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Game over: a Nintendo, os impostos e uma geração infeliz


Nas últimas semanas a Nintendo, anunciou o término das relações econômicas com o Brasil. O principal motivo para a medida foi a preocupação da companhia em pagar os impostos da maneira mais correta possível, o que faz com que em nosso país os jogos da corporação sejam vendidos pelos preços mais caros do mundo, quando em outros lugares, costumam ser mais em conta do que os equivalentes da Microsoft e Sony, por exemplo.

nintendo-game-over-marketing-gamesA Nintendo encarou como um desafio trabalhar no Brasil mesmo com os altos impostos. Esse problema acarretou outro: o contrabando dos seus produtos, o que competia economicamente com a distribuidora oficial.

Para o mercado interno, o rompimento não muda muito porque é fácil achar preços mais baratos para os jogos, por meio de vendedores não oficiais que operam sem fiscalização. No entanto, no cenário internacional, a imagem do Brasil fica manchada, pois retrata para o mundo a triste realidade da retirada de uma empresa já instalada por aqui por conta dos impostos e do contrabando.

Nos últimos anos há uma luta para a redução das tarifas para esse setor. Atualmente os games também são vistos como cultura: possuem trilha sonora, arquitetura e arte gráfica. O governo não trata a área com a devida atenção, ignorando todo o potencial que o mercado apresenta.

Fica uma grande insatisfação para quem realmente é fã da empresa que criou clássicos como Mario, Zelda Metroid, entre outros. A Microsoft e a Sony se mantêm firmes por aqui e assim esperamos que permaneçam em nosso país


A vida dura de um Gamer…


Somos todos lisos perante a lei.

Somos todos lisos perante a lei.

Reclamamos dos altos preços dos consoles atuais e das gerações passadas e isto é algo extremamente chato, mas o fazemos porque o que ganhamos no Brasil não condiz com a realidade de viver… basicamente grande parte dos brasileiros trabalham para sobreviver, uma verdadeira injustiça social.

É algo que pode ser constatado diariamente nos noticiários, nos jornais e nas revistas de grande circulação, quem dizer que o Brasil é um país maravilhoso de se viver, é porque nunca passou num SUS da vida ou precisou pegar um ônibus lotado até o talo, mas não é com isto que queremos discutir não é mesmo?

E vendo desta forma, alguém que more sozinho e ganhe os seus dois, três salários mínimos, mal sobrevive com algo em torno de 2.100 reais tirando os “benefícios” do Vale-transporte, Vale Refeição e Vale Alimentação. Se a pessoa vive de aluguel, dependendo do lugar onde se mora, vão simbora uns 500, 600, 700 reais (1/3 do salário), paga água, luz? Uns 100 a 200 reais. Telefone móvel? 20 a 150 reais ou mais, se tiver internet. Vai sair com os amigos? Tem de comprar livros para faculdade ou gosta de alugar filmes. Vamos colocar cada um a 50 a 200 reais.

Daria, ainda, para colocar mais alguns percentuais cá e acolá, imaginem se não é ônibus, mas a pessoa anda por aí de carro, lá vai outra facada no bolso e vai tudo acumulando, acumulando e nada de algo a mais cair no bolso.

Acho que este mês vou continuar no vermelho!

Acho que este mês vou continuar no vermelho!

Não faço a mínima ideia qual é a conta aí acima, mas se não tiver gastado uns 60% do salário, eu acho pouco. Daí se imagina ter de gastar 100, 200 reais para comprar um jogo de console, e isso todo mês, o gamer brasileiro vai para a falência em menos de 1 ano. Claro que estamos aqui apenas fazendo uma suposição pouco realista sobre este trabalhador acima!

Daí partindo deste pressuposto, creio que, de maneira substancial, a sanha de comprar um console novo e ser um lascado, não ter uma Dilma no bolso, faz com que, de certa forma, economizemos em nossos jogos e, ALÉM DISSO, apreciamos aquilo que temos, voltando a jogar por mais tempo aquele jogo comprado com muito suor.

Conquanto que aqui não estou levando em consideração os jogos piratas e/ou genéricos que compramos nas feirinhas da vida em nossas belíssimas cidades, pois isto não contribui em nada para os investimentos de jogos localizados no Brasil, mas continuando…

Deveras é importante frisar que cada vez mais estamos vivendo uma sociedade altamente consumista, o Steam, por exemplo, mata muitos jogadores com o mal costume de jogos demais, por preço de menos e a sua disposição, 100, 200, 300 jogos, onde a grande maioria sequer vai ser jogado pelo dono.

Droga, não tenho nada para jogar! :/

Droga, não tenho nada para jogar! :/

Creio que aqui encontramos algo que é completamente o oposto do que estava dizendo até a pouco tempo. Enquanto que o jogador de videogames no Brasil, tem um sério problema financeiro, colocando pauta aqui que é o consumidor que investe em consoles, a pessoa que faz um investimento nos PC’s não tem o mesmo tipo de problema, ou será que tem?

Não importa o caminho que se siga, sempre existirão problemas com custos, no caso, para aqueles que investem nos PC’s terão de arcar os custos medianos em se ter um computador para rodar os jogos que estão sendo lançados continuamente. Enquanto que em um console o jogador tem uma plataforma estável que não precisa de atualização, o computador pessoal precisa delas não que constantemente, mas de tempos em tempos, daí se troca processador, memória, aumenta o HD e, basicamente, se paga a mesma quantia ou mais que se pagaria num console.

Do outro lado, no entanto, por mais que se gaste nas atualizações de um PC, o mesmo pode ser usado para outras coisas, como navegar na internet, criar textos para blogs, ver vídeos e, quem diria, JOGAR! O caro saindo barato no custo x benefício? Será?

Sou um dos personagens que você irá mais ver na sua telinha do PC!

Sou um dos personagens que você irá mais ver na sua telinha do PC!

Bom, então temos um PC bonitinho, cheirosinho e que dá gosto de usar o Windows 8.1 64 bits com uma placa de vídeo de se fazer inveja a qualquer computador da NASA e, então chega a famosa Steam Sale, JOGOS COM 50% DE DESCONTO, não, 75%, 90%, ai meu santo cartão de crédito, que que eu faço pelas barbas dos profetas, tantas promoções, mas tão pouco dinheiro!

A pessoa começa comprando um ou outro jogo e, por fim, está lá, com 100, 200, 300 jogos comprados e se for jogar Team Fortress 2 é muito. Então vendo pelo outro lado, temos um jogador de PC que pode ter gastado pouco, mas, ainda assim com muito sacrifício, gastou centenas de reais, parcelado em várias vezes, para não jogar nada e ter um colecionismo ilusório digital.

É, vivemos uma vida dura de jogador de videogame, de um lado temos abundância, mas do outro, temos de viver certos sacrifícios. De um lado, sendo um jogador de console – seja portátil ou de mesa – com poucos jogos a preços camaradas e que exigem o sacrifício para serem comprados e do outro temos os jogadores de PC que tem à disposição milhares de jogos a custos baixos, mas que precisam de computadores realmente potentes para poder rodados a contento.

Eita vidinha dura de ser um gamer brasileiro, onde só se vê custos e nada mais!

Qualquer semelhança com o que passa o autor diariamente não é mera coincidência.


Jogo Justo se une ao Movimento Brasil Eficiente na luta contra os impostos nos Games!


No dia 19 de Dezembro de 2013 o Jogo Justo formalizou a união com outros dois grandes movimentos o Movimento Brasil Eficiente comandado pelo Instituto Atlântico e o movimento Assina Brasil, que também luta para manter uma eficiência tributária no recolhimento dos impostos em nosso país.

movimento brasil eficienteO presidente do Jogo Justo e também presidente da ACIGAMES a Associação Comercial, Industrial e Cultural dos jogos eletrônicos e aplicativos do Brasil foi chamado para uma reunião na sede do Movimento Brasil Eficiente, para uma conversa com os representantes e foi muito interessante saber que os dois movimentos tem além de muita sinergia, também tem muito o que fazer juntos.

Ambos já trabalham com a questão da PAC-PME que acaba de passar na Câmara dos deputados em Brasília como “Brasil + Competitivo” e com isso agora já são vários movimentos grandes para pedir a tão sonhada redução de carga tributária.

20131127_104515Como primeiro passo desta união, iremos todos juntos na audiência pública que foi remanejada para a segunda quinzena de Janeiro em Brasília, nosso vice-presidente o Jorge Proença, participou de uma reunião fechada na Câmara dos Deputados no mês passado para a PAC-PME enquanto o presidente da associação o Moacyr Alves estava na Secretaria do Ministério das Ciências e Tecnologias do Rio de Janeiro para ganhar aliados na votação da Audiência Pública para o setor de games em Brasília.

Acreditamos que mesmo com dois grandes eventos para o ano de 2014 como a Copa do Mundo e também as eleições que vão acontecer em Outubro, estamos otimistas que o próximo ano pode ser decisivo para todos esses movimentos.

Aproveitamos e desejamos a todos boas festas, com impostos mais justos para toda a nação brasileira.

Fonte: www.jogojusto.com.br

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