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Game Marketing – Nem só de Programação vivem os Videogames!


Jogos fazem parte do nosso cotidiano: Estão nos entretendo nos aparelhos eletrônicos (VGs, PCs, mobile…), em tabuleiros e cartas e nos esportes. Mas também estão presentes na educação e treinamento corporativo, e até nas transações comerciais. Do que se trata, afinal, um programa de milhagem, se não um game que te dá pontos por consumir? E os programas de incentivo de equipes de vendas, com seus pontos e prêmios?

game-marketingChame como quiser: game design, jogos sociais, gamificação, advergames… Estamos todos preocupados com um mesmo problema: Como podemos desenvolver jogos pertinentes aos nossos consumidores? Até que ponto o público ainda é o caricato “gordinho-nerd”, e onde já podemos pensar games como um fenômeno de consumo mais amplo? E, afinal, como podemos aplicar jogos para pessoas diversas em situações que vão além do mero entretenimento?

Nem só de Progamação vivem os Videogames! Estudar jogos é entender seu mercado e uma nova linguagem em comunicação.

Portanto, é preciso discutir desenvolvimento de jogos, aprendendo as técnicas e fundamentos essenciais para tal aplicação. Mas não se trata só disto. É preciso também discutir mercado, consumidor e sociedade. Apenas assim conseguiremos refletir adequadamente sobre a aplicação de games em situações variadas. Além disso, a proliferação das redes sociais e dos aplicativos corporativos fazem da gamificação uma das grandes tendências mercadológicas da atualidade. 

Nesse contexto, negócios baseados em jogos sociais caminham para se tornarem a próxima bolha econômica. O setor vem se consolidando rapidamente no cenário comercial, e as empresas que atuam nesse campo estão se tornando organizações globais, com diversas atividades espalhadas pelo mundo, principalmente nos mercados emergentes.

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Guilherme Camargo

Foi com essa preocupação que o CEO da SIOUX digital e professor da Pós-Graduação ESPM Guilherme Camargo desenvolveu o curso Game Marketing. Trata-se de oferecer uma “melhor compreensão sobre setor de Games, apresentando-lhes as principais tendências mercadológicas como a gamificação, os jogos sociais, os advertising games e as modernas plataformas de entretenimento”, como escreve o próprio professor.

Para isso, o curso conta com convidados do mercado, figuras importantes no desenvolvimento, discussão e composição do setor nacional de jogos digitais. Entre os executivos palestrantes, edições anteriores contaram com a participação da Microsoft, Riot Games, Blizzard Entertainment e Warner Bros. Games Brasil.

Conteúdo do Curso

  • Introdução – histórico dos games: dos tempos medievais até os dias de hoje
  • Ecossistema do mercado de games: evolução, modelos de negócio e o papel de cada um.
  • Fases de um lançamento de produto: da fabricação ao consumidor final
  • Jogos/serviços – processos, precificação, evolução e impostos.
  • Evolução do mercado/segmentação/perfil demográfico
  • Gamificação – conceito e amplitude do tema
  • Comportamento do consumidor/cibercultura e games
  • Social media/social games /comunidades online
  • Game advertising/ estratégias e modelos
  • Tendências de mercado: entretenimento/jogos na nuvem/serviços
  • Papel do mercado brasileiro no segmento mundial – o que esperar para os próximos anos

Os cursos de game design são diversos, mas poucas são as ofertas direcionadas ao mercado e as possíveis aplicações. Precisamos mais destas discussões, mas já é possível ter acesso a elas também através da ESPM.

ESPM-game-marketingOnde: ESPM
End: R. Joaquim Távora, 1240 – Vila Mariana – São Paulo, SP
Quando: início dia 03/09/2014.
Incrições: Game Marketing


As empresas de Games estão dando a devida atenção aos seus fãs?


Muito se fala da indústria de games e como ela consegue arrecadar quantias exorbitantes de dinheiro e estar dentre um dos mercados que mais produz lucros no mundo. Além do quão as empresas podem arrecadar com a venda de seus produtos, há outro fator de extrema importância e que é decisivo dentro do sucesso das empresas que produzem e distribuem jogos, que é a relação que as mesmas possuem com os jogadores de seus produtos.

Atualmente, o que temos em voga é a relação positiva e super valorizada com o cliente. Mas essa relação tem sido realmente cuidada e valorizada? E será mesmo que há essa necessidade?

A premissa básica do Marketing é criar valores ao produto e a melhor experiência possível para o cliente, para que o mesmo volte a consumir o produto e sinta-se parte integrante do processo, sendo fidelizado. Dentro da relação cliente x empresa, é necessário saber entender e atender de forma satisfatória o mesmo, para que não seja criado uma distância e consequentemente, desistência do consumo.

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Na indústria dos games, podemos classificar os jogadores pela forma como eles consomem o jogo, podendo estar dentro dos jogadores casuais (que jogam por um pequeno espaço de tempo e geralmente não possuem uma relação íntima com a empresa responsável) e os jogadores hardcores (que jogam por um longo espaço de tempo e possuem uma relação íntima e um sentimento de posse com o jogo que está sendo consumido). Os jogadores casuais, como a própria terminologia aponta, são jogadores que tem um contato não tão longo com o produto, que joga por poucas horas, basicamente como uma forma de entretenimento mais leve e que dentro do mercado, ele é conquistado pela própria proposta do jogo e muitas vezes, por indicações. Já os jogadores hardcores, tem um envolvimento maior com o produto e a experiência oferecida, consequentemente, são consumidores que exigem o máximo de qualidade e esmero da empresa durante o desenvolvimento do título, e muitas vezes, quando os mesmo se deparam com uma situação de desagrado, irão expor sua opinião publicamente e dividir com os que pensam da mesma maneira ou não. Partindo dessa premissa, as empresas possuem uma grande responsabilidade, que é estar atenta às necessidades, reclamações e exigências desses consumidores.

A poucos dias, houve uma situação que é cabível de ser citada aqui, que foi a criação de um site que supostamente estaria anunciando o novo jogo da franquia Fallout, o Fallout 4, da empresa Bethesda. O site nomeado “thesurvivor2299”, ao ser aberto, apresentava em sua página uma contagem regressiva em que acabaria logo após a VGX Awards. Após a descoberta e o conhecimento de grande parte da fan base de Fallout, aconteceram uma série de acontecimentos, como o aparecimento do símbolo da Vault Tec (uma das maiores marcas da franquia) e também chegando a ter informações sobre o registro do nome do novo jogo da franquia. 

As informações tornaram proporções maiores e chegaram à grandes sites, que compactuaram com as informações e já previa-se o anúncio do Fallout 4 após a VGX.

20020-1-1341598064Com todas essas informações girando na internet, uma das páginas conseguiu entrar em contato com a empresa Bethesda e a mesma disse que qualquer anúncio oficial seria feito apenas na Bethlog (blog oficial da Bethesda). Após a VGX, eis que o site fora dado como falso e fora descoberto que se tratava de um dos fãs da franquia que havia criado o site, gastando em cerca de 1.000 dólares para fazer tudo. Depois de serem questionados mais uma vez, com o argumento do porque da empresa não ter posicionado-se antes, a Bethesda comunicou aos jogadores e amantes da franquia, que não comentou nada pois gostaria de manter as coisas em sigilo.

Afinal, foi uma decisão sábia da Bethesda apenas manter as informações em sigilo e não informar logo que tudo se passava de um site falso? Bom, se partimos do princípio do que a própria empresa falou, ela disse através da sua primeira interação, de que qualquer informação oficial, estaria no Bethlog. Mas porque a mesma já não desmentiu os boatos? Talvez por querer gerar algum buzz sobre o título que logo após o fechamento do site, foi descoberto a sua produção real? Bom, são informações restritas à empresa e que ainda não há conhecimento.

Mas o que é interessante perceber é como os fãs se sentiram lesados ao não serem informados logo de antemão que o site não era oficial; os fãs, ao saberem da produção real do Fallout 4, ficaram ainda mais motivados à reclamarem, visto que a empresa não se pronunciou antes. A Bethesda entrou em contato com os jogadores, porém, os mesmos não viram com bons olhos as desculpas da empresa, terminando por deixar a notícia que tanto se esperava, de lado.

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A partir dos fatos, não julgando os atos da empresa como certo ou errado, é possível perceber que é preciso ter uma boa comunicação e relação com os fãs que não se sentem apenas como consumidores do produto final, mas se sentem e são parte integrante de todo o processo, desde a produção, até a venda e consumo. É necessário que haja uma comunicação clara e satisfatória com os jogadores, pois não havendo esse cuidado, podem ser nocivos à empresa, fazendo com que se possa perder o cliente tão fiel e consumidor assíduo do produto. Vale ressaltar que a emissão de mensagens hoje em dia é facilitada, gerando facilmente comentários negativos para a empresa e sendo divulgados com grande velocidade. Os grupos, fóruns, páginas, são alguns dos grandes canais onde os consumidores expressam suas satisfações e frustrações, é preciso ouvi-los, comunicar-se e atendê-los da melhor forma possível, para que os mesmos estejam satisfeitos e sejam jogadores e consumidores fiéis.