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Jogos “Republicanos”: dos ideais passados para nós jogadores


Olá, caros leitores. Tudo bem com vossas excelências? Espero que sim. Hoje vamos conversar sobre república, assunto muito usado em games e que passa despercebido por nossas percepções. Mas não se assustem porque não pretendo defender o partido republicano dos companheiros lá de cima. Lembrando que haverá SPOILERS ao longo do texto. Tenham isso em mente quando começarem a leitura.

Símbolo da república do Brasil

Símbolo utilizado para representar a república do nosso país. Cada detalhe tem um significado importante.

Com o feriado nacional da proclamação da república passando por nossas vidas, nada mais justo que um texto referente à data. Mas antes de entrarmos no mérito da questão, primeiramente devemos definir o que é República. O termo significa coisa pública ou coisa do povo (“res publica” no latim). Observando isto, vemos que república difere da monarquia e, também, da democracia, sendo este último muito associado ao termo em foco. Democracia se refere ao tipo de governo, inclui-se aqui monarquia e outros correlatos. O primeiro defende um governo onde o povo tem o poder de decisão e República se refere à motivação, ao óleo que move as engrenagens do governo: o interesse público. Mas como isto se aplica aos jogos?

Houveram lutas contra o poder vigente nos jogos para que os dominantes pudessem novamente defender o interesse da maioria. Comecemos com Final Fantasy VI, onde uma garota que usa magia é controlada para derrubar os governos contrários ao Império. O game termina com a derrota de Kefka, que havia dominado o mundo.

Luta final contra KefkaOutra citação é a série MegaMan Zero, onde o herói luta contra a tirania de Neo Arcadia e seus líderes, Dr. Weil e Copy X. Final Fight entra nesta lista pela luta do Haggar e sua trupe na retomada do controle da cidade controlada pela Mad Gear.

Damnd Final Fight

Luta contra o Damnd. Cody dando uns tapas na galerinha do mal da Mad Gear.

Ao observarmos estes exemplos, vemos que um poder de interesse público, ainda que não exista perfeição em nada nesta terra, é mais proveitoso para a população. Notem que todos os casos os personagens principais lutaram para que sua geração e as seguintes gozassem de liberdade e de um governo que atue em benefício da maioria, e não de poucos. O que os jogos ensinam vai além de apenas ideais puritanos ou mesmo modos de vida. Podemos retirar diversos ensinamentos que vão de como lidar com problemas pessoais até como escolher e defender seus direitos perante o governo, independentemente de sua localização.

É isso aí. Valeu pela atenção e até a próxima!