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Shenmue III – Eis que a fênix renasce das cinzas


Olá, caros leitores! Hoje estou aqui para falar de um jogo que está causando furor devido ao nome: Shenmue III. Sim, a continuação da franquia iniciada no Dreamcast, nos primórdios da geração dominada pelo Xbox, Game Cube e Playstation 2. Um dos primeiros jogos com elementos de ação, Quick Time Events e pitadas de RPG que desenvolveu todo um mundo aberto para dar vida à busca de Ryo Hazuki.

Inicialmente projetado e publicado pela SEGA, Shenmue trouxe diversos elementos inovadores, como troca de perspectiva à vontade do jogador; momentos de luta nos ambientes onde já se está, sem mudança de cenário; modo de simulação de corrida; possibilidade de jogar clássicos da sua empresa dentro do ambiente virtual do game; e diversas opções de escolha na rota até o fim do game, possibilitando novas cenas, aumentando o fator replay. Confira o gameplay, uma desossada da história do primeiro jogo e as curiosidades do primeiro jogo da franquia.

Nessa franquia o relógio anda de bem com o mundo. As horas passam muito rápido.

Sua continuação foi lançada para o console da própria desenvolvedora e, posteriormente, para o Xbox, que conseguiu adquirir exclusividade de lançamento na América do Norte. Como as vendas não foram boas, a franquia ficou na geladeira por um bom tempo.

Ao fim do primeiro semestre de 2015, foi anunciado Shenmue III seguido por uma campanha no Kickstarter, para coletar fundos e dar vida ao projeto. Esta arrecadou pouco mais de 6 milhões de Obamas, quase o triplo do pedido inicial, valor mais que suficiente, segundo as metas. Cabe aqui uma menção aos brindes para quem doasse determinadas quantias, como ocorreu nas do Mighty Nº 9 e Bloodstained, que incluía um jantar com o diretor do game.

Yu Suzuki. Este é mais lendário que Mewtwo.

Vale ressaltar que este lançamento será feito pela empresa Ys NET, cujo fundador é o ex-diretor da SEGA e produtor de diversos jogos da mesma, incluindo a franquia do game em questão, Yu Suzuki.

Shenmue com certeza é uma excelente franquia, talvez injustiçada por falta de capacidade de alguns envolvidos mas sua terceira continuação tem tudo para dar certo, não acham? Ou é exagero por parte deste que vos fala? Comentem e deixem suas opiniões. 


Nostalgia, uma nova fonte de Renda…


Desde o final da Sexta Geração – que consiste do Dreamcast, da SEGA; PS2, da Sony; GameCube, da Nintendo e o XBoX, da Microsoft – vemos um considerável aumento da nostalgia que cerca o mundo gamer. A Sexta Geração foi marcada pelo lançamento de várias franquias famosas, como Halo, God of War e outros, mas, no entanto, as velhas franquias das gerações anteriores sempre se mostraram presentes.

Uma nova fonte de renda para o mercado gamer começou a despontar aí. Cada vez mais víamos as marcas já consagradas por anos e anos de uso aparecerem nos consoles daquela geração. Virtua Fighter? Já estava na sua terceira edição. Final Fantasy seguia firme e forte para a sua 12ª edição e Mario já tinha um quão sem números de jogos em sua enorme bagagem no mundo dos jogos.

Muitas destas franquias que continuaram na Sexta Geração também foram lançadas para a Sétima Geração (XBoX 360, PS3, Wii, PSP, Nintendo DS) de uma forma impressionante. Houve um passo muito pequeno na criação de franquias novas, mas, em contrapartida, franquias com anos de existência continuavam – e continuam – a render bons louros para as desenvolvedoras. Claro que para quem é fã, quanto mais jogo melhor, mas a forma que percebe-se isso é que há, na verdade, uma estagnação criativa em várias desenvolvedoras, temerosas em investir em algo que seja novo.

A Sexta Geração aqui.

A Sexta Geração aqui.

Seja na PSN, na Live ou na Nintendo Network, na Sétima Geração, ou na atual, a Oitava (One, PS4, Wii U, PSVita, 3DS) vemos a cada dia que passa um quão sem número de jogos antigos das gerações anteriores (Terceira, Quarta e Quinta Geração) ganharem cada vez mais nestas Redes Sociais e vendas das suas respectivas empresas. Algumas vezes os jogos antigos sequer recebem um tratamento adequado para rodar em televisões de alta resolução e som Quadriplex UltraSound Mega Explosion e acabamos por ter uma certa imagem distorcida de um jogo que tanto amamos.

E é nisso que consiste a nostalgia. De acordo com o Dicionário Houaiss, esta palavra significa “saudades de algo, de um estado, de uma forma de existência que se deixou de ter; desejo de voltar ao passado”, e, por conta disso, que muitas empresas se prendem a marcas que foram inventadas a muito tempo, pois misturando a nostalgia de um público que foi fissurado em seus jogos nos anos de 1980 e 1990, as empresas estão com a faca e a manteiga na mão, enquanto que nós, meros jogadores, consumidores em potencial, estão com o pão implorando por mais daquela manteiga.

Nada contra isso, claro, toda e qualquer empresa quer ter lucro, mas, muitas vezes, podemos ver a maneira de como as empresas – seja de qualquer ramo – partem para cima nesta tentativa de terem lucros. Muitas vezes os jogos que tanto amamos e apreciamos sofrem um remake e um reboot e os mesmos não ficam a par do passado, outras, como dito acima, são lançados inúmeros títulos até esgotar o produto – Guitar Hero, Tomb Raider e Crash são alguns exemplos a serem citados – e, depois, são jogados no fundo do baú para o esquecimento quase completo.

Um dos poucos reboots que realmente funcionaram.

Um dos poucos reboots que realmente funcionaram.

A forma da manipulação sobre a massa usando-se um sentimento que é inerente de todo ser humano – a saudade, a falta, o anseio de voltar-se para aquele momento querido – pode render muito para as empresas, mas, por outro lado, se esta manipulação não for bem trabalhada, o efeito poderá ser completamente o oposto, ao invés do amor sobre a coisa tão querida, um ódio surgirá e, por conseguinte, o desgosto completo sobre aquela marca será o mote para todo o sempre.

Fico na esperança que a Nintendo, a Square, a Capcom, a Konami, a SEGA e tantas outras empresas revejam os seus conceitos de relançamentos constantes e que criem coisas novas e inovadoras, mas sem esquecer do passado – e sem usá-lo exageradamente, pois não creio que a nossa nostalgia deveria ser um produto puro e simples, mas deveria ser tratado com respeito e reverência.