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O mundo vai gastar US$ 91.5 Bilhões no Mercado de Games em 2015


Em 2014, as 25 maiores empresas de capital aberto do setor de games lucraram mais de 50 milhões de dólares, de acordo com uma pesquisa da Newzoo. Isso representa um crescimento por volta de 10% comparado com o ano anterior e vem de praticamente todos os setores que compôem o mercado de games. Esse é o indicativo de que a indústria está saudável, se expandindo em diferentes direções – e detalhe: nenhum setor cresce tão rápido quanto o mobile.

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O mercado de games global deve saltar de US$83.6 Bilhões para US$91.5 Bilhões em 2015, e nesse ritmo as receitas chegarão a US$ 107 Bilhões em 2017. Estimativas recentes também mostram que a China, com um crescimento previsto de +23% este ano, pode superar os Estados Unidos e se tornar o maior mercado de jogos do mundo em 2015, um ano mais cedo do que o previsto em pesquisas anteriores.

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Fonte: www.newzoo.com
www.escolabrasileiradegames.com.br


1ª loja online de games Indies do Brasil: Splitplay comemora 1 ano e apresenta crescimento de 300%


Com mais de 90 mil usuários, o Splitplay, primeiro marketplace de jogos indies brasileiros, completa 1 ano hoje dia 07 de maio de 2015. Com média de um jogo lançado, atualmente, por semana, a loja de jogos online reúne 42 títulos, recebe 10 usuários novos por hora e soma 41 mil downloads e com isso, a startup atingiu o break even operacional, o que significa que com apenas um ano, já consegue se manter operante com os lucros recebidos pela vendas dos jogos nacionais. Nesse aniversário, quem recebe os presentes são os assinantes: novos games, jogos com até 80% de desconto e outras surpresas.

O Splitplay

Splitplay_marketing_gamesCriado por alunos da PUC, o Splitplay é uma startup brasileira que passou por programas do governo o SEED, Startup-Chile e Startup-Rio. É a primeira plataforma para vendas e distribuição internacional de jogos eletrônicos independentes feitos no Brasil e em toda a América Latina. É um ponto de encontro para fãs e mídia especializada; o site é um HUB local para encontrar os jogos que estão sendo criados e lançados. Seus fundadores são: Rodrigo Coelho (26 anos) – Game Designer, Eric Salama (24 anos) – Designer de UX e Henrique Bejgel (21 anos) – Desenvolvedor.

Novidade para comemorar o aniversário

Em comemoração a este um ano bem sucedido, o Splitplay vai lançar 30 jogos novos, alguns pagos e outros gratuitos, no mês do aniversário. Além disso, oferece até descontos em vários títulos, que custam a partir de R$1,25, contam com Steam Key e download livre de DRM.

Agora, toda vez que o usuário se registrar no Splitplay, comprar um jogo ou passar de level no site, ele ganhará um jogo gratuito surpresa, selecionado entre os melhores games gratuitos brasileiros. E a cada dia, todos os jogadores têm um jogo diferente do catálogo do Splitplay com descontos de 15% a 80% – as ofertas são pessoais (diferentes para cada pessoa).

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Crescimento em um ano

Nesse primeiro ano, apesar das dificuldades existentes para todo mercado nacional de games e particularmente para omercado de jogos independentes, o Splitplay alcançou números expressivos. Conheça os dados reunidos pela mais recente avaliação:

  • Foram 1700 pedidos de compra;
  • Média de 1 pedido a cada 53 usuários novos;
  • A cada 13 visitas, um usuário novo se cadastra;
  • A loja recebe 10 usuários novos por hora;
  • Disponibiliza 42 jogos brasileiros de qualidade;
  • Apresenta uma média de crescimento mensal de 300% (cálculo baseado no total de usuários no mês de lançamento comparado com o total de usuários 11 meses depois);
  • Já teve mais de 1 milhão e 200 mil visualizações de página;
  • E o número total de downloads é de 41 mil.

 

Rodrigo-Coelho-Splitplay-marketing-gamesRodrigo Coelho, CEO do Splitplay.
“Os números do Splitplay provam com fatos que vem ocorrendo uma mudança radical no interesse pelos games nacionais. Há um ano atrás, você perguntava aos jogadores se eles conheciam algum jogo brasileiro e tinha sorte se obtivesse uma resposta positiva. Hoje as pessoas falam sobre quais jogos gostam e não gostam, e discutem a qualidade dos games nacionais. A mudança é palpável e podemos ver claramente um futuro muito próspero para a indústria nacional nos próximos anos!”


Jogos mais baixados:

Muitos games vendidos no Splitplay foram objetos de reviews dentro e fora do país e deram visibilidade aos estúdios e aos desenvolvedores que os produziram. Dentre eles, os mais baixados foram:

1- Soul Gambler: Dark Arts Edition
2- Phoenix Force
3- Tormenta: O Desafio dos Deuses
4- Chroma Squad
5- Aritana Pena de Arpia

Vale a observação de que o Chroma Squad foi lançado há apenas uma semana pela Behold Studios.

A Splitplay é uma loja online promissora que com certeza merece o apoio dos brasileiros e principalmente de nossos leitores, entrem lá e confiram que o conteúdo é de extrema qualidade!


Como o mercado nacional de games anda crescendo?


Quem acompanha o mercado de games no Brasil, percebe claramente que ele cresceu. Essa visão parte não só dos jogadores, mas também pode ser notado nas empresas que crescem e se desenvolvem em território nacional e das gigantes internacionais que reconhecem nosso mercado como lucrativo nos dando cada vez mais atenção. Embora ainda não haja nenhum bom órgão ou instituto que seja capaz de mensurar precisamente os dados desse crescimento, inúmeras pesquisas são capazes de nos passar uma amostra de todo o potencial nacional no mercado de games.  Existem, por outro lado, institutos dedicados a medir a venda de títulos físicos no Brasil, como o GFK, o problema é que  as compras atualmente são, em uma maioria esmagadora, de títulos digitais e por isso temos uma visão imprecisa do mercado como um todo e de seu crescimento.

E quando falamos do mercado mobile, a mensuração desses dados fica ainda mais “perdida” entre as informações disponibilizadas próprias empresas e a visão do mercado mundial e internacional como um todo que reflete os hábitos e comportamento de um usuário diferente do Brasileiro. A Juniper Research, estima que o valor do mercado mundial de jogos para tablets deverá crescer rapidamente nos próximos anos e que talvez possa triplicar até 2019. Acredita-se que em cinco anos os jogos para tablets serão responsáveis por um volume de negócios na ordem dos 13,3 mil milhões de dólares, face aos 3,6 mil milhões previstos para este ano. Estima-se que, no total, o valor do mercado de jogos desenvolvidos para dispositivos móveis se situe em 2014 em 20,9 mil milhões de dólares. Mas… e no Brasil?

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Rafael Martins

Para Rafael Martins, diretor de desenvolvimento e líder de projetos mobile na Hive Digital Media o cenário é promissor:

“O cenário nacional vem crescendo consideravelmente. Temos mais eventos acontecendo no País, mais universidades aderindo ao curso de jogos digitais, mais pessoas interessadas em trabalhar com entretenimento e acima de tudo, o acesso a diversas ferramentas, que antes eram apenas de acesso a empresas maiores, facilitando a entrada no mercado. No entanto, do ponto de vista de investimento e pesquisa, estamos bem atrás de muitos países como os Estados Unidos, Canadá e Europa no geral. Em muitos desses países existem planos de investimento do governo nas empresas, universidades e até em projetos pessoais, o que faz com o mercado produza mais, busque mais recursos e se inove mais rapidamente.”

mercado-nacional-de-games-M&G-02Uma pesquisa do instituto Superdata aponta que o mercado de jogos mobile e online no Brasil  deve movimentar US$ 1,5 bilhão em 2014 e alcançar US$ 1,6 bilhão em 2017. O Superdata afirma que o  Brasil responde hoje por 34% das vendas de jogos online e mobile na America Latina. Martins acredita no futuro do mobile e defende o crescimento da plataforma:

“As pessoas tendem a gastar ainda mais horas usando seus celulares, tanto para fins profissionais quanto para entretenimento e os jogos principalmente tendem a ganhar funcionalidades que existem nos jogos de console ou PC. Podemos pegar a China como exemplo que tem uma prospecção de mais de 2 bilhões de horas semanais em jogos mobile. O mercado mobile é o que mais cresce há alguns anos e vem se tornando uma das principais plataformas de entretenimento para os usuários. Por esse ponto, é uma satisfação poder atuar em uma área tão dinâmica, em que criamos conteúdo para um dispositivo com tela pequena, pensamos em novas formas de usabilidade e adaptamos a informação para que o usuário se sinta no computador pessoal ou televisão. Dentre as dificuldades, acredito que a fragmentação de plataformas dificulta muito o processo de produção, uma vez que não encontramos com facilidade mão de obra mais qualificada e também precisamos nos atualizar diariamente. Sempre há um novo dispositivo, uma nova ferramenta de desenvolvimento e isso deve continuar por muito tempo.

mercado-nacional-de-games-M&G-03Rafael trabalha atualmente em diversos projetos envolvendo jogos multi-plataforma (mobile/portáteis), ele cita o GameHero, produzido para Intel, o GPS Skol e o recém lançado Soundspot. Embora os Advergames enfrentem alguma rejeição do público hardcore, esse mercado apresenta-se em crescimento por impactar os jogadores por muito mais tempo que outras mídias e por estar a frente também em interação e lembrança de marca, a empresa para qual Rafael trabalha conta inclusive com diversos cases de sucesso no ramo e se tornou uma verdadeira especialista em criar experiências incríveis entre as marcas e seus consumidores. GameHero ilustra a história do jogador que foi sugado para o universo dos games, cada etapa da aventura retrata uma época distinta da história dos jogos, começando nos 8 bits até terminar nos dias de hoje. Já aplicativos como o GPS Skol, que indica onde encontrar cerveja mais próxima e mais barata, tem profunda aceitação do público alvo da marca e mostram como o mercado de apps mobile pode ser bem trabalhado quando a empresa tem como foco a usabilidade dos aplicativos. Embora em constante evolução, os profissionais da área ainda enfrentam preconceito:

 “Escuto sempre de muita gente que converso e não conhece a área: “Mas você faz joguinho, joga o dia inteiro!”. Sempre levo na esportiva, mas deixo claro o quão desafiador e complexo é. Hoje em dia, muitos jogos são produzidos com a mesma complexidade de outros produtos da computação, como por exemplo, sistemas operacionais. É uma atividade multidisciplinar, onde lidamos com pessoas de diferentes áreas ao mesmo tempo (programadores, game designers, artistas, gerentes de projeto, testers, e por aí vai). Posso dizer que é com muito prazer que lido com os desafios desse tipo de produção, uma vez que participar de algo que pode estar em milhões de dispositivos é mais do que motivador.

Embora otimista e promissor o mercado de jogos no Brasil ainda enfrenta grandes dificuldades, entre elas os impostos, poucos produtos e serviços são tão impactados pela carga tributária  quanto os consoles e os jogos eletrônicos – 72,18% do valor dos consoles no Brasil correspondem a taxas, como ICMS (Imposto sobre Mercadorias e Serviços), Pis (Programa de Integração Social), Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e em caso de produtos importados, também IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Isso sem mencionar as inúmeras dificuldades que as desenvolvedoras nacionais enfrentam diariamente, custos de produção, ferramentas indispensáveis, a busca por profissionais especializados e a aceitação do jogador “de casa”, que ainda dá preferencia por produções internacionais e valoriza pouco o produto Brasileiro.

É preciso apoiar o que “é nosso”, valorizar as empresas nacionais dando suporte as produções feitas aqui. O mercado cresce porém depende de nós alavancar pouco a pouco e contribuir para que as produções nacionais sejam cada vez mais aceitas. Deixo aqui, com este post, a minha singela contribuição. Que tal você também fazer a sua? 😉

Fontes: KOtaku TecMundo  UOL Jogos e Olhar Digital