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Run Gringo Run! Game brinca com todos os clichés que a “Cidade Maravilhosa” tem para oferecer!


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Nosso famoso estereótipo do “Gringo”

Run Gringo Run foi desenvolvido pela Orla Interactive, um grupo formado por três brasileiros que visam criar jogos mobile com elementos regionais do Brasil, porém de apelo global. Em época de olimpíadas, o game foi destaque em sites como, Washington Post e The Independent, no jogo é possível notar muitos estereótipos que todos nós conhecemos, porém sempre de maneira cômica e divertida.

A chamada do game diz: Se você imaginou que o Gringo teria as férias dos sonhos, assistindo as Olimpíadas 2016 tranquilamente, enganou-se.

No game você deve ajudar o Gringo a fugir dos bandidos, salte obstáculos, desvie de obras inacabadas e pessoas no caminho, suba em favelas e atravesse túneis. Tudo isso em um ritmo vibrante e um cenário praiano paradisíaco.

Em Run Gringo Run você controla seus movimentos correndo, utilizando um longboard ou nas alturas com um parapente são algumas opções eletrizantes no seu caminho para elevar sua pontuação, coletando águas de cocos para adquirir diversos power ups ou customizar o seu Gringo!

Disponível gratuitamente para Android, Run Gringo Run chega não com intenção de ofender ninguém, e sim de conscientizar e mostrar os problemas do Brasil de um modo divertido e engraçado fazendo com que você se identifique e viva aventuras que só nós brasileiros conhecemos!


Padrões de beleza nos games – Quem são os personagens gordinhos?


Fala-se muito sobre os padrões de beleza femininos nos games, publicidade e televisão em geral, mas fala-se pouco sobre os padrões estéticos masculinos, que nos games são ainda mais fortes e padronizados do que em demais mídias. Já repararam como personagens gordinhos tendem a ser ridicularizados em produções cinematográficas e até nos games? Porque não podemos ter em um jogo um protagonista que fuja dos padrões estéticos do Dante de Devil May Cry, do Leon de Resident Evil ou do Gabriel Belmont de Castlevania? Proponho observarmos alguns dos os personagens gordinhos mais conhecidos dos games e avaliar se a representação é justa:

E. Honda do Street Fighter é um lutador de sumô que ficou aborrecido pelo mundo não leva o sumô a sério, e jurou que provaria que os lutadores de sumô são os maiores lutadores do mundo. O Tapa de Cem Mãos é prova disso. Sua força é conhecida por todos que curtem a série de jogos.

Mario, nosso encanador favorito é “rechunchudinho”, bigodudo e uma graça! Todos amam e como não amar? Aqui vemos o clássico gordinho fofinho, uma representação bastante usada também para criaturinhas coloridas e que são ótimas companheiras. Protagonista de sucesso, Mario é um campeão indiscutível.

Gragas de League of Legends, acha que a única coisa mais importante do que lutar é beber. Possui uma sede insaciável por fermentações o que o levou a buscar os ingredientes mais potentes e inconvencionais para jogar em seu alambique. Impulsivo e imprevisível, o beberrão badernista adora abrir, na mesma medida, barris e cabeças. O cara é badass. 

Boomers, do Left 4 Dead são Infectados  gordos que regurgitam um denso jato de vômito nos sobreviventes (cara que nojo!), a substancia os cega temporariamente e quando morrem, eles explodem cobrindo todos os sobreviventes que estão por perto com o que sobrou do vômito em seu interior. Sem mais.

Dr Robotnik, ou Dr Eggman é um vilão do jogo Sonic com um QI de 300, quer dominar o mundo e transformar tudo em robôs.

Boogerman do jogo Pick and Flick Adventure é um milionário excêntrico cujas armas como super-herói incluem flatulência, ranho e arrotos. Gente… porque?

Earthquake do game Samurai Shodown é do Texas e sabe ninjutsu mas acaba usando  isto como vantagem para se tornar um bandido, sendo o líder de sua própria gangue e decide roubar todos os tesouros do mundo. Gordinhos são muito usados como vilões, perceberam?

Rufus, do Street Fighter, é um lutador americano de Kung-fu obeso. Ele se declara maior e melhor lutador da América  e considera Ken seu rival. Ele luta para provar que ele é melhor do que Ken mas infelizmente usa uma roupinha colada do Kill Bill que não fica nada legal nele.

Scott Shelby, um dos quatro personagens jogáveis de Heavy Rain, é um policial aposentado que trabalha como detetive particular. Em nome das famílias das vítimas anteriores do Assassino do Origami, ele conduz sua própria investigação sobre o caso. Um dos poucos que pode ser levado a sério aqui.

Robert “Bob” Richards da série Tekken, é um americano que era conhecido como um gênio das artes marciais. Porém, incapaz de derrotar oponentes maiores, ele desapareceu do mundo dos combates, determinado a aumentar o seu peso e a sua força enquanto mantém a velocidade. Bob entra no torneio para testar suas novas habilidades e o novo tamanho, o personagem continua forte e poderoso.

Pode-se dizer que no geral o personagem gordinho acaba sendo o fanfarrão e beberrão mal humorado, o repulsivo, o fofo ou o ridículo, sendo poucas vezes um personagem de sucesso e cuja força encontra-se nas suas ações, decisões e em sua história de vida. 

A verdade é que  falta diversificar os personagens femininos e masculinos, oferecer mais opções de vestuário, de perfis, histórias, falta também mostrar que a força desses personagens não está na sua aparência e sim na sua personalidade e naquilo que os torna quem são dentro daquele contexto. Nós gostamos de jogos bonitos e adoramos uma protagonista gostosa, mas os games continuam seguindo uma série de estereótipos que a sociedade cada vez mais tende a questionar.

Por mais que os games e sua narrativa tenham evoluído é preciso perceber que personagens gordinhos não precisam se limitar ao lugar-comum, a estereótipos cômicos, malvados ou ridículos. Personagens acima do peso podem ser interessantes, bem desenvolvidos e podem sim conquistar os fãs. Para isso é preciso ultrapassar a linha tênue que divide a luta justa contra o preconceito da típica conversa politicamente correta que tanto vemos por aí.

Resumindo… Quero um protagonista de game gordinho que seja forte, inteligente e bem sucedido! Pode ser?

Afinal de contas, de personagens idênticos, os games já estão cheios…