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Mario nas Olimpíadas demonstra o carisma e a influência da cultura dos games sobre o mundo


Pois é, no ano da graça de 2016, no evento mais mundial de todos os eventos mundiais, numa transmissão aos quatro cantos do planeta, um país não teve vergonha de dizer “sim, gostamos de games” e mais importante que isso: nosso produto e nossa cultura domina corações, mentes e bolsos.

E nós aqui, meros anfitriões, que a bem pouco tempo atrás tivemos que engolir uma ministra da cultura dizendo “game não é cultura“? Como ficamos nessa? Se você é da área de produção de games, tire dois minutinhos para trocarmos uma ideia.

Quando olhamos para o quadro geral das grandes franquias, percebemos dois padrões nítidos:

– no primeiro, o foco é um (digamos assim) cenário/tema genérico que, lastreado por uma produção de altíssimo nível e investimento gigantesco, mantém a comunidade de jogadores constantemente abastecida de novidades, via marketing agressivo e massivo;

– no segundo, o foco é um personagem carismático (e sua turma), de simples compreensão e leitura, cuja aceitação (seja ela por que motivo for) é praticamente unânime.

marioSão dois modelos distintos que não dispensam o esforço inicial de divulgação e que, ao atingir um determinado patamar, funciona como as coisas no vácuo, por inércia. De tempos em tempos vale uma correção de rumo para aparar os desgastes naturais da exposição continuada.

Desses dois modelos podemos estabelecer logo de cara que o primeiro é meio complicado para um game brazuca, principalmente por conta do custo do dinheiro. Então, se você é daqueles que sonha com um MMORPG verde e amarelo, bem, continue sonhando que sonhar não paga imposto.

Já no segundo caso o problema não é tanto o volume de grana. Na verdade é, mas antes dele se tornar crucial é preciso vencer uma etapa, tipo as provas classificatórias.

A busca por um personagem carismático não precisa ir até as florestas nativas, nem saltitar numa perna só, afinal o Mario não lembra em nada um japonês e muito menos um samurai.


Os Nossos Velhos Heróis


Uma das coisas que todo mundo sabe é que crescemos e envelhecemos e, assim, criamos gostos diferentes daquilo que tínhamos quando éramos mais novos. Só que existem certos gostos que jamais mudam, principalmente na geração que nasceu depois da década de 1970, com os videogames chegando no Brasil e no mundo.

Fomos, ao longo do tempo, influenciados por um quão sem número de pixels que apareceram em nossas televisões e que, por ventura, acabamos por nos afeiçoar por eles. Quando chegávamos da escola ou do trabalho, eles estavam ali, sempre disponíveis para mais um momento lúdico de salvar a princesa, o mundo ou escapar de um labirinto, tínhamos todo o tempo do mundo e um mundo inteiro para estarmos ali sempre presentes para eles!

Nossos Heróis!

Nossos Heróis!

Os nossos heróis foram criados para serem um arquétipo daquilo que mais apreciamos ou o que gostaríamos de ser. Durões, fortes, ágeis, espertos, mortais, sociais e todos os parâmetros possíveis que, muitas vezes, escapavam de nós mesmos. Se não corríamos bem nas ruas de nossas cidades, o Sonic fazia isto pela gente, se mal conseguíamos pular a cerquinha da nossa casa, o Mario ia até o céu e voltava, se não conseguíamos ser discretos, o Solid Snake se escondia numa caixa de papelão por nós.

Claro que chegava a hora de voltar para realidade e tudo aquilo que não éramos no mundo virtual, voltávamos a ser no mundo real e quase sempre queríamos sair deste mundo chato e sem graça, para mergulhar completamente naquele universo que nos traz tanto prazer.

Mas não precisamos sair do real para ficar apenas no virtual. Percebam que o mundo ao seu redor pode ser tão louco, tão sem-noção, tão emocionante como o do videogame, só precisamos tão somente ver e viver neste mundo que não tem uma solução certa para tudo o que vivemos.

Eles estavam ali, sempre presentes, sempre perenes, nos ajudando a sonhar cada vez mais alto, onde, se eles podiam, porque não podemos?

Se os nossos heróis são arquétipos daquilo que sonhamos ser, então podemos virar os nossos próprios heróis.


Toads, dos jogos Mario, não são cogumelos


Red_Blue_ToadPedimos desculpas por estragar a infância de todos, mas Toad não é um cogumelo, não é menino e também não é menina! Agora que sabemos o que eles não são, vamos aos fatos – Toads de Mario World escolhem as suas próprias características de gênero, de acordo com o produtor do jogo “Captain Toad”. 

Em uma entrevista ao site GameSpot para discutir as próximas plataformas puzzle “Capitão Toad: Treasure Tracker”, que será lançado para Wii U, em 2015, o produtor Koichi Hayashida ofereceu alguma iluminação na diferenciação entre Toads machos e fêmeas. Ou não. 

“Esta é talvez uma história estranha, mas nunca entrou no nosso caminho essa questão de decidir sobre o sexo dos personagens, mesmo que eles tenham em suas aparências um pouco de gênero. Mas eu acho que o que eu posso dizer é que Toadette e Toad não são irmãos – talvez fosse mais correto dizer que eles são amigos de aventura. E isso é certamente verdade aqui [no Captain Toad].”

Portanto, se um Toad – um ser assexuado com características cogumelísticas – come um dos cogumelos mais populares e versáteis do Mario World para se tornar maior ou ganhar uma vida extra … é canibalismo? Enquanto Toads podem parecer cogumelos, não está claro o quão intimamente relacionado com cogumelos eles estão. Hayashida esclareceu que Toads não são cogumelos em tudo.

“Este enigma particular pode ficar sem solução. Esse é um dos grandes mistérios do universo Mario.”

Toads são então uma raça sem gênero que podem assumir características de gênero e que embora se pareçam muito com um cogumelo na verdade são.. UM MISTÉRIO! Ele também esclareceu que Toad e Toadette não estão romanticamente envolvidos… como se a esta altura a informação ajudasse em alguma coisa! 

Falamos sobre Toads e mais assuntos que foram destaque na semana passada no SavePoint:

Fonte: GameSpot e Garotas Geeks


Gamers e seus… Mimimi


agua-com-gas

Tem gente que não gosta e fica falando horrores de quem gosta. Para que isso?

O mundo é cheio de frescuras que nos desunem todos os dias. Política, futebol, religião, livros, séries e, até mesmo, jogos de videogame, mas a pergunta que eu deixo é: Para que sermos tão obtusos ao ponto de não respeitarmos o gosto alheio? Será que você vai morrer só porque alguém gosta de Crepúsculo, da Nintendo ou de beber água com gás?

Os problemas que nos cercam no dia a dia – que não deveriam existir na verdade – já dá um trabalho dantesco para conseguirmos viver a vida com um pouco de dignidade, mas, ainda assim, achamos no direito de dizer que o cara que joga Team Fortress é um tremendo de um babaca que não sabe o que é a glória de jogar Call of Duty/Battlefield ou que só Pokemon é o único jogo que existe no planeta.

Para que continuar assim? Para que ser tão defensor de um produto ao ponto de sangrar os olhos e não ver que, na verdade, cada um tem o seu gosto particular? Quem tá ganhando milhões são as empresas e não você que tenta defender Sonic, Mario ou Crash Bandicoot. Quanto mais defende, mais você vai ser taxado de idiota, um ista sem noção.

Quando fazemos as nossas brincadeiras aqui, tentamos relembrar de uma maneira saudável a 16-bit Wars, pois, antes de ser algo a ser engajado, a mesma na verdade foi uma gigantesca brincadeira entre as empresas onde quem ganhou com isso foi o consumidor. Quem aqui não se lembra dos trocentos jogos que saíram para os dois consoles e que muitos destes títulos foram criados primeiramente nestes consoles?

Uma das grandes guerras do século XX

Uma das grandes guerras do século XX

Aquela briga para com consumidor, a concorrência, foi algo saudável para a indústria, que precisou se reinventar, se consolidar e dar a todos aquilo que ansiamos, JOGOS BONS E CATIVANTES, coisa cada vez mais rara nos dias de hoje.

Então, que tal ao invés ainda de ficar de mimimi Sonic é melhor que o Mario e Crash é pior que Pac-man, ir jogar um pouco de videogame com seus amigos?

Creio que seja algo mais saudável quando cultivamos o discurso sobre jogos eletrônicos antes de mais nada. Sempre trazendo aquela essência nostálgica sobre um ou outro ponto, sem necessariamente, ficar atacando todos que são contrários as nossas visões, opiniões, filosofias e escolhas.

Esta eterna luta entre o bem (minha opinião) e o mal (a opinião dos outros) um dia vai estourar e será um deus nos acuda. Não seria melhor começar a pensar um pouco mais a respeito sobre esta questão? O que realmente estamos ganhando com isto, além de horas e horas de dor de cabeça sem necessidade?

Deixem esse povo que acha que o Wii U é o melhor console do mundo, ou o PS4 ou One, porque fã que é fã de jogos eletrônicos, vai jogar de tudo um pouco, seja de forma legitima ou de forma genérica!