentas muito usadas para promover algum material novo com o objetivo de proporcionar aos consumidores um vislumbre do que esta sendo promovido. Devido ao fato dos trailers terem um tempo limitado para estimular o consumidor se faz necessário o uso de técnicas que despertem as emoções e percepções do consumidor, ou seja, induz sentimentos de curiosidade e atração.

O trailer anunciando Middle Earth: Shadow of War conseguiu ser muito bem eficiente nessa tentativa  de despertar emoção e curiosidade do consumidor. O resultado desta eficiência é o fato de Middle Earth: Shadow of Mordor estar em segundo lugar como jogo mais vendido. Ainda sobre esse efeito, posso citar dois exemplos próximos que esse trailer proporcionou:

  • Exemplo 1:Assim que vi e revi o trailer acabei por reinstalar o jogo e gastei mais de 100 horas novamente nele. Ainda sobre o efeito da “empolgação” acabei adquirindo a pré-venda (algo muito raro de eu fazer).
  • Exemplo 2: Dois amigos compraram Middle Earth: Shadow of Mordor após assistirem o trailer e um deles também fez a pré-venda de Shadow of War.

Entretanto o que gostaria de destacar é o quanto Grand Thelf Auto V continua nas listas de os mais vendidos. O jogo sempre esta presente entre os 15 jogos mais vendidos (em Março ele ocupou a 12ª posição e agora ficou em 5º). GTA V é uma das provas de quando um jogo é bem feito e possui um ótimo conteúdo é possível estender o seu ciclo de vida no concorrido mercado de jogos.


BGS na visão de uma não Gamer – Observações de um mundo desconhecido!


A BSG acabou já faz um tempo é bem verdade e como acontece todos os anos houve várias atrações interessantes, mas desta vez a BGS foi um pouco diferente para mim. Pela primeira vez fui a passeio e não a trabalho, logo tive tempo para observar as atrações com mais detalhes.

Justamente por estar lá, sem preocupação, resolvi levar a minha namorada, que não entende nada de videogame, com a intenção de observá-la nesse mundo que tanto lhe é desconhecido. Alguns elementos que conversamos eu já conhecia das edições passadas e foi muito interessante ser questionado com perguntas que nem sempre fazemos, justamente, por estarmos dentro desse mundo.

bgsA primeira coisa que chamou a sua atenção foi o fato da BGS possuir muitos cadeirantes auxiliando a entrada dos visitantes e dentro do evento informando as pessoas com dúvidas sobre onde se localizava determinado stand, a praça de alimentação e banheiros. Comentei que sempre vi a organização do evento ter essa linda iniciativa desde quando comecei a frequentá-lo, ou seja, a partir de 2012.

Quando, enfim, entramos no local e começamos a andar, reparei o quão impressionada ela ficou com relação o espaço interno. Os corredores eram largos, o que facilitava a locomoção. Esse foi o primeiro elogio que ela comentou comigo sobre a feira: a possibilidade de se locomover sem dificuldades.

Com relação aos stands das empresas, ela não deu tanta importância, afinal ela não conhecia nada ou quase nada. Sabendo disso fiz questão de levá-la para o stand do Playstation, X-Box, Ubisoft, Warner/FIFA e CD Red Project. Em todos os stands seus comentários giraram em relação aos jogos que “eram muito parecidos”, como por exemplo os “jogos de futebol”. Para ela era tudo a mesma coisa, nesse momento tive que explicar um pouco a diferença entra PES e FIFA.

capa_bgsApesar das similaridades entre os jogos, Just Dance e Gwent foram o que chamaram a sua atenção, principalmente pela curiosidade. Afinal ela ficou surpresa com um “jogo de dança” e me questionou dizendo: “mas desde quando nerd sabe dançar?”. Já o Gwent sua surpresa foi o fato de ser um jogo de carta e como tinha muita gente jogando, então expliquei que o Gwent é um jogo dentro de outro jogo, no caso estava me referindo ao The Witcher 3, que fez bastante sucesso e então resolveram lança-lo em uma versão solo. Também resumi o quanto vem crescendo os jogos de cartas digitais como Hearthstone.

Agora entre todos os jogos que lá estavam sendo exibidos o que mais a deixou interessada e quis saber mais, quase ao ponto de jogar o demo, foi Horizon: Zero Dawn. E o motivo foi muito simples: O fato do protagonista ser uma mulher. Nesse comento, ela estava realmente interessada em conversar sobre jogos, mais especificamente sobre um jogo ter uma mulher como personagem principal. Ela abordou a questão da representatividade feminina no mundo dos games, que é praticamente dominado pelos homens.

Para resumir essa minha (mini) pesquisa por observação, é interessante destacar dois pontos: 1) Que a BGS consegue surpreender pessoas que não estão relacionadas ao mundo dos games e 2) O fato de nem todos os jogos se resumem a futebol, tiro e explosão. Como citei, a Laura, minha namorada ficou surpresa ao encontrar um jogo de dança e de carta.

Agora só preciso esperar a próxima edição da BGS e conhecer as novas atrações.


Do porque eu prefiro jogar em emuladores…


Gostaria de compartilhar com vocês a minha opinião pessoal sobre a questão do uso de emuladores, como é um assunto um tanto quanto polêmico, serei curto, grosso e direto, segue abaixo:

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Todos meus…

1) Grana, para começar, eu não nado em dinheiro como o Tio Patinhas, portanto, não tenho grana para comprar todos os consoles que fizeram parte da minha infância e adolescência;

2) Facilidade, conquanto que num console, teoricamente, é só ligar e jogar, ainda assim é um pouco complicado ter o console ligado a uma TV antiga ou nova para poder jogar, por conta de várias questões, enquanto que com os emuladores é algo, como já dito, bem mais fácil, levando então para o…

3) Espaço, certo, você tem vários consoles de várias gerações aí na sua casa, apartamento, mas será que você tem espaço suficiente para colocar e ligar todos eles num cantinho legal? No momento ainda não tenho isso e vai demorar um pouco de tempo, assim sendo, os emuladores, mais uma vez, é a minha salvação, e mesmo que o tivesse, teria um outro problema que é a…

4) Praticidade, dezenas de fios, hubs, pentes de energia, cabos, meu deus, que loucura, claro que como um bom ser organizado arrumaria uma maneira de colocar tudo num local bacana, só que, num dado momento, a confusão estaria instalada onde quer que esta ruma de console fosse, diferente dos emuladores, onde a maior bagunça possível seria a forma de guardar as roms e as isos, levando a questão da…

emuladores-marketing-games-emaranhado-de-fios

Este fio vai aonde mesmo?

5) Organização, por mais que você se organize, sempre vai haver algo fora do lugar! Eu sou, como disse acima, um ser organizado, mas a minha organização é metodicamente caótica, isto é, tudo desarrumado num ponto que eu entendo a minha arrumação e mesmo que eu tivesse as fitas em fileiras, certamente desorganizaria em algum momento, levando para…

6) Possíveis perdas, quando se viaja, quando alguém, vai mexer no seu muquifo, certamente alguém vai perder aquilo que você guardou com tanto carinho, levando a um certo…

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Procura-se!

7) Prejuízo, este é algo comensurável, seja afetivo, seja financeiro, o segundo porque pela quantidade de coisa que você vai ligar, nem que seja uma de cada vez, vai cair na conta de energia, outro fator é a manutenção, limpeza e afins, que entra no bolso do colecionador e por falar em colecionar, vem o maior de todos os problemas

8) Raridade, muitas peças que nós queremos ou são raras ou estão se tornando, e, com isso, os preços aqui em BR estão cada vez mais assustadores…

Claro que jogar no controle do título, no console original, é tudo de bom, mas eu prefiro pegar o meu controle do 360, ligar o meu segundo PC na TV de 32″ do quarto e jogar o que der de Mega Drive, Super Nintendo, PS2, GC nele e sem a necessidade de se levantar para trocar de jogo!

E para vocês, qual é a sua preferência, consoles ou emuladores, ou tanto faz?


Nostalgia – A Era 16 Bits do Playstation


A década de 90 foi marcada pela disputa de consoles 16 Bits, mas em dezembro de 1994, quando o Playstation chegou ao mercado, a geração 16 Bits ficou para trás e uma nova era de tecnologia e games estava para começar.

Na época, o Mega Drive dominava o mercado de 16 Bits, especialmente o mercado norte-americano. A Nintendo demorou para lançar nos EUA o seu Super Nintendo, e quando foi lançado, não causou grande impacto nas vendas do Mega Drive (coisa que mudaria com o lançamento de Street Fighter 2). E é, no surgimento do Super Nintendo que o embrião do PlayStation foi criado, sua origem remonta a 1988, quando a Nintendo planejava uma expansão de CD-ROM para o Super Nintendo. A Sony, que já havia desenvolvido o chip de som do SNES, foi escolhida para desenvolver a expansão. Durante o projeto as duas empresas entraram em desacordo. A Sony queria uma porcentagem das vendas do aparelho (renomeado para Play Station) e dos jogos, mas a Nintendo não aceitou. Em seguida, a Nintendo anunciaria uma nova parceria com a Philips, desfazendo o contrato com a Sony. O “Play Station X” já se encontrava em avançado estágio de desenvolvimento e não foi difícil para o engenheiro chefe da Sony, Ken Kutaragi, convencê-la a terminar o projeto e lançá-lo no mercado como um videogame independente. Assim, ele foi lançado no final de 1994, no Japão, totalmente remodelado e sem nenhum laço com a Nintendo. O console ainda recebeu massivo apoio da EA e sua linha esportiva EA Sports. A Sony também introduziu um acessório para o PlayStation que se tornou muito popular: o memory card. Este cartão de memória permitia salvar dados dos jogos e continuar o jogo no mesmo ponto em que se parou. Esta tecnologia já existia em alguns jogos de consoles mais antigos, mas dependia de um chip de memória dentro do cartucho. Jogadores da era 8 e 16 Bits certamente sentiram uma grande diferença neste quesito, que acabou facilitando um pouco mais a vida de jogador de games.

Vários jogos contribuíram para o sucesso do console, como Clock Tower, Resident Evil, Parasite Eve, Silent Hill, Gex, Rayman, Crash Bandicoot, Spyro the Dragon, Megaman X4, Tomb Raider, Medal of Honor, Dino Crisis, Tekken, Gran Turismo, Twisted Metal, Final Fantasy, Winning Eleven, Syphon Filter entre outros.O PlayStation popularizou um acessório que, embora já existente em outros consoles (NEO-GEO, por exemplo), não havia ganhado vida plena: o Memory card. O cartão de memória permitia salvar dados dos jogos e o progresso do usuário no jogo para continuar do ponto em que parou. Mesmo com a chegada de concorrentes mais poderosos como Nintendo 64, Sega Saturn e o Dreamcast, o PlayStation continuava sendo o console mais vendido e com uma extensa biblioteca de jogos de grande sucesso. Em meados de 2000, o PlayStation foi redesenhado, ficando menor e com curvas arredondadas. Esse modelo recebeu o nome de PSOne, mas essa é história para um outro post…

Relembre os grandes sucessos do console:

1 – Resident Evil 2 – Capcom 1998

2 – Tomb Raider II – Core Design / Eidos Interactive 1997

3 – Metal Gear Solid – Konami 1998

4 – Final Fantasy VII – Square 1997

5 – Need For Speed III: Hot Pursuit – Eletronics Arts 1998

6 – Silent Hill – Konami 1999

7 -Syphon Filter – Eidetic / 989 Studios 1999

8 – Castlevania: Symphony of the Night – Konami 1997

9 – Wild Arms – Media. Vision / Sony 1996

10 – Megaman X4 – Capcom 1997

11 – Gran Turismo 2 – Polyphony Digital 1999

12 – Paradise Eve – Square 1998

13 – Medal Of Honor – Eletronics Arts 1999

14 – Dino Crisis 2 – Capcom 2000

15 – Crash Team Racing – Naughty Dog 1999

Fontes GameHall Pequeno Guru Wikipedia Arena IG


Os bons e velhos tempos de locadora!


Convidamos você caro leitor, a voltar para os dias mais dourados de nossas infâncias, quando as nossas únicas preocupações eram tirar uma nota boa para não ir para a recuperação, pedir para o pai ou a mãe comprar uma fita (cartucho para o pessoal que gosta de ser correto) de um jogo que viu numa Ação Games, Videogame, SuperGame ou GamePower da vida, ficar ansioso pelo natal, aniversário e dia das crianças, esperando aquela surpresa e rezando para que não seja mais uma cueca ou uma camisa que você não vai gostar, estamos aqui para tentar relembrar das locadoras de videogame!

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Antes da Internet… conhecíamos tudo aqui nestas ótima revistas!

Sim, estes templos abençoados, ou não, onde você se encontrava com os seus amigos para bater um papo, ficar do lado que pagou duas horas e perguntar se podia jogar com ele, de ver aquele jogo novo que todo mundo estava falando, de pedir para o tio trocar o controle porque aquele estava todo molenga, ou de ficar ouvindo lorota de locadora – que não eram poucas.

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Muitos títulos para escolher!

Em grande parte, foi por conta das locadoras, que muitos aqui puderam jogar, pela primeira vez, no NES (ou nos seus clones, Phantom System, Bit System, Dynavision III, Top Game VG 9000, entre tantos outros), no Master System e no Atari. Quando chegou a Era 16 bits, foi uma explosão cerebral com o Super Nintendo, o Mega Drive e, por fim, para quem tinha sorte, até mesmo um Neo Geo com o controle que tinha de ser colocado no COLO para poder manuseá-lo!

Algum tempo depois vieram o 3DO, o PlayStation, o Sega Saturno e o Nintendo 64 e foi mais uma nova explosão de cabeças por conta dos gráficos 3D que encheram os olhos de muitos gamers naquela época e estão aí até hoje.

Quem aqui não treinou por horas a fio na locadora para se tornar o melhor jogador de um certo título? De que foi desafiado por muitos amiguinhos, ou inimigos, nesta mesma locadora e, um dia, você perdeu e disse que a culpa foi do controle?

E o aluguel de fitas? Quem estudava de tarde, ia sexta-feira bem cedo para ficar na porta da locadora para pegar aquele jogo antes de qualquer outra pessoa! Ou quando se estudava de manhã, ia depois do meio-dia para tentar alugar uma fita, mas todas as que você queria foram embora, ô tristeza. Muitos alugavam três fitas só para entregar na segunda? E as outras promoções? Alugue quatro jogos, só entregue quarta e assim vai?

Quando chegava os feriados prolongados, aí sim era a festa absoluta. Alugava na sexta de carnaval e só ia entregar na quinta-feira depois da quarta de cinzas? CINCO DIAS enlouquecendo de tanto jogar e era só a sua folia de carnaval.

Nas locadoras, bons tempos que se pagava por 10 minutos, 15 minutos, 30 minutos e pedia para o tio ou para a tia fazer fiado. As vezes chorava um pouquinho e convencia em jogar mais alguns minutos.

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É assim que se joga cara…

Mas eu sei também que muitos aqui já “trabalharam” em locadoras e a sua moeda de pagamento? Jogar ou levar de graça os títulos ali disponíveis.

Pois é, as locadoras de videogame nos deram bons momentos, de alegria, tristeza, divertimento, raivas e muito mais. Para quem esteve presente naquela época, guardará para sempre as boas lembranças de pagar por uma hora, sentar na frente da TV e jogar o bom e velho videogame numa TV de Tubo.

E você caro leitor qual seria a sua principal lembrança dos tempos de locadora?


A Guerra dos Clones: O mercado de Games não seria o mesmo sem eles!


Foi aqui que tudo recomeçou.

Foi aqui que tudo recomeçou.

Hoje o mercado Brasileiro está se firmando cada vez mais como um alvo importante para as grandes produtoras de jogos eletrônicos e consoles no mundo. Mas vocês sabiam que o tempo que passamos sem “suporte” destas grandes empresas, antes dele, éramos um dos grandes mercados ainda assim?

Sim, tivemos o período entre 2003 até meados de 2011 quando o XBoX 360 começou a ser fabricado no Brasil e, algum tempo depois, o mesmo se deu com o PS2 seguidamente do PS3, quer dizer foram quase 10 anos de penúria onde éramos tratados como um mercado marginal por conta dos altos níveis de pirataria que nos rodeava.

Pirataria não é algo de se estranhar, pois existe em qualquer plataforma, Tio Bay e os barcos torrentes que o digam. Mas aqui no Brasil, por conta do fácil desbloqueio do Sega Saturno e do Sony Playstation, lançados em 1994 no Japão, e no ano seguinte no mundo inteiro, permitindo assim que estas plataformas começassem a se popularizar na América Latina e, com mais força, aqui no Brasil… E é a partir daqui que vamos reconstruir um pouco do cenário gamer antes do abandono geral das empresas para com o mercado brasileiro.

 CLONES, CLONES POR TODOS OS LADOS!

 Mas porque os primeiros consoles eram compatíveis? Porque, naquela época, havia algo chamado como Reserva de Mercado, que eram o conjunto de Leis, atos normativos e dispositivos legais que proibiam a importação de equipamentos eletrônico, principalmente da área de informática, onde os videogames estavam inclusos. Só era possível tê-los em território nacional se empresas brasileiras os fabricassem, tentando incentivar a indústria nacional a se desenvolver.

 Em 1984, toda esta loucura jurídica virou a Lei 7.232 no dia 29 de Outubro, caso alguém tenha curiosidade pode ler ela clicando aqui.

ou, leia um livro que você não entende nada de seu conteúdo!

ou, leia um livro que você não entende nada de seu conteúdo!

Com esta prática em questão, houve a criação da SEI (Secretária Especial de Informática) que se tornou a responsável por todas as práticas normativas do setor, assim se você era fabricantes de eletrônicos da área da informática, não se esquecendo que os videogames estavam inclusos, os planos tinham de ser submetidos para a SEI para serem aprovados, no qual fazia a estipulação de como ocorreria a “nacionalização” das peças internas e do produto em questão, tentando, então forçar o mercado brasileiro a produzir tais peças.

Desta forma, vieram a surgir os consoles compatíveis que muitos gamers das antigas chamam de clones e o primeiro sistema a ser “clonado” em questão foi o Atari 2600.

Empresas como a Bit Eletrônica – que trouxera o Top Game, o primeiro clone brasileiro do Atari, mas a possíveis problemas legais, mudou o conector de entrada da fita/cartucho, impossibilitando que os jogos do Atari entrassem nele, algum tempo depois veio o adaptador, mas foi tarde demais -, a Sayfi Eletrônica – que trouxe o primeiro console realmente compatível com o Atari, que foi o Dactari -, a Dynacom – que criou o Dynavision -, todos estes o que chamamos hoje de Clones e, por último, nesta primeira leva, a Polyvox, que pertencia a Gradiente, assinou um contrato com a Atari Corp e em 1983 trouxe oficialmente o Atari 2600 para o Brasil.

Depois desta primeira leva, vieram outras empresas, como a CCE, com o seu Supergame CCE VG2800, a Dismac com o seu VJ9000 e algumas outras empresas que fizeram a alegria dos jogadores.

Vê-se aqui que esta primeira foi a pedra fundamental para a criação do mercado brasileiro de videogames e que sem os clones, muito provavelmente alguns anos mais tarde, o nosso universo fosse bem diferente do que é hoje.

 MEU ADORADO PHANTOM SYSTEM

Enquanto que o Atari 2600 tivera vários clones que marcaram crianças e adolescentes na década de 1980, o grande estouro mesmo da clonagem se deu no final da década de 1980 e início de 1990 com o console que foi considerado o salvador da pátria no mundo dos games, o NES, o Nintendinho 8 bits.

Foi com este sistema, juntamente com o oficial Master System e o Mega Drive, pela Tectoy, que tivemos a grande febre nacional de videogames. Em cada bairro nas grandes e médias cidades brasileiras tínhamos diversas locadoras, onde crianças e adolescentes disputavam um momento para jogar, outras tinham pais que compravam um dos mais diversos modelos existentes no mercado e outros tantos poderiam até importa-los.

Mas, o mais importante, é perceber que grande parte desta explosão de entretenimento se deu por conta realmente dos clones, todos eles de empresas que não tinham contrato firmado com a Nintendo, assim elas estavam passíveis a serem penalizadas judicialmente, mas pelo mercado, que crescia cada vez mais, compensava fabricar um console nacional, ganhar bilhões de cruzeiros / cruzados / milhões de reais e enfrentar a Nintendo depois, do que ficar de fora desta festança.

Todos os nossos consoles famiclones.

Todos os nossos consoles famiclones.

E nesta viagem alucinada de vários consoles clones, também conhecidos como famiclones, tivemos o mais conhecido de todos e que ilustra esta matéria, o Phantom System, criado pela Gradiente, mas tínhamos muitos outros, como, por exemplo, os fabricados pela CCE, o Top Game VG 8000, Top Game VG 9000 e o Turbo Game; pela Milmar tivemos o HiTop Game e o Top System; pela Chips do Brasil veio o ProSystem8; a Dismac nos trouxe o clone mais próximo do NES, o Bit System; enquanto que a IBCT nos trouxe o clone que copiou descaradamente o design do Famicom (o NES japonês), conhecido como Super Charger e a Dynavision não ficou atrás e trouxe o Dynavision II, III, Dynavision IV, Handyvision, Magic Computer PC95, entre tantos outros.

Nota-se aí a grande sorte de produtos nacionais para satisfazer toda uma geração enlouquecida por videogames! Sem estes aparelhos, mesmo de maneira não completamente oficial, o mercado gamer poderia ter sido algo completamente diferente, pois, se não tivéssemos este costume de parar na frente de uma telinha e ficar admirando os pixels que correm por ela, o nosso interesse por algo tão fugaz para muitos não seria tão grande e, certamente, os investimentos atuais de localização e venda local dos jogos seriam menores.

Claro que aqui vale um pequeno excerto. A Nintendo só entrou oficialmente no Brasil em 1993, com a Playtronic, que era uma empresa criada de uma parceria entre a Gradiente e a Estrela, durante 10 anos, a mesma veio a fabricar os consoles da Nintendo e produzir os seus cartuchos nacionalmente, paralelamente a isso, a Tectoy já trabalha em conjunto com a SEGA desde da década de 1980 e trouxera para o mercado nacional os produtos da empresa (Master System, Mega Drive, Game Gear, Sega Saturno, 32X, SEGA CD, Dreamcast), onde uma parte era produzida aqui e outra importada.

Foi, basicamente, entre 1989 até 2003, tivemos uma maravilhosa era de suporte nacional oficial, em paralelo com os clones que, como mostrado acima, vieram em 1982 e ficaram bem no mercado nacional até 1993, apesar dos diversos problemas de pirataria que foi aumentando de maneira louca com o PlayStation 1 e 2, mostrando que o mercado nacional brasileiro tinha um grande potencial para as vendas de qualquer tipo de console oficialmente lançado e suportado por nossas bandas. E isto foi demonstrando, como posto acima, quando finalmente a Microsoft e a Sony vieram a investir no Brasil. Pena que os preços praticados em nosso país ainda são bem abusivos se comparados com o que ganhamos como renda mensal. Fiquemos na esperança futura que os consoles que estão aí, o One e o PS4, assim como o Wii U, o PSVita e o Nintendo 3DS venham também a ser fabricados no país e que os preços baixassem mais, pois, pelo visto, os executivos da Sony, da Nintendo e da Microsoft acham que somos todos ricos.

De toda forma, devemos agradecer, e muito, aos nossos estimados clones em geral, pois, sem eles, não teríamos conhecido os videogames!

Deixo aqui alguns excertos de pessoas que jogaram com clones naquela época retirados do grupo Retrogamer Brasil

 “Geração do NES comecei com um Dynavision 2 segunda versão com aqueles controles manche da Dynacom… pense numa dificuldade jogar Double Dragon 2 neles..rs.. e Bart vs space mutants..rs..nossa.”, Jair Bezerra;

 “Eu sou fascinado por famiclones, comecei a vida gamer assim, e é quase certeza de que a maioria aqui também. Sou muito fan de CCE e MILMARCleber Marques;

 “Tenho meu Bit System na caixa funcionando até hoje! (só precisei trocar as borrachas dos controles) Dirley Von Randow;

 “eu tive o top game, mas queria saber, porq a onda se clones na época e o pior não eram empresas xing ling contrabandeado, eram empresas grandes, cce, gradiente, dynacom, todas pagando impostos q registrando seus produtos, porq não levaram processo??? e porque acabou a febreKaka Campolongo;

 “Joguei diversos clones, DYNAVISION 2, 3, 4, TURBO GAME, TOP GAME, TOP SYSTEM, PHAMTON SYSTEM, HI-TOP-GAME MILMAR, BIT SYSTEM.
Cada um deles tinha um ponto positivo, mas não existiu um perfeito pois cada um tinha algo de ruim, ou o controle era horrível, ou não era dual slot, ou não tinha saída av, ou a compatibilidade era baixa etc etc etc. SE O DYNAVISION RADICAL TIVESSE DUAL SLOT SERIA O MELHOR CLONE, SEUS CONTROLES SÃO MUITO SUPERIORES!!”
HernaniZero Rodrigues;

 “Comecei no Dynavision II, pense num video game ruim, hoje eu tenho dynavision radical com entrada p/ 60 e 72 pinos, e controle Turbo. Esse sim. Fabiano Rbf

 “minha infância foi de Phantom e Geniecom. Tenho os dois hoje, além do NES original na caixaAntonio Carlos Santis Júnior;

 “o hI TOP GAME EU JOGUEI MUITO NA INFANCIA LEMBRO QUE UM AMIGO MEU TINHA E A GENTE PASSAVA HORAS JOGANDO TICO E TECO ATE FAZE FINAL PENSA EM DOIS TONTOS FELIZES QUANDO FEZ FINAL KKKKKKK CLASSICOCarlos Eduardo Monção;

 “Conheci primeiramente o Phantom em jul/1991, mas acabei ganhando o Dynavision 2 no Natal do mesmo ano. Atualmente tenho 2 Turbo Game, um Dynavision 2 e um Hi-Top Game.” Mauro Sokrátes;

 Fontes:
www.atari.com.br
www.nesarchive.net
www.alvanista.com