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O Big Data entrou no Jogo! Como os Videogames se tornaram o maior desafio do Big Data


Pessoal, hoje trago para vocês o assunto “Big Data nos Games”, algo que todos nós  desenvolvedores,  jogadores e publishers iremos ouvir muito daqui para frente.

bd1Sabemos que o mercado de entretenimento em games já movimenta bilhões de dólares anualmente e a cada ano esse valor só aumenta. Sendo assim, esta  indústria tão forte e tecnológica não poderia ficar de fora da onda do Big Data. Considere o seguinte: o mercado mundial de videogames estava no caminho certo para crescer por um 9.4 por cento enorme em um único ano-de US $ 83,6 bilhões em 2014 para US $ 91,5 bilhões em 2015. Nesse ritmo, as receitas globais atingirão US $ 107 bilhões em 2017. Com este imenso potencial de valorização, os melhores jogadores do setor continuamente procuram novas maneiras de aproveitar a inovação tecnológica que pode ajudar a capturar maiores porções de quotas de mercado.

Grande parte dos investimentos no setor de Jogos Digitais são de empresas norte-americanas e asiáticas, que também representam o maior mercado de público consumidor de games. Apesar de ainda não podemos nos compararmos com os EUA, o mercado brasileiro vem crescendo muito: o faturamento já ultrapassa a casa de 2 bilhões de dólares por ano; além disso, apenas entre 2009 e 2015, houve um crescimento de 800%.

Os preciosos dados no mercado de games

Mas, e o tal do Big Data? São mais de 3 bilhões de jogadores no mundo, que contribuem para fazer do mundo virtual uma fonte real de dados para os desenvolvedores e demais empresas do setor. Ai está a cereja do bolo amigo leitor: Os nossos dados que ficam online são uma preciosidade, e a função do Big Data é minerar e organizar todos esses dados para usá-los a favor do marketing de futuros jogos.

Apenas a Eletronic Arts (EA), que conta com mais de 300 milhões de usuários ativos, gera mais que 50 terabytes de dados diariamente. Imagine somando isso com outras empresas como Riot, Nintendo, Blizzard entre outras…

Meios de recomendação e indicação de Games

bdAplicação muito comum em e-commerce, o uso de sistemas de recomendação também é uma realidade comum no mercado de venda de jogos. Da mesma forma que o e-commerce (loja virtual) utiliza Big Data para recomendar produtos aos usuários, o mercado de games utiliza esse sistema para recomendar produtos virtuais aos jogadores, levando em consideração o comportamento de gamers com perfil semelhante, o nível do jogador e outras variáveis que influenciam a compra. Esses perfis são mapeados, analisados por sistemas e profissionais com foto em Big Data.

Como exemplo a própria avaliação de um novo jogo, um Demo por exemplo onde o usuário pode ser usado para otimizar o processo de propaganda por meio de exposição de anúncios ao jogador. Com base nessas avaliações, desenvolvedores conseguem traçar um perfil do jogador e sugerir jogos com maior probabilidade de aceitação de mercado.

Melhorando as experiências dos jogadores

As empresas e estúdios independentes de jogos sabem que para aumentar o retorno financeiro e conseguir se manterem em um mercado tão competitivo é essencial conseguirem encantar os gamers. Por isso, contam com os recursos do Big Data.  Os gamers geram uma massiva quantidade de dados ao jogarem. Os dados são gerados em diferentes formatos e por meio das mais diversas modalidades de jogos: jogos multi-player, jogos do Facebook, jogos off-line etc.

A forma como o jogador interage com o game, por quanto tempo ele fica jogando, quando e com quem os gamers jogam, quanto gastam com produtos virtuais, dentre outros tópicos… Tudo isso são dados mapeados pelo Big Data e são utilizados para melhorar a experiência a partir da adaptação de jogos conforme o perfil do jogador.

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Empresas e desenvolvedores de diferentes consoles ou dispositivos utilizam dados dos jogadores fornecidos pelo Big Data para avaliarem a experiência em cada um dos consoles, a fim de identificar possíveis melhorias no produto.  Além disso, esses dados são usados para aumentar o engajamento do usuário com o jogo e mesmo para evitar o abandono, fortalecendo o marketing do game e da marca que o produziu.

Como exemplo posso citar algo como, se muitos jogadores falham em determinada fase do jogo, isso é alterado e corrigido para evitar que o jogador desista e o game não se torne um fracasso. Essas informação são mapeadas e tratadas pela equipe de Big Data do game. Então agora vocês já sabem porque o Big Data entrou no mercado de Jogos Digitais para nos ajudar a ter cada vez mais produtos fantásticos e uma ótima experiência com os nossos usuários.

Obrigado pela leitura e quaisquer dúvidas é só nos enviar seu comentário! Abraços e até breve! 


Jogos Digitais – Desenvolvendo e Comercializando


Olá pessoal! Hoje vamos falar um pouco sobre como desenvolver e gerenciar  o processo de criação do seu game até comercializá-lo. Sendo um desenvolvedor indie de games, certamente você irá precisar realizar funções como: negociação com profissionais freelancers, análise de risco do seu projeto e até marketing, além de outras coisas. Essas atividades são bem comuns para os empreendedores em geral,  apesar de pouco exploradas por desenvolvedores independentes de jogos, porém possuem um papel importante para o desenvolvimento do seu projeto.

Se tratando de Marketing, em especial, é altamente negligenciado pela grande maioria dos desenvolvedores de jogos independentes, resultando se em sub-monetização de seus jogos e, em muitos casos, o fracasso completo do projeto. Existem no mercado vários profissionais incríveis no mercado de desenvolvimento de games que não conseguem uma boa renda por desconhecerem alguns princípios com os quais os empreendedores em geral estão bastante acostumados a lidar.

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O caminho das pedras

De início, nada de jogos muito  conceituais, para aumentar as chances de sucesso o ideal é produzir um tipo de jogo que as pessoas já estão familiarizadas com seu estilo. Depois você poderá  ir criando novos recursos inovadores. Então de início, produzir algo com familiaridade é tudo.

Outra característica importante para o seu game ser viciante é o chamado fator REPLAY. Esse fator quantifica o quanto divertido é jogar o seu jogo várias vezes. Por exemplo, podemos dizer que Xadrez é um jogo com fator de replay altíssimo, já que ninguém enjoa de jogar após apenas algumas partidas.  Essa mesma característica serve para os games mais avançados principalmente os online como os MOBAS.

Com o mercado de desenvolvimento de jogos DIGITAIS em plena expansão mundial, não é tarefa nada difícil conseguir bons profissionais para desenvolver jogos digitais através de contratos. Uma excelente opção para minimizar os gastos, é comprar pacotes conhecidos como “starter kits“: pacotes com scripts, áudios, texturas e etc, onde as funcionalidades básicas do jogo já estão implementadas.  Caso tenha uma equipe no seu projeto, é importante frisar que cada membro possui um papel vital para a realização do seu game com sucesso!

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E onde os jogos podem serem comercializados?

Em minhas palestras e em  sala de aula, essa é uma pergunta que eu recebo bastante Atualmente existem várias lojas digitais onde jogos independentes podem ser comercializados, e não precisa nem ter empresa aberta para assinar o contrato de comercialização de jogos através dessas lojas. As chamadas Publishers são empresas focadas em publicar o seu game para o público segmentando, seja por meio de mídia online, impressa ou digital.

Não poderia deixar de citar também as lojas de Apps online, onde temos: Apple Store as lojas de App para celulares e tablets Android que é a Play Store, a Windows phone store, a Windows Store e a Ubuntu Store. Todas essas places (lojas) possuem canais específicos para podermos fazer a publicação e venda dos nossos games por elas.
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Então caro leitor/gamer, é possível sim empreender no mercado de jogos digitais, mesmo quem não sabe como desenvolvê-los e divulgá-los. É um mercado em amplo crescimento no Brasil e no mundo e, portanto, vale a pena ficar atento as possibilidades deste grande mercado.

Grande abraço e até breve!

 


A relação entre o Iron Maiden e os Games


Não é nenhuma novidade que artistas, atletas e afins tentam ganhar novos fãs utilizando as ferramentas da atualidade. Hoje, podemos dizer que essas ferramentas são as mídias sociais e os jogos. No caso da banda de Hevy Metal, Iron Maiden, seu relacionamento com o mundo dos jogos não é nenhuma novidade e desde o dia 5 de Julho esta disponível para os aparelhos Apple e Android, a sua mais nova investida nesse mundo: “Iron Maiden: Legacy Of The Best“.

Com mencionei, essa não é a primeira vez que o Iron se relaciona com os games, seja para atrair novos adeptos, seja para ficar atualizado com o seu público. Na verdade, a sua estreia no mundo virtual, aconteceu em 1999 com o jogo, para a plataforma PC, Iron Maiden: Ed Hunter. A internet era uma novidade na época e a estratégia por trás do jogo era atrair os jovens por meio de uma votação para a escolha das 20 melhores músicas da banda. Lembro que alguns dos meus parentes queriam saber como votar, perguntavam coisas do tipo: “o que é isso de home page?” e “(…) em qual revista saiu isso?”.

IM_DW7 anos depois, para divulgar o lançamento do álbum “A Matter of Life and Death”, mais uma vez o Iron se aventurou no mundo dos jogos. Desta vez a estratégia utilizada foi um jogo de plataforma em 2D com o tema do single “Different World”. O conteúdo do jogo era simples no estilo Contra do NES, infelizmente, o jogo não está mais online. Entretanto foi possível perceber algumas características de gameficação nele, como por exemplo compartilhar a sua pontuação com os outros jogadores e verificar a sua posição em um rank.

Neste ano de 2016 tivemos três ações do Iron com relação aos games para a divulgação do álbum “The Book of Souls”. A primeira foi o lançamento do clipe “Speed Of Light” que é uma clássica homenagem aos vídeo-games. Ao longo dos seus mais de 5 minutos, o mascote da banda, Eddie, enfrenta vilões em cenários de games que vão desde os 8 bits até jogos em primeira pessoa com gráficos mais realista. A segunda ação foi, assim como aconteceu com Different World, foi lançamento do jogo Speed Of Light que esta disponível nesse link. A terceira e última ação, foi mencionada no começo do texto: o lançamento do jogo Iron Maiden: The Legacy of The Beast.

IM_LoBDe todos os jogos mencionados, não tem como não negar que Legacy of the Beast é o mais ambicioso. Ele é um clássico RPG com batalhas em turno, cuja história esta diretamente relacionada a elementos da banda, como personagens, músicas etc. Com relação a campanha de marketing do jogo, a maior parte foi feita no canal oficial da banda no Youtube. Nos vídeos divulgados nos foi apresentado a equipe por trás do jogo, as etapas da produção, explicações de como seria o jogo, por fim o teaser e o lançamento.

Pois bem, a saga do Iron começou em 1999 e até hoje esta relação esta ativa. Legacy of the Beast é um jogo interessante, tem os seus defeitos, mas serve como um bom passatempo.


Um dos maiores eventos de TI do Brasil ganha gamificação e um Universo Ficional Transmídia


O IT Forum Mais reúne os CIOs das 501 a 1000 maiores empresas que mais investem em TI no Brasil e já é consagrado como o encontro mais eficaz na geração de leads para a Indústria de TI e Telecom. A nova edição do evento, que começa na próxima Quarta-Feira vai levar os participantes à uma jornada imersiva dentro de um universo fantástico transmídia criado pela Storytellers Brand’Fiction em parceria com a IT Midia para disputarem o controle do Tempo.

CareA aventura começa bem antes de pisarem na Bahia, quando os executivos fazem o seu cadastro e agendamento das reuniões de negócio. Eles escolhem uma das opções de ligas: People of Tomorrow, Ágora do Agora e C.A.R.E. Cada uma representando um pensamento sobre o domínio do tempo.

P.O.T como é conhecida a primeira liga, pensa que a melhor coisa a se fazer é acelerar o Tempo e embarcar no futuro, já a C.A.R.E quer dedicar o Tempo à grandiosidade histórica e profunda do passado, enquanto a Ágora do Agora acredita que esses dois caminhos são perda de Tempo, pois o importante é viver o presente e suas realizações. Essa divisão de pensamento surgiu de uma organização conhecida como Ordem dos Guardiões do Tempo. A ordem surgiu nos primórdios da humanidade, após o Gilgamesh ter o seu primeiro encontro com a divindade do Tempo e mantém secretamente sua organização até os dias de hoje tentando distribuir esse poder a todas as nações para otimizar a evolução das civilizações humanas.

Mesmo em 4 dias do evento, essa história se tornou grande demais para ser contada no palco. Exatamente por isso que Fernando Palacios, CEO da Storytellers concebeu um plano transmídia que compreende um livro, vários vídeos e a gamificação do evento. O time Storytellers conta ainda com Fernanda Werson coordenando os roteiros e as atividades de Storytelling, Pedro Tancini dirigindo todas as intervenções teatrais e as encenação de palco e Ale Santos como Game Designer e Puppet Master do jogo.

O principal objetivo da ação é estimular os negócios do evento, isso faz com que o jogo e a narrativa devam ser minuciosamente lapidados com mecânicas e elementos que proporcionam mais business. Isso já havia sido testado no IT Forum no começo do ano, aonde apresentou um acréscimo de mais de 10% de reuniões entre CIOs e Patrocinadores. Dessa vez as expectativas continuam altas e todo esse universo transmídia continua crescendo com personagens, enredos e símbolos fundamentando uma verdadeira mitologia para o IT Forum Mais.

Conheçam mais da história desse universo transmídia no link oficial clicando aqui


Número de personagens femininas sexualizadas caiu “significativamente” na última década aponta estudo


Um novo estudo realizado por um grupo de pesquisadores da Universidade de Indiana sugere que o tratamento das personagens femininas em jogos melhorou drasticamente nos últimos dez anos.

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Teresa Lynch

Teresa Lynch, autora e estudante de doutorado juntamente com Niki Fritz, Jessica E. Tompkins e Irene I. van Driel pesquisaram 571 títulos lançados no período de 31 anos entre 1983 e 2014, com foco em se grandes personagens femininas eram sexualizadas.

“Na década de 80 e início de 90, muito da integridade gráfica simplesmente não permitia que os personagens fossem sexualizados. Quando nós avançamos para a próxima geração de consoles, o que aconteceu no início e meados da década de 90, vemos a transição para gráficos 3D, e é aí que vimos um grande aumento na sexualização das personagens femininas. Isso continuou sua trajetória ascendente no início dos anos 2000 e, em seguida, de repente, vimos uma diminuição.” explicou Lynch.

tomb_raider_1_boxO estudo destaca o  papel do jogo de 1996 Tomb Raider como um dos possíveis responsáveis pelo aumento no número de personagens femininas sexualizadas, possivelmente, inspirando outros desenvolvedores a sexualizarem seus personagens para tentar aumentar as vendas entre o público masculino dominante.

“Descobrimos que essencialmente nos últimos oito anos, tem havido uma diminuição significativa na sexualização das personagens femininas. Há também uma série de personagens que estão em acordo com as noções mais feministas de uma mulher poderosa, não objetificada. O remake da série Tomb Raider e o redesenho de Lara Croft é um excelente exemplo da forma como a indústria humaniza personagens femininas.” afirma Lynch.

Outro dado é que a proporção de mulheres com papéis principais em jogos realmente tem caído, passando de 52% nos primeiros anos da amostra a 42% nos anos mais recentes. O estudo também constatou que o gênero RPG é particularmente sensível em seu tratamento com mulheres, tendo personagens menos prováveis de serem sexualizadas do que em categorias como ação e luta.

“Quando as mulheres estão interessadas em jogos, elas tendem a gastar muito mais tempo jogando do que os homens, […] as mulheres são uma parte importante do núcleo de cultura dos jogos. Continuar a mostrar retratos unidimensionais de personagens femininas e descartar preocupações sobre a forma como as personagens femininas são retratadas simplesmente não faz sentido para os negócios.”

Você encontra o artigo completo em inglês no site Developer e a pesquisa original aqui.


Por que pagar Youtubers por conteúdo ainda é um tabu no mercado de games?


Esta semana mais um escândalo envolvendo Youtubers e a Federal Trade Comission dos Estados Unidos veio à tona – a Warner Bros admitiu ter pago para que youtubers publicassem reviews positivos do game “Middle-Earth: Shadow of Mordor”.

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PewDiePie – Shadow of Mordor

Sempre que me deparo com matérias como “Polêmica: PewDiePie e outros YouTubers foram pagos pela Warner por reviews” eu me pergunto qual seria o problema disso. Em outros mercados, como por exemplo o de beleza, enviar produtos e pagar por reviews é tão comum quanto pagar a uma revista por um anúncio em uma de suas páginas (ou você acha que as revistas só divulgam os produtos que realmente gostam?). Pagar por conteúdo escrito, em áudio e em vídeo não passa de uma maneira efetiva para atingir o público correto com um determinado orçamento disponível para tal.

Deveríamos mesmo atirar Youtubers e marcas na fogueira? Não tão rápido.

No escândalo mais recente, bem como em casos anteriores, muitos portais se utilizam do nome de maior representatividade envolvido no caso para atrair clicks para o site e suas redes sociais. A estratégia bastante conhecida e incômoda, conhecida como clickbait, muitas vezes não leva em conta a veracidade dos acontecimentos, baseadas em especulações e com pouca profundidade de investigação, as matérias tem como objetivo reproduzir fatos meramente copiados de outros sites para atrair audiência sem qualquer profissionalismo.

Contando com a inexperiência do público, muitos sites distorcem as informações e transformam uma simples negociação comercial bastante comum em algo imundo e horrível. Uma análise simples do mercado de geração de conteúdo seria suficiente para expor a provável real situação: empresas pagam por conteúdo todo o tempo. Youtubers são atualmente uma fonte infinita de audiência, e por isso, passam a ser envolvidos nas estratégias de comunicação das empresas, o que obviamente não é nenhum crime.

Muitas empresas ainda não sabem muito bem como lidar com isso (os Youtubers) e acabam falhando em suas estratégias, bem como muitos Youtubers ainda não sabem como lidar com patrocínios e parcerias uma vez que este mercado é, de certa forma, ainda muito novo.

Se um Youtuber opta por fazer um review pago sem informar a sua audiência, o ato pode sim ser considerado inapropriado, mas não deve de forma alguma, manchar a reputação de todo um mercado emergente de produção de conteúdo em vídeo.

Resumindo: se alguns Youtubers não tem ética, isso não significa que todo Youtuber deve pagar o pato.

AAEAAQAAAAAAAAhBAAAAJDU5YzhlMGNjLTVmMTMtNDcwNy1iZThlLTdjOTQ0OWNjNDA1NgOutro ponto é que gerar conteúdo, manter um canal de sucesso, conquistar e reter uma audiência tem custo, pode parecer absurdo mas Youtubers são pessoas como eu e você, pagam contas, tem família, carreira e gastos com os quais tem de arcar. Nada mais justo que contribuir para a geração de conteúdo patrocinando um canal ou fechando uma parceria se a audiência com a qual um determinado indivíduo dialoga é aquela que você deseja atingir.

A ética no mercado de produção de vídeo ainda se encontra um tanto enevoada uma vez que o mercado é recente e muitos desses produtores de conteúdo são jovens e sem experiência, no entanto, divulgar polêmicas infundadas contribui para o mito de que é errado pagar pela produção de conteúdo, contribui para o mito de que Youtubers nunca devem receber por reviews de jogos e produtos. O que, na minha humilde opinião, é errado.

Se feitas de maneira honesta e se comunicadas de forma clara, as negociações entre empresas como a Warner e Youtubers como PewDiePie, tendem a contribuir com o mercado uma vez que colocam o produtor de conteúdo em vídeo no foco de uma campanha de marketing bem sucedida.

Criticar tais ações sem conhecimento, no entanto, contribui diretamente para que canais bem menores encontrem portas fechadas ao buscar parcerias. Embora muito ainda deva ser esclarecido de ambos os lados e embora tanto empresas quanto Youtubers ainda tenham muito o que aprender sobre o mercado no qual atuam, condenar parcerias pode prejudicar diretamente a sobrevivência de canais cuja abordagem possui qualidade e cujo conteúdo possui imensa qualidade e potencial. Portanto, recomenda-se cautela ao condenar uma empresa ou um Youtuber por uma parceria. Afinar, qual é mesmo o problema de pagar por um conteúdo de qualidade?

Para entender a polêmica entre Federal Trade Comission dos Estados Unidos, a Warner e o PewDiePie, assista:

E opine: você acha certo ou errado pagar Youtubers por conteúdo?


O Marketing & Games está em busca por novos colaboradores! Venha fazer parte de nossa equipe!


logo-Site-marketing-gamesO Marketing & Games acaba de completar 4 anos (Uhul :D) e iremos abrir algumas vagas para que você possa fazer parte do nosso grupo de colaboradores! A busca por novos colaboradores primeiramente servirá para trazer novos ares ao nosso site e também para que possamos continuar trazendo conteúdos relevantes em um volume ainda maior  para nossos leitores.

Obviamente o ponto principal é ter interesse em escrever artigos para o site, assuntos associados aos Games e o mercado desde o desenvolvimento de jogos, promoção/comunicação, precificação, distribuição entre muitos outros temas do mercado de jogos.

Quanto ao perfil, alguns atributos que são essenciais:

  • Os candidatos não precisam ter experiência como escritores, mas devem produzir textos coerentes, com concordância e o mínimo de erros possível;
  • Ter um pouco de conhecimento profissional na área de games ou marketing é um diferencial, porque nosso objetivo é compartilhar conhecimentos de maneira despojada porém profissional;
  • É ideal que o colaborador consiga escrever ao menos 2 artigos por mês;
  • O candidato selecionado não será um funcionário do Marketing & Games, mas sim um colaborador não monetizado;
  • Cópias idênticas ou aproximadas de textos de outros sites não serão aceitas, traduções poderão ser realizadas desde que o autor acrescente a sua opinião quanto ao conteúdo.

E o que oferecemos:

  • Chance de aprimorar suas técnicas de escrita, através de feedback dos editores;
  • A oportunidade de poder compartilhar as suas ideias em um dos sites de maior relevância quando o assunto é o Mercado de Games no Brasil;
  • Acesso de imprensa para a cobertura de eventos, de acordo com o comprometimento do colaborador.

Para participar da seleção é simples:

  • Crie um texto de sua autoria, sobre uma das categorias que mencionamos acima;
  • Acrescente uma pequena biografia para que possamos conhecê-lo melhor;
  • Envie as informações acima para o endereço de e-mail contato@marketingegames.com.br
  • O selecionado será informado por e-mail e terá um login próprio ao nosso site. 

Caso tenham dúvidas, deixem nos comentários aqui pelo site, no Facebook ou no nosso e-mail de contato.

Go Gamers!


Publisher de jogos Mobile no Brasil? Sim, isso existe!


A Gazeus, desenvolvedora carioca de jogos digitais para browsers e dispositivos móveis lançou mês passado uma spin off focada em atuar como publisher de jogos mobile, a Leela Games.

Leela GamesDario Souza, CEO da Gazeus, empresa mãe da Leela.
“Identificamos que o momento para criar um publisher nacional é agora. O mercado de usuários de smartphone que tem acesso à meios de pagamento cresceu o suficiente no ano passado para justificar investimento massivo no lançamento de jogos”.

“Vamos aproveitar a experiência de anos de trabalho com publicação e monetização de jogos para auxiliar estúdios brasileiros e estrangeiros a aumentarem suas receitas no Brasil. Identificamos que os developers precisam de uma publicadora que os ajude não apenas no lançamento do jogo mas também em aquisição de usuário, análise de métricas de performance e suporte contínuo durante todo o ciclo de vida do game, que são as áreas que atuamos”, complementa.

Depois de muitos papos com desenvolvedores indies brasileiros, ficou claro para a equipe da Leela que o grande problema era marketing. Com mais de 5 milhões de games nas stores mobile, fica difícil aparecer. Especialmente se não se tem dinheiro. É então que entra a Leela, para ajudar com esses custos e para apontar os desenvolvedores no caminho do que já funciona. Tudo isso sempre preservando os jogos e entendendo que decisões criativas são do domínio dos devs.

Carlos Estigarribia - CEO da Leela Games

Carlos Estigarribia – CEO da Leela Games

A direção da Leela fica a cargo de Carlos Estigarribia, executivo que já atuou em diversas empresas no setor de jogos e mobile, e foi studio director da Electronic Arts no Brasil.

Carlos Estigarribia Diretor da Leela Games
“Mesmo para um estúdio de grande porte monetizar no Brasil ainda é difícil, pois diversas parcerias comerciais locais precisam ser fechadas para maximizar o potencial de receita do jogo”, afirma Estigarribia, “Um dos valores agregados que vamos oferecer aos estúdios é usar o que aprendemos nesses anos todos sobre o comportamento do jogador brasileiro, que é bem diferente dos americanos, ou chineses”, complementa.

“Estamos abertos para jogos mobile nas fases de pré-lançamento ou beta no momento, em qualquer gênero, as empresas nacionais e estrangeiras interessadas podem entrar em contato conosco diretamente pelo site www.leelagames.com“, diz Estigarribia.

A Leela já está em fase de fechamento do contrato com 2 estúdios brasileiros.


Dicas de Marketing para o seu Indie Game


Desde que comecei a me aventurar a estudar, aprender e escrever sobre jogos indie, percebi que muitos estúdios nacionais iniciantes cometem repetidamente erros muito semelhantes e que muitas vezes acabam prejudicando seriamente a divulgação e o sucesso do produto final. Pude observar, ao conhecer diversos jogos, que os estúdios nacionais de desenvolvimento possuem no geral uma capacidade incrível de produzir jogos de qualidade, com temáticas e estéticas inovadoras, mas que pouco se destacam dentro do mercado de games. Porque?

Acredito que em muitos desses casos, o pecado está na comunicação fraca ou inexistente. O marketing é de vital importância para o sucesso de um jogo e não pode ser desconsiderado na hora da criação do game, resolvi então consolidar algumas dicas para quem não sabe o que fazer ou por onde começar. Espero que as dicas básicas que seguem sirvam de alguma ajuda.

Tenha um site

Sim, eu sei. Esta pode parecer uma dica básica demais e até bem boba, mas já me deparei (e não foram poucas as vezes) com jogos prontos ou em fase avançada de desenvolvimento que não possuíam nenhum site consolidando informações. Estúdios pequenos costumam cair muito nesse erro, mas para crescer é preciso investir, pelo menos, em um site organizado, apresentável e que reúna as principais informações do estúdio e do jogo em desenvolvimento. Precisa ter um site para cada? Não necessariamente, mas é preciso separar de maneira harmônica o local onde o visitante encontra informações do estúdio e onde ficam as informações do jogo (ou jogos e outros trabalhos) produzidos. Informações básicas de contato também são cruciais, no mínimo é preciso disponibilizar um telefone e um email e não vale esconder em uma sessão impossível de ser encontrada. A informação de contato tem que ser de fácil acesso, clara e objetiva. Muitos estúdios tem projetos em plataformas de financiamento coletivo e acreditam que ter uma sessão lá, ser suficiente, mas o site irá reunir todas as informações mais importantes em um só lugar e será um verdadeiro cartão de visitas para quem quiser conhecer o seu trabalho, portanto, prepare algo bem bonito que possa mostrar quem você é e a que veio.

Tenha Facebook, Twitter, Instagram, Youtube etc – e mantenha os canais atualizados

Ter perfis em redes sociais é de extrema importância para o seu estúdio e o seu jogo indie. Novamente, não é necessário, caso você não tenha uma equipe de social media, criar um perfil para cada jogo ou projeto, mas é importante pelo menos, que o estúdio tenha seus perfis nas redes e que sejam bem administrados e atualizados com frequência. Você pode criar sessões, listas, hashtags ou álbuns para cada um dos seus projetos, concentrando todo seu trabalho em um perfil do seu estúdio que servirá no futuro como um grande portfólio visual de tudo que você desenvolver. O ideal seria designar um profissional para cuidar disso exclusivamente, ter sempre publicações recentes a serem exibidas, interagir com quem falar com você nas redes sociais e manter uma identidade visual semelhante a utilizada no site. Na total impossibilidade de manter um profissional só para social media, a tarefa deve ser atribuída a alguém com conhecimento na área, o responsável por falar sobre o estúdio e os jogos nas redes sociais deve conhecer o trabalho que está sendo desenvolvido, jogar e ter tempo e desenvoltura suficiente para se comunicar em nome da empresa sem prejudicar sua imagem. Não sabe o que postar? Fuja do óbvio e da exclusividade dos diários de desenvolvimento. Falar do desenvolvimento do jogo é bacana sim, mas não precisa ficar só nisso, vale mostrar os bastidores do desenvolvimento, a galera do estúdio no dia a dia, artes, eventos, curiosidades. Bora colocar a cabeça para funcionar e a criatividade para fluir. Tem muitos posts em um único dia? Nada de fazer flood, programe postagens e distribua o conteúdo mantendo os canais atualizados sem saturar sua audiência.

Ter um Media Kit é bom e todo mundo gosta

Como eu apresento meu jogo para um blog, como o Marketing e Games, por exemplo? Entre em contato (sempre ou preferencialmente por email) com blogs, canais do Youtube, influenciadores e plataformas que possam te ajudar, mas tenha em mãos um media kit com as informações a serem apresentadas. Dá trabalho? Dá! Mas vale à pena. O media kit vai te ajudar (e muito) na hora de apresentar e distribuir seu trabalho pela internet, tenha descrições curtas e detalhas do jogo, imagens e toda informação que você gostaria que fosse compartilhada pela imprensa. Você pode também deixá-lo disponível no seu site para download, permitindo que qualquer pessoa que venha a conhecer o seu trabalho tenha acesso as informações necessárias para te ajudar a divulgar seu game. Uma vez que você puder começar a trabalhar com assessoria de imprensa, o media kit será simplesmente indispensável, lembre-se também de que o material deve ser compartilhável, leve e completo.

Se mantenha no hype

Trabalhar em uma comunidade e criar uma expectativa com relação ao jogo é uma estratégia muito bacana de crescimento, uma maneira interessante de gerar, aumentar e manter o interesse da audiência é fazer livestreams apresentando pequenas partes do jogo ou com um bate papo sobre desenvolvimento (a Hitbox é a plataforma ideal para isso, inclusive). Os bate papos ao vivo permitem responder perguntas, trocar ideias e sentir o feedback da comunidade com relação ao que está pronto podendo também atrair a atenção da imprensa e de outros streamers. Vale também, uma vez que tiver o jogo pronto, compartilhar chaves de acesso ao game com streamers, mas não se esqueça: não vale compartilhar uma chave de acesso com um streamer ou youtuber só porque ele tem um canal grande, procure por produtores de conteúdo cujo interesse seja em jogos parecidos, ou da mesma temática que o seu. Muitos estúdios (e aí, também entram estúdios grandes) caem no erro de mandar keys para grandes streamers e youtubers que ou cobram valores exorbitantes, ou produzem um material de baixa qualidade sobre seu jogo ou até nem sequer jogam. Neste caso vale muito mais ter vários youtuber e streamers menores que jogam, curtem e produzem bons reviews do seu jogo do que ter poucos que só falarão de você por dinheiro e sem nenhuma credibilidade.

Para que um estúdio indie tenha sucesso, o desenvolvimento  de um jogo de qualidade é crucial, mas é preciso também cuidar com carinho da imagem do estúdio, por menor que ele seja e trabalhar sim, fortemente o marketing. Dedique tempo as redes sociais, visite sites e redes de outros estúdios nacionais e internacionais e reserve uma verba de investimento para publicidade assim que puder. Se a verba demorar, vale trabalhar com o que tem e agarrar toda e qualquer chance de conseguir uma boa divulgação e essa chance pode vir sim, de uma rede social ou um blog.

De nada adianta ter um game maravilhoso se ninguém vai conhecê-lo e só existe uma maneira de mostrar sua capacidade e seu trabalho para todo mundo: e é através da comunicação. 😉 Não se esqueça disso!


7 dicas para turbinar o Marketing para Games Mobile


Muitos leitores nos procuram procurando por dicas de marketing para games mobile, visando lançar seus jogos no mercado, portanto, nada melhor do que conversar com quem faz parte dessa indústria. Nessa entrevista tivemos a oportunidade de conversar com o pessoal da Cupcake Entertainment, uma das empresas brasileiras de games que vem crescendo rapidamente, focada em jogos casuais, a empresa tem cerca de meio milhão de usuários no Facebook, e acaba de lançar o jogo mobile, o Palavra de Ouro, que já é sucesso no Facebook.

marketing-para-games-mobile-Palavra_de_Ouro-PTPara quem ainda não conhece o game “Palavra de Ouro” está disponível para Android e em breve sairá para IOS.

A empresa acabou de voltar do GameFounders, aceleradora global específica de empresas de games, que provê mentoria com líderes da indústria de games mundial e suporte para que empresas jovens cresçam. Além da Cupcake, as brasileiras Imagnation, Plug & Boom e Bitcake também participaram do programa. O programa costuma abrir inscrições periódicamente e vale a pena acompanhar.

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Gabriel Stürmer – CMO Cupcake Entertainment

O CMO (Chief Marketing Officer) da Cupcake, Gabriel Stürmer, aceitou compartilhar um pouco do conhecimento de marketing e desenvolvimento de jogos que a empresa vem acumulando e do que aprenderam no GameFounders.

M&G: Qual a melhor fase do projeto para se pensar no marketing do jogo?

Gabriel: O mais cedo possível. Marketing é uma das partes mais importantes da concepção de um game. Mais de 300 jogos mobile são lançados diariamente. É preciso saber exatamente quem é seu público alvo, do que eles gostam e fazer um jogo pensado especialmente para ele e evitar de virar mais um no meio dos 300 daquele dia.

M&G: Quais meios de comunicação seriam ideais para divulgar um jogo?

Gabriel: A divulgação e canais depende muito do estilo de jogo e do público alvo, que precisa coincidir com o público que frequenta aquele meio. A Cupcake por exemplo faz jogos para mulheres acima dos 35 anos (maior grupo de gamers na atualidade!). Este público geralmente não lê publicações de games, e as publicações que elas leem não falam sobre games. O desafio neste caso é encontrar a intersecção entre os dois grupos, alguém que queira falar sobre games para mulheres acima dos 35 anos.

Sobre os diferentes meios de divulgação:

  • Imprensa: jornais, blogs, sites de games, etc. ajudam a divulgar o jogo, mas geram poucos downloads diretos. Youtubers são uma grande oportunidade para se explorar.
  • Anúncios: Aquisição de usuários através de anúncios é um luxo que poucos podem bancar, já que poucos developers iniciantes tem o dinheiro para investir na aquisição de usuários. Quando tem, poucos são os jogos que conseguem ganhar mais dinheiro (LTV) do que se paga para adquirir um usuário (CPI). A Cupcake otimizou seus jogos por mais de 2 anos para chegar no ponto onde conseguiu um LTV maior que o CPI.
  • Downloads orgânicos: recomendação das stores, buscas e pessoas que acham o jogo navegando são uma ótima fonte de usuários, mas dependem de uma série de fatores externos que são difíceis de controlar.

M&G: Qual sua opinião sobre diferentes tipos de monetização dentro dos jogos mobile? Jogos com anúncios geram receita?

marketing-para-games-mobileGabriel: Anúncios podem monetizar muito bem se forem bem feitos. Jogos como Crossy Road fizeram milhões com anúncios no jogo sem prejudicar a experiencia do usuário utilizando rewarded vídeos.

Ao mesmo tempo, jogos que conseguem vender itens dentro do jogo utilizando In App Purchase com sucesso tendem a ter um LTV (life time value) de usuário muito maior e gerar muito mais receita, vide Clash of Clans da Supercell (8 milhões de dolares por DIA) e Candy Crush, da King que recentemente foi comprada por 6 Bilhões de dólares pela Activision Blizzard. Os jogos da Cupcake também geram 95% da sua receita através de In App Purchase.

Jogos pagos estão em baixa no mundo mobile, pois criam uma barreira para aquisição de usuários (pagar sem ter jogado antes), além da enorme quantidade de jogos grátis de altíssima qualidade. O único jogo pago no top de faturamento atualmente é o Minecraft, que é um fenômeno cultural.

Free to play is the way!

M&G: Merchandising é valido para mobile? Para a elaboração de um marketing de ponta, é válido investir em curta metragem, clipes, cartoons, flyers, desenhos etc… Se sim qual melhor estrategia para o mesmo?

Gabriel: Eu sou adepto do marketing de performance. Na Cupcake, só investimos em marketing em canais que nos trazem um retorno direto, sem flyers, sem estandes em eventos, sem camisetas, adesivos, comerciais de TV, etc.

Hoje em dia a maioria do nosso orçamento vai para anúncios no Facebook, que é a melhor plataforma para anúncios para o nosso público. Por lá, conseguimos saber se o dinheiro que estamos investindo está dando retorno positivo ou não.

M&G: Na sua opinião qual é o futuro do game mobile em relação aos gêneros mais jogados?

flappy_bird_large_verge_medium_landscapeGabriel: Eu não acredito que exista um gênero específico que faça sucesso, e sim jogos divertidos e de qualidade que atraem uma grande quantidade de usuários. Quem diria que Flappy Bird seria o sucesso que foi?

Fora isso, diferentes pessoas tem diferentes gostos. É preciso entender seu público alvo e os tipos de jogos que eles gostam, qual a deficiência naquela área e então fazer o melhor jogo possível.

A Cupcake identificou uma falta de brain puzzles casuais de qualidade, e criou o Palavra de Ouro (iOS, Android e Facebook) e o Letra de Ouro (Facebook). Ambos os jogos utilizam meta games similares ao do Candy Crush, mas com um core que requer mais esforço do usuário em pensar no jogo.

M&G: Que tipo de burocracia desenvolveres de games irão se deparar (principalmente envolvendo direitos autorais e cobranças / pagamento às stores)?

Gabriel: As stores fizeram um ótimo trabalho em facilitar o processo, possibilitando que devs iniciantes consigam lançar seus jogos sem muita complicação. As stores ficam com 30% do faturamento do jogo.

Direitos autorais só são uma preocupação em caso de licenciamento de propriedade intelectual de outras empresas.

M&G: Que dicas você daria para quem estiver iniciando nesta área?

Gabriel:

  • Lembrar que empresas de games são empresas, e como toda empresa precisam ganhar dinheiro e pagar seus funcionários. Ninguém vive de games sem dinheiro, e a melhor maneira de ganhar dinheiro com games é fazendo ótimos games!
  • Pensar no público alvo e desenvolver o jogo especificamente para aquele grupo. Grandes oportunidades em grupos diferentes do público games tradicional (homens jovens).
  • O design do jogo vai mudar de acordo com o estilo de monetização escolhido.
  • Saber como vai trazer usuários para seu jogo e evite que ele vire um jogo fantasma.
  • Se preocupar mais com o usuário e menos com a tecnologia.
  • Aceleradoras como o GameFounders, em que a Cupcake participou, são incríveis para levar a empresa para um outro nível.