Tag Archives ebook


O Legado dos jogos de RPG para as narrativas modernas de Videogame


Há mais de um século que autores começaram a pensar em narrativas interativas – mesmo antes de serem chamados de game designers.  Mas sem dúvida, o Role Playing Game é a forma mais contundente do storytelling interativo, isso porque causou um impacto em todas as outras formas de narrar uma história interativas e está presente com vários elementos em jogos modernos.

O game designer e lead writer Daniel Erickson (que já trabalhou em games como STAR WARS: The Old Republic) nos trás uma visão de como as narrativas interativas oriundas do RPG podem ensinar sobre o storytelling dos video games:

” Muitos dos princípios de como fazer um bom ritmo, boa narrativa e de como preencher tudo com a fantasia, são melhores aprendidos com um grupo de pessoas reais e um conjunto de dados[…]“

narativas-interativas-1-M&G

Mesmo fora do mundo dos jogos, o RPG estimulou gerações de autores, na literatura, no teatro e na televisão. Trazendo nomes como G.R. Martin, Matt Groening, entre outros, além de criar nomes como R.A. Salvatore, que já vendeu 15 milhões de cópias de suas obras nos EUA, sendo 22 duas delas best selles do New York Times.

Partindo dessa premissa, o ebook “Narrativas Interativas” reúne vários artigos sobre o tema, mas que foram revistos e aprimorados para trazer uma visão mais técnica e abrangente sobre as técnicas de criação de aventuras rpgistas – em muitos casos, olhando para os RPGs digitais ou de computador. Iniciando com uma visão rápida sobre o Storytelling através da descrição do autor Fernando Palácios e andando em direção a interatividade com outros nomes que já começam a inserir o gameplay no trabalho de roteirista.

narrativas-interativas-2-M&GVale ressaltar que as iniciativas de intensificar histórias nos jogos vem de muito antes. Em 1986, Shigeru Miyamoto, que já atuava em direção a transportar histórias para o mundo dos games, lançou com Takashi Tezuka, um dos grandes sucessos da Nintendo, que é aclamado até hoje pelos fãs: Zelda.

A jogabilidade mistura aventura e ação com elementos de RPG, e a partir daí esses elementos como classes e fichas de personagens, evoluções por níveis e características próprias, assim como pontos de experiência para quests nunca mais desapareceram dos games. A estrutura de como o jogador se envolve com o jogo passeia entre gameplay e narrativa formando um esquema de ludonarrativa rpgista.

Se você curte e adoraria saber mais sobre narrativas interativas de RPG e como elas inspiram outros games, convido vocês a conhecerem o meu livro disponível na Amazon através do link abaixo:

narrativas-interativas-3-M&G     Narrativas interativas: O legado dos jogos de RPG
     Ale Santos
     eBook Kindle
     53 páginas
     Português


eBooks e Pesquisas de Games em português disponíveis para Download


Há cerca de um mês o site Play’n’Biz realizou uma compilação de ebooks disponíveis na rede sobre Design de Games, para estudiosos e interessados no tema. O sucesso do assunto foi enorme e alguns dos leitores fizeram contato com o site solicitando mais pesquisas em língua portuguesa.

Para atender a esta demanda, eles fizeram um novo levantamento sobre o tema, desta vez apenas em português, com os trabalhos de pesquisadores nacionais e lusitanos.

Acesse os links e baixe os arquivos clicando no título respectivo (em azul) e aproveite para divulgar a notícia: afinal conhecimento é para ser compartilhado!

A Poética Imaginária do Videogame

Mestrado de Flavia Gasi, Diretora Criativa do canal Fatality, que trata da simbiose entre homem e máquina, e as relações arquetípicas e mitológicas relacionadas aos games, a partir do pensamento de Bachelard, Mafesoli e Durand, entre outros.

 


 

Agentes Verossímeis: Uma investigação
sobre a construção dos personagens autônomos nos videogames

Renata Correia Lima Ferreira Gomes defendeu esta tese de Doutorado, na qual descreve a narrativa dos games como simulação imersiva, que oferece um espaço virtual estrutura dramática para a interatividade por meio dos personagens digitais.

 


 

Game Over: Jogos eletrônicos e violência

Tese da doutora Lynn Rosalina Gama Alves, que analisa a influência dos jogos eletrônicos no cotidiano dos jogadores e suas possíveis implicações em um comportamentotido como “violento”.

 


 

Jogo como elemento da cultura: Aspectos contemporâneos
e as modificações na experiência do jogar

Dissertação de doutorado de Sérgio Nesteriuk Gallo, que parte do ideário de Johan Huizinga, que afirma que “é no jogo e pelo jogo que a civilização surge e se desenvolve” (Huizinga; 2004); para tentar entender e refletir sobre o jogo como elemento da cultura e identificar as características formais do jogo em si.

 


 

Interfaces de usuário e jogos digitais:
Possibilidades de aprendizagem

Pesquisa de Félix Souza Neto, que busca identificar quais características devem compor a modelagem de interface de usuário de um jogo de modo a favorecer a mediação da aprendizagem escolar para conteúdos relacionados à História.

 


 

Jogar, Jogo e Sociedade/Video jogos 2012 –
Conferência em Ciência e Arte dos Videojogos

Conferência realizada em Lisboa, nos dias 13, 14 e 15 de dezembro de 2012, organizada por Roger ‘GameCultura’ Tavares e Cátia Ferreira, com o objetivo de promover a investigação e a indústria de videojogos em Portugal. Neste documento, há trabalhos apresentados no evento em português e em inglês, todos diretamente relacionados ao tema.

 


 

Jogando Phantasy Star:
Trajetória compreensiva ao sentido de jogar videogame

Pesquisa de psicologia de Thiago de Paula Cruz, que parte do problema acerca do sentido de jogar videogame, buscando compreender essa dinâmica a partir da interação com o game Phantasy Star.

 


 

O lúdico na sala de aula de língua portuguesa no fundamental II

Dissertação de mestrado de Andrea Volante Costa, que busca compreender os processos educativos que se utilizam de práticas de ludicidade para reforçar a assimilação de conceitos da disciplina.

 


 

Desenvolvedores de Games atuantes no Brasil:
Uma abordagem estratégica

Trabalho de conclusão de mestrado de Luis Felipe Hupsel Vaz, que investiga as estratégias de negócios dos desenvolvedores de games em território nacional.

 


 

Virando o jogo : Uma analise de videogames
através de um olhar discursivo critico

Estudo de Luiz Henrique Magnani, que analisa a possibilidade de desenvolvimento da consciência crítica a partir da interação com jogos digitais, revisando a literatura mais geral sobre jogos, suas diferentes abordagens teóricas e traçando uma análise de videogames a partir de uma perspectiva discursiva. O download desse material solicita um cadastro gratuito.

 


 

Corpo joystick: Cinema, videogames e estilo de vida ativo

Ensaio de Mateus David Finco e Alex Branco Fraga, que trata do processo de inserção do videogame na cultura contemporânea, enfatizando as mudanças na interação humano máquina produzidas pelas diferentes gerações de jogos eletrônicos.

 


 

Efeitos dos videojogos nas funções cognitivas da pessoa idosa

Mestrado da pesquisadora lusitana Ana Carla Seabra Torres Pires, que afirma que os participantes da condição de videojogos do estudo apresentaram uma diminuição na deterioração cognitiva.

 


 

Videogame como linguagem audiovisual:
Compreensão e aplicação em um estudo de caso – super street fighter

Dissertação de Francisco Tupy Gomes Corrêa, que trata da linguagem dos games como fenômeno audiovisual.

 


 

Videogames e interfaces: representação e experiência

Mestrado realizado por Bruno Galiza Gama Lyra na Universidade Federal de Goiás, que observa elementos vinculados à interface computacional, especialmente dos games, que incidem sobre a experiência que se caracteriza pelo embate com seus elementos e a manipulação que se realiza a partir do que a própria conformação da interface disponibiliza.

 


 

Wii Fit: Um videogame do estilo de vida saudável

Stricto sensu de Mateus David Finco, sobre a influência do entretenimento eletrônico na área de Educação Física.

 


 

Games Independentes: Fundamentos metodológicos para criação,
planejamento e desenvolvimento de jogos digitais

A dissertação de David de Oliveira Lemes, professor da PUC SP sobre o mercado indie brasileiro já é bastante conhecida, mas não custa fazer nova divulgação desse excelente estudo.

 


 

Doses Lúdicas –
Breves textos sobre o universo dos jogos e entretenimento

Vicente Martin Mastrocola é também conhecido pela alcunha de Vince Vader e um grande pesquisador sobre o tema de jogos e do universo dos games.


O museu de game como experiência gamificada

Sabrina Pereira Kumagai Carmona é famosa pela criação do blog Planeta Gamer e por algumas realizações na área, incluindo a coordenação do grupo de pesquisas CS:Games da PUC-SP. Este trabalho trata exatamente do tema do título, isto é, de buscar uma experiência gamificada na visitação a museus.

 

Via: Play’n’Biz


5 Dicas de Ouro para se tornar um Programador de Games de sucesso!


Quem está entrando ou deseja entrar no mercado de jogos precisa estar preparado. A concorrência é forte, a criatividade e o conhecimento como jogador são pré-requisitos básicos para o sucesso neste mercado, mas é preciso se aprofundar nos conhecimentos de programação, design e até conhecer um pouco sobre a história dos games. O problema enfrentado é a falta de informação sobre o assunto em português o que dificulta bastante o aprendizado independente. Listamos aqui algumas dicas e informações indispensáveis (algumas em português) para ajudar quem deseja entrar no mercado de jogos e não sabe por onde começar!

1. Domínio de inglês é fundamental:

É importante ter uma boa lógica de programação, conhecer a linguagem que deseja usar, saber usar bem a engine ou framework, o problema é que o material de programação em português é escasso, para mandar como-aprender-ingles-sozinhobem, saber inglês é a diferença entre ter muita informação disponível… ou praticamente nenhuma.Uma boa forma é através da internet (fóruns, blogs, sites, tutoriais, vídeos) e livros em inglês. Se você realmente quer trabalhar com jogos, também vale à pena investir em saber conversar em inglês por motivos óbvios – vai expandir suas possibilidades de contatos e parcerias. Confira uma lista com os ebooks mais geniais (em português e claro, em inglês):

2. Tenha uma boa base de conhecimentos em programação:

Esta é a coisa mais importante e mais difícil que você irá fazer – programar. Não importa a linguagem ou tipo de jogo. Adquira experiências programando jogos completos do início ao fim para ter conhecimento de como tudo irá acontecer. Seja então um especialista e não um generalista, tendo uma boa visão geral, especialize-se na área que mais te agradar e aprofunde-se nela. Dedique-se inicialmente a projetos menores, mesmo que sejam mais simples – invista em algo seu para montar seu portfolio de trabalho.Como um programador, há certas técnicas que você deve dominar: aprenda o máximo que puder sobre matrizes, vetores e suas operações, estrutura de dados e algoritimos, e principalmente, fundamentos de engenharia de software e programação orientada a objetos.

3. Jogue, estude e nunca pare de aprender:

Esteja a par dos lançamentos, das novidades da indústria, mantenha-se bem informado sobre as tendências e discussões mais recentes do mercado – jogue bastante, mas mantenha seu olhar focado no desenvolvimento, estude jogando. Todo jogo pode ser uma fonte de um insight, inspiração ou pode te ensinar alguma coisa sobre  roteiros, efeitos e trilha sonora. Uma boa é tentar descobrir os postmortems (uma espécie de diário de bordo de um projeto finalizado) ou conhecer mais sobre os desenvolvedores a frente do projeto. Não pense que uma faculdade será suficiente para ser um bom profissional, um bom programador e designer de jogos não para de aprender nunca, tem diversas fontes de conhecimento e encontra inspiração em todos os jogos, dos mais simples e independentes aos grandes nomes do mercado AA. Não faltam recursos  para o desenvolvimento de jogos, não deixe sua localização ou idade serem desculpas para não estar sempre aprendendo – há livros, revistas, sites, conferências e canais no Youtube como o United Games, criado por Designers paulistanos que se cansaram da falta de informação sobre programação e criaram um canal repleto de dicas para iniciantes – confira um dos primeiros vídeos do canal falando sobre o trabalho do game designer:

[tentblogger-youtube 9jE_PjQ1fQQ]

4. Deixe a timidez de lado e comunique-se:

Uma boa comunicação dentro da equipe e na própia comunidade de desenvolvedores é fundamental. Participe de grupos no Facebook, fóruns, mantenha as redes sociais ativas, converse com desenvolvedores que já estão na ativa – esta pode ser a diferença entre receber uma indicação para uma psicologo.com saco timidezgrande empresa ou perecer no limbo de profissionais desconhecidos. Se já estiver empregado, seja eficiente ao se comunicar com a sua equipe, coordene esforços com todos os membros de um projeto para ser capaz de entregar o melhor trabalho possível, colaborar com artistas, designers e entender as necessidades de outros membros da equipe pode garantir seu crescimento. Não seja um puxa saco, mas mantenha um bom diálogo com seu chefe, seja capaz de comunicar com clareza o status de seus trabalhos e não deixe de informar suas dificuldades e desejo de evoluir. Sempre que possível faça apresentações para a equipe, compartilhe conhecimento na área e se puder, crie um blog sobre o assunto assim como o nosso Marketing & Games, ou outros relacionados como Play’n Biz, Gamestorming, Abrindo o Jogo e Game Developer.

5. Tenha uma educação diversificada, mas escolha uma área de especialização:

Amplie seus horizontes, aprenda sobre o que lhe agrada mesmo que não esteja diretamente relacionado a programação, tenha um passatempo que não esteja relacionado ao desenvolvimento de jogos, leia livros sobre outros assuntos, assista séries banais e divertidas, invista na vida pessoal e em experiências diversificadas – acredite, tais atividades lhe trarão grandes benefícios, muitas vezes totalmente inesperados. A dica é: não se torne um “bitolado” no seu trabalho. Saiba olhar para outras coisas e se informar sobre outros assuntos. Dedique-se em ter uma visão geral no início da sua carreira, mas com o passar do tempo, torne-se um grande conhecedor de uma área específica. Um programador competente tem bom entendimento de como as diferentes áreas de um jogo trabalham juntas, mas pense em qual área você gostaria de dar mais foco – é melhor ser um expert em uma única área do que ter conhecimento superficial em várias outras e não ser capaz de entregar 100% de seu potencial em nenhuma delas.

Conclusão:

O mercado de jogos não é fácil e possui muitos obstáculos principalmente no Brasil, mas nem pense em desistir! Tenha determinação, aprenda, jogue e divirta-se! Como dizia Steve Jobs, “O que separa os empreendedores de sucesso daqueles malsucedidos é a pura perseverança” – que tal começar AGORA?

Fontes: GameStorming & Abrindo o jogo