Miscelânia



A vida dura de um Gamer…


Somos todos lisos perante a lei.

Somos todos lisos perante a lei.

Reclamamos dos altos preços dos consoles atuais e das gerações passadas e isto é algo extremamente chato, mas o fazemos porque o que ganhamos no Brasil não condiz com a realidade de viver… basicamente grande parte dos brasileiros trabalham para sobreviver, uma verdadeira injustiça social.

É algo que pode ser constatado diariamente nos noticiários, nos jornais e nas revistas de grande circulação, quem dizer que o Brasil é um país maravilhoso de se viver, é porque nunca passou num SUS da vida ou precisou pegar um ônibus lotado até o talo, mas não é com isto que queremos discutir não é mesmo?

E vendo desta forma, alguém que more sozinho e ganhe os seus dois, três salários mínimos, mal sobrevive com algo em torno de 2.100 reais tirando os “benefícios” do Vale-transporte, Vale Refeição e Vale Alimentação. Se a pessoa vive de aluguel, dependendo do lugar onde se mora, vão simbora uns 500, 600, 700 reais (1/3 do salário), paga água, luz? Uns 100 a 200 reais. Telefone móvel? 20 a 150 reais ou mais, se tiver internet. Vai sair com os amigos? Tem de comprar livros para faculdade ou gosta de alugar filmes. Vamos colocar cada um a 50 a 200 reais.

Daria, ainda, para colocar mais alguns percentuais cá e acolá, imaginem se não é ônibus, mas a pessoa anda por aí de carro, lá vai outra facada no bolso e vai tudo acumulando, acumulando e nada de algo a mais cair no bolso.

Acho que este mês vou continuar no vermelho!

Acho que este mês vou continuar no vermelho!

Não faço a mínima ideia qual é a conta aí acima, mas se não tiver gastado uns 60% do salário, eu acho pouco. Daí se imagina ter de gastar 100, 200 reais para comprar um jogo de console, e isso todo mês, o gamer brasileiro vai para a falência em menos de 1 ano. Claro que estamos aqui apenas fazendo uma suposição pouco realista sobre este trabalhador acima!

Daí partindo deste pressuposto, creio que, de maneira substancial, a sanha de comprar um console novo e ser um lascado, não ter uma Dilma no bolso, faz com que, de certa forma, economizemos em nossos jogos e, ALÉM DISSO, apreciamos aquilo que temos, voltando a jogar por mais tempo aquele jogo comprado com muito suor.

Conquanto que aqui não estou levando em consideração os jogos piratas e/ou genéricos que compramos nas feirinhas da vida em nossas belíssimas cidades, pois isto não contribui em nada para os investimentos de jogos localizados no Brasil, mas continuando…

Deveras é importante frisar que cada vez mais estamos vivendo uma sociedade altamente consumista, o Steam, por exemplo, mata muitos jogadores com o mal costume de jogos demais, por preço de menos e a sua disposição, 100, 200, 300 jogos, onde a grande maioria sequer vai ser jogado pelo dono.

Droga, não tenho nada para jogar! :/

Droga, não tenho nada para jogar! :/

Creio que aqui encontramos algo que é completamente o oposto do que estava dizendo até a pouco tempo. Enquanto que o jogador de videogames no Brasil, tem um sério problema financeiro, colocando pauta aqui que é o consumidor que investe em consoles, a pessoa que faz um investimento nos PC’s não tem o mesmo tipo de problema, ou será que tem?

Não importa o caminho que se siga, sempre existirão problemas com custos, no caso, para aqueles que investem nos PC’s terão de arcar os custos medianos em se ter um computador para rodar os jogos que estão sendo lançados continuamente. Enquanto que em um console o jogador tem uma plataforma estável que não precisa de atualização, o computador pessoal precisa delas não que constantemente, mas de tempos em tempos, daí se troca processador, memória, aumenta o HD e, basicamente, se paga a mesma quantia ou mais que se pagaria num console.

Do outro lado, no entanto, por mais que se gaste nas atualizações de um PC, o mesmo pode ser usado para outras coisas, como navegar na internet, criar textos para blogs, ver vídeos e, quem diria, JOGAR! O caro saindo barato no custo x benefício? Será?

Sou um dos personagens que você irá mais ver na sua telinha do PC!

Sou um dos personagens que você irá mais ver na sua telinha do PC!

Bom, então temos um PC bonitinho, cheirosinho e que dá gosto de usar o Windows 8.1 64 bits com uma placa de vídeo de se fazer inveja a qualquer computador da NASA e, então chega a famosa Steam Sale, JOGOS COM 50% DE DESCONTO, não, 75%, 90%, ai meu santo cartão de crédito, que que eu faço pelas barbas dos profetas, tantas promoções, mas tão pouco dinheiro!

A pessoa começa comprando um ou outro jogo e, por fim, está lá, com 100, 200, 300 jogos comprados e se for jogar Team Fortress 2 é muito. Então vendo pelo outro lado, temos um jogador de PC que pode ter gastado pouco, mas, ainda assim com muito sacrifício, gastou centenas de reais, parcelado em várias vezes, para não jogar nada e ter um colecionismo ilusório digital.

É, vivemos uma vida dura de jogador de videogame, de um lado temos abundância, mas do outro, temos de viver certos sacrifícios. De um lado, sendo um jogador de console – seja portátil ou de mesa – com poucos jogos a preços camaradas e que exigem o sacrifício para serem comprados e do outro temos os jogadores de PC que tem à disposição milhares de jogos a custos baixos, mas que precisam de computadores realmente potentes para poder rodados a contento.

Eita vidinha dura de ser um gamer brasileiro, onde só se vê custos e nada mais!

Qualquer semelhança com o que passa o autor diariamente não é mera coincidência.


Gênero e Videogames: chega de separar meninos e meninas


Vai rolar em meados de julho e agosto, na Finlândia o  Assembly Summer 2014, evento que receberá a competição de qualificação do mundial de Hearthstone: Heroes of Warcraft, DOTA 2 e Ultra Street Fighter IV e que vem chamando atenção por não permitir mulheres na competição. O trouxe novamente à tona a já velha discussão sobre a mentalidade do “clube do bolinha” que ainda reina no mundo dos games e continua separando meninos e meninas… que deveriam estar jogando todos juntos. O pessoal da PC Gamer foi atrás da informação, e a resposta que tiveram de Markus Koskivirta, responsável pela competição foi a seguinte:

Menina não entra

“A informação está de fato correta, o torneio é aberto apenas para jogadores do sexo masculino. Para estar de acordo com as regras da Federação Internacional de e-Esportes (IeSF), uma vez que o evento principal – em Baku – é aberto somente aos homens. Isso evita a ocorrência de possíveis conflitos, como uma jogadora eliminar um jogador durante os combates, entre outras coisas.”

SIM MARK, manter mulheres fora da competição é realmente uma ótima maneira de evitar ocorrência de possíveis conflitos, como uma jogadora eliminar um jogador durante os combates, um absurdo uma menina ganhando! Ao permitir que uma mulher se inscreva para a competição finlandesa, existe o risco, PASMEM, de todos verem uma mulher vencendo, UMA MULHER. Absurdo. Seria o fim do mundo. [ironia]

“A decisão de dividir competidores homens e mulheres foi feita de acordo com as autoridades internacionais de esportes, como parte do nosso esforço de transformar e-Esportes em esportes legítimos. Xadrez por exemplo tem campeonatos divididos entre homens e mulheres.”

Infelizmente é bastante comum para nós mulheres gamers lidarmos com o machismo, nos deparamos com opiniões grosseiras, descaso, ofensas, palavrões e baixarias, de todos os piores tipos. Não são todos os jogadores, mas são MUITOS os que compartilham dessas ideias absurdamente equivocadas com relação as mulheres. Seria incrível para ambos os lados se o gênero deixasse de ser um ponto tão mais importante do que a nossa capacidade de jogar, de nos divertir e nos relacionar.

Fruto desta polêmica, a IeSF acabou por decidir que a separação de jogadores por gênero deixa de ser uma das regras para o torneio e também se posicionaram em seu Twitter oficial:

“A IeSF ouviu a comunidade gaming e considerou cuidadosamente as suas opiniões. Após ouvir estas preocupações, a IeSF convocou uma sessão de emergência com o quadro de diretores para responder” Como resultado, a IeSF terá duas categorias nos eventos: “Aberto para todos” e eventos reservados para as mulheres. Os eventos que inicialmente foram reservados para a divisão masculina serão agora abertos para todos os género. Os eventos que inicialmente foram reservados para a divisão feminina vão permanecer como estavam”

Estamos cientes da opinião atual sobre a divisão dos torneios de acordo com gêneros no IeSF 2014. Estamos coletando as opiniões, e faremos uma atualização em breve.

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Nunca houve uma intenção de discriminar. Estamos trabalhando em uma solução agora mesmo, e em breve vamos postar nosso anúncio oficial.

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A declaração oficial sobre a decisão infeliz sobre a separação de gêneros no IeSF 2014 está prestes a ser publicada. Fiquem ligados.

Este foi apenas mais um caso, entre tantos que acontecem todos os dias em jogos, fóruns, redes sociais e também fora da internet. Vale lembrar que o assunto deve ser debatido, que nós mulheres gamers devemos sempre falar sobre o assunto e buscar reconhecimento no mercado de trabalho e nas comunidades de jogadores.

hearthstone valeeraUma pequena vitória que deve ser comemorada, mas nós estamos no caminho certo? Vamos precisar mesmo seguir entre polêmicas, casos de abuso e preconceito para algum dia (talvez) nos encontrarmos mais próximos de alguma igualdade? Ou pelo menos de mais respeito?

É engraçado ver gamers, nerds e geeks que costumam se gabar tanto de sua suposta superioridade intelectual, de seu conhecimento, e de suas habilidades tendo preconceitos tão retrógrados, fazendo comentários tão preconceituosos e excluindo mulheres pelo simples fato de serem… mulheres. Sério gente, chega desse “clube do bolinha”, o mercado de games pode até ter surgido como um nicho predominantemente masculino mas essa época passou e há muito tempo as mulheres crescem jogando e curtindo toda essa cultura.

E por fim, fica o pedido – julguem um jogador pelas suas habilidades, não pelo gênero no qual ele (ou ela) nasceu.

Fontes: IeSF (International e-Sports Federation)IeSF e PLayTV


Aritana… um sonho que se torna realidade! O Indie BR que chegou a mídia física!


Lembra que a alguns meses falamos de um projeto de Game Indie chamado Aritana? Então, recebi uma informação esses dias de que o jogo está disponível fisicamente nas lojas da Saraiva!

Conseguimos mais uma conversa rápida com o pessoal do desenvolvimento, e perguntamos como foi ver o projeto primeiro sair do papel, depois se tornar uma venda por download e agora estar disponível em uma grande loja varejista:

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“Distribuir o jogo em mídia física sempre foi um sonho distante. Porém, ao terminarmos o Aritana, algumas coisas surpreendentes aconteceram. A principal foi o contato com a Tech Dealer. Conversamos sobre uma possível parceria e tive a oportunidade de apresentar o jogo para eles no BIG Festival, realizado aqui em São Paulo. Quando percebemos que a curiosidade passou a virar interesse, entendemos que a possibilidade de criar um jogo em mídia física poderia se tornar realidade.

11062014_155652A gente estudou colocar o manual na caixa junto com a distribuidora, mas no final o acordo ficou somente com o DVD até para não encarecer. O preço está R$34,90, mas o aumento vem justamente pelos custo da caixa/impressão/dvd. Vem com um DVD que roda em PC e MAC e com uma CD-Key pra liberar o jogo na Steam futuramente. Dentro do DVD vem sim um PDF com o manual do jogo igual a gente distribuiu no BIG Festival!

Acho que alguns fatores ajudaram bastante na negociação. Primeiro foi a parte de precificação. O Aritana é um jogo denso e completo e o preço reflete isso. Cobramos algo muito justo, dado todo o conteúdo disponível. Ao mesmo tempo o valor não se torna impeditivo para vender a mídia física. Se o seu jogo custar R$ 4,99, a margem de lucro é inexistente.

Outro ponto relevante foi o relativo sucesso do jogo. Ganhamos o prêmio de Melhor Jogo por Voto Popular no BIG e isto foi uma confirmação de que havíamos feito algo muito bom. O último ponto a ressaltar é a possibilidade do contato direto com o público. Qual a probabilidade de você dar um pulo na Saraiva comprar o jogo e dar de cara com o desenvolvedor? É exatamente isso que queremos fazer. Estar presente nos pontos de vendas para conversar com o pessoal. Resumindo, vários fatores nos levaram ao ponto que estamos, mas o principal é o de tentar estar sempre à disposição para ouvir elogios e críticas. Afinal, o que seria de nós sem os jogadores brasileiros?”

Eu fiquei muito feliz com essa noticia, mostra o como nossos desenvolvedores estão conseguindo vencer as barreiras, e não só vender os jogos, mas lança-los em lojas junto com empresas que tem um grande investimento em divulgação todos os dias.

Para que ficou interessado clique aqui para acessar o link do produto na Livraria Saraiva, mas em breve poderá ser encontrado em todas as lojas físicas!


Gamers e seus… Mimimi


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Tem gente que não gosta e fica falando horrores de quem gosta. Para que isso?

O mundo é cheio de frescuras que nos desunem todos os dias. Política, futebol, religião, livros, séries e, até mesmo, jogos de videogame, mas a pergunta que eu deixo é: Para que sermos tão obtusos ao ponto de não respeitarmos o gosto alheio? Será que você vai morrer só porque alguém gosta de Crepúsculo, da Nintendo ou de beber água com gás?

Os problemas que nos cercam no dia a dia – que não deveriam existir na verdade – já dá um trabalho dantesco para conseguirmos viver a vida com um pouco de dignidade, mas, ainda assim, achamos no direito de dizer que o cara que joga Team Fortress é um tremendo de um babaca que não sabe o que é a glória de jogar Call of Duty/Battlefield ou que só Pokemon é o único jogo que existe no planeta.

Para que continuar assim? Para que ser tão defensor de um produto ao ponto de sangrar os olhos e não ver que, na verdade, cada um tem o seu gosto particular? Quem tá ganhando milhões são as empresas e não você que tenta defender Sonic, Mario ou Crash Bandicoot. Quanto mais defende, mais você vai ser taxado de idiota, um ista sem noção.

Quando fazemos as nossas brincadeiras aqui, tentamos relembrar de uma maneira saudável a 16-bit Wars, pois, antes de ser algo a ser engajado, a mesma na verdade foi uma gigantesca brincadeira entre as empresas onde quem ganhou com isso foi o consumidor. Quem aqui não se lembra dos trocentos jogos que saíram para os dois consoles e que muitos destes títulos foram criados primeiramente nestes consoles?

Uma das grandes guerras do século XX

Uma das grandes guerras do século XX

Aquela briga para com consumidor, a concorrência, foi algo saudável para a indústria, que precisou se reinventar, se consolidar e dar a todos aquilo que ansiamos, JOGOS BONS E CATIVANTES, coisa cada vez mais rara nos dias de hoje.

Então, que tal ao invés ainda de ficar de mimimi Sonic é melhor que o Mario e Crash é pior que Pac-man, ir jogar um pouco de videogame com seus amigos?

Creio que seja algo mais saudável quando cultivamos o discurso sobre jogos eletrônicos antes de mais nada. Sempre trazendo aquela essência nostálgica sobre um ou outro ponto, sem necessariamente, ficar atacando todos que são contrários as nossas visões, opiniões, filosofias e escolhas.

Esta eterna luta entre o bem (minha opinião) e o mal (a opinião dos outros) um dia vai estourar e será um deus nos acuda. Não seria melhor começar a pensar um pouco mais a respeito sobre esta questão? O que realmente estamos ganhando com isto, além de horas e horas de dor de cabeça sem necessidade?

Deixem esse povo que acha que o Wii U é o melhor console do mundo, ou o PS4 ou One, porque fã que é fã de jogos eletrônicos, vai jogar de tudo um pouco, seja de forma legitima ou de forma genérica!


Padrões de beleza nos games – Quem são os personagens gordinhos?


Fala-se muito sobre os padrões de beleza femininos nos games, publicidade e televisão em geral, mas fala-se pouco sobre os padrões estéticos masculinos, que nos games são ainda mais fortes e padronizados do que em demais mídias. Já repararam como personagens gordinhos tendem a ser ridicularizados em produções cinematográficas e até nos games? Porque não podemos ter em um jogo um protagonista que fuja dos padrões estéticos do Dante de Devil May Cry, do Leon de Resident Evil ou do Gabriel Belmont de Castlevania? Proponho observarmos alguns dos os personagens gordinhos mais conhecidos dos games e avaliar se a representação é justa:

E. Honda do Street Fighter é um lutador de sumô que ficou aborrecido pelo mundo não leva o sumô a sério, e jurou que provaria que os lutadores de sumô são os maiores lutadores do mundo. O Tapa de Cem Mãos é prova disso. Sua força é conhecida por todos que curtem a série de jogos.

Mario, nosso encanador favorito é “rechunchudinho”, bigodudo e uma graça! Todos amam e como não amar? Aqui vemos o clássico gordinho fofinho, uma representação bastante usada também para criaturinhas coloridas e que são ótimas companheiras. Protagonista de sucesso, Mario é um campeão indiscutível.

Gragas de League of Legends, acha que a única coisa mais importante do que lutar é beber. Possui uma sede insaciável por fermentações o que o levou a buscar os ingredientes mais potentes e inconvencionais para jogar em seu alambique. Impulsivo e imprevisível, o beberrão badernista adora abrir, na mesma medida, barris e cabeças. O cara é badass. 

Boomers, do Left 4 Dead são Infectados  gordos que regurgitam um denso jato de vômito nos sobreviventes (cara que nojo!), a substancia os cega temporariamente e quando morrem, eles explodem cobrindo todos os sobreviventes que estão por perto com o que sobrou do vômito em seu interior. Sem mais.

Dr Robotnik, ou Dr Eggman é um vilão do jogo Sonic com um QI de 300, quer dominar o mundo e transformar tudo em robôs.

Boogerman do jogo Pick and Flick Adventure é um milionário excêntrico cujas armas como super-herói incluem flatulência, ranho e arrotos. Gente… porque?

Earthquake do game Samurai Shodown é do Texas e sabe ninjutsu mas acaba usando  isto como vantagem para se tornar um bandido, sendo o líder de sua própria gangue e decide roubar todos os tesouros do mundo. Gordinhos são muito usados como vilões, perceberam?

Rufus, do Street Fighter, é um lutador americano de Kung-fu obeso. Ele se declara maior e melhor lutador da América  e considera Ken seu rival. Ele luta para provar que ele é melhor do que Ken mas infelizmente usa uma roupinha colada do Kill Bill que não fica nada legal nele.

Scott Shelby, um dos quatro personagens jogáveis de Heavy Rain, é um policial aposentado que trabalha como detetive particular. Em nome das famílias das vítimas anteriores do Assassino do Origami, ele conduz sua própria investigação sobre o caso. Um dos poucos que pode ser levado a sério aqui.

Robert “Bob” Richards da série Tekken, é um americano que era conhecido como um gênio das artes marciais. Porém, incapaz de derrotar oponentes maiores, ele desapareceu do mundo dos combates, determinado a aumentar o seu peso e a sua força enquanto mantém a velocidade. Bob entra no torneio para testar suas novas habilidades e o novo tamanho, o personagem continua forte e poderoso.

Pode-se dizer que no geral o personagem gordinho acaba sendo o fanfarrão e beberrão mal humorado, o repulsivo, o fofo ou o ridículo, sendo poucas vezes um personagem de sucesso e cuja força encontra-se nas suas ações, decisões e em sua história de vida. 

A verdade é que  falta diversificar os personagens femininos e masculinos, oferecer mais opções de vestuário, de perfis, histórias, falta também mostrar que a força desses personagens não está na sua aparência e sim na sua personalidade e naquilo que os torna quem são dentro daquele contexto. Nós gostamos de jogos bonitos e adoramos uma protagonista gostosa, mas os games continuam seguindo uma série de estereótipos que a sociedade cada vez mais tende a questionar.

Por mais que os games e sua narrativa tenham evoluído é preciso perceber que personagens gordinhos não precisam se limitar ao lugar-comum, a estereótipos cômicos, malvados ou ridículos. Personagens acima do peso podem ser interessantes, bem desenvolvidos e podem sim conquistar os fãs. Para isso é preciso ultrapassar a linha tênue que divide a luta justa contra o preconceito da típica conversa politicamente correta que tanto vemos por aí.

Resumindo… Quero um protagonista de game gordinho que seja forte, inteligente e bem sucedido! Pode ser?

Afinal de contas, de personagens idênticos, os games já estão cheios…

 


Qual foi o impacto da Audiência Pública para Games na Câmara dos Deputados?


Após uma longa data sem atualizações, finalmente voltamos com tudo diretamente da Câmara dos Deputados em Brasília. Onde no dia 27 de Maio de 2014 as 14:30, finalmente aconteceu a tão esperada audiência pública sobre o setor de Games.

Isso era algo que estávamos a mais de 3 anos lutando para que fosse realizado e agora que aconteceu, lá estávamos novamente a frente para mais uma tentativa de redução de carga tributária nos games.

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Caio Rodrigues, Dep. Luciana Santos e Moacyr Alves Jr.

A Audiência pública só foi possível porque Moacyr Alves Junior atual presidente da ACIGAMES, fez o pedido através da Deputada Federal do PC do B de Pernambuco a Dep. Luciana Santos que por sua vez teve o primeiro contato feito através do atual representante da secretária de cultura de Anápolis em Goiás o Sr. Caio Rodrigues que é amigo pessoal do Moacyr Alves, bem como representante da ACIGAMES em Goiás.

Tivemos praticamente a seção toda lotada e com a presença de três ministérios e seus respectivos representantes, Pedro Menezes do ministério da ciência e tecnologia, James Gorgen do ministério das comunicações e Georgia Haddad do ministério da cultura, fora vários deputados entre eles Jean Wyllys, que foi um dos que mais contestaram sobre a audiência e seus respectivos participantes.

Todas as falas e discurso são velhos conhecidos do público gamer, porem são informações pertinentes e mereciam serem levantadas mais uma vez na audiência, como a fala do Moacyr Alves Jr. apontando novamente sobre a alta carga tributária nos games e bem como Manoel dos Santos da ABES (Associação Brasileira de Software) que também destacou sobre o problema da tributação nos games e como eles são totalmente classificados de maneira errada por nosso fisco.

Questões interessantes foram levantadas, mas algumas delas ficaram sem explicação, como no caso do Ministério da Cultura, onde foi citado que a Ministra Marta Suplicy reconheceu os games como cultura, e como ficaria o vale cultura para os games ? Pois bem, ainda não podem ser usados.

Apresentação ACIGAMES

Apresentação ACIGAMES e Jogo Justo

Os Ministérios presentes apontaram algumas ações que estão fazendo para a área do desenvolvimento que claro são boas, porem não são suficientes para realmente ajudarem o mercado como um todo ainda.

Também não foi citado nenhum apoio a área acadêmica, mas até então não havia ninguém representando o ministério da educação.

Efetivamente a audiência pública não teve grande impacto produtivo, mas só de estarmos lá em uma audiência exclusiva para essa área na câmara dos deputados, demonstra o interesse que o governo está começando a ter nesse sentido. O grande problema é que a parte do governo que sempre queremos, nunca está presente que é a Receita Federal, nesse sentido percebemos que eles fazem tudo para não comparecerem as audiências e as requisições de reuniões.

Mesmo assim, é impossível que após a audiência nada aconteça, porque de fato estamos ganhando cada vez mais notoriedade e cada vez mais estamos conversando com representantes do governo e isso já é algo a se levar em conta.

O que não podemos mesmo é parar e achar que as coisas vão se resolver por si só, nossa equipe é persistente e vamos continuar lutando para melhorar esse quadro no Brasil, afinal de contas é uma das áreas da economia criativa que mais cresce no mundo, não podemos cruzar os braços e esperar que outros entendam o que acontece no mundo e sim fazer com que eles vejam que estamos perdendo um dos melhores mercados que existe.

Segue abaixo o vídeo da Audiência Pública na integra:
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Imagine poder transformar um GAME OVER em uma VIDA NOVA para outras Pessoas


restartO Projeto Restart é uma campanha extremamente criativa da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, que tem o intuito de conscientizar as pessoas em relação a doação de órgãos de uma maneira diferente! A proposta é sensibilizar as pessoas através dos games no momento em que elas estão mais abertas a ouvir a mensagem, ou seja, literalmente quando morrem no jogo!

No projeto Restart quando um jogador morre ele pode se tornar um doador, realizando a doação de seus órgãos e ajudando outra pessoa a ter uma nova vida no jogo. Ou seja o game over de uns será a vida nova para outros!

A comparação é feita com a vida real onde um único doador pode salvar muitas vidas, além disso o jogador pode compartilhar no Facebook que acabou de doar seus órgãos virtualmente e anuncia que também quer ser um doador na vida real!

Assista ao vídeo do projeto abaixo:

[tentblogger-vimeo 96530848]

Para ajudar a multiplicar essa ideia, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre também resolveu doar, pois o projeto Restart é Creative Commons, portanto qualquer desenvolvedor pode fazer a ação acontecer também em seus games. Basta fazer o download, disponível em português ou em inglês. Dessa forma, a ação continua. Quanto mais a mensagem é compartilhada, mais pessoas são atingidas. São cliques que se transformam em doadores.

Saiba mais em: www.restartproject.cc


A “maldição” dos games que viraram filmes


Estaria o cinema assim tão distante dos games que toda adaptação de um jogo para o cinema estaria fatalmente destinada ao fracasso e a rejeição dos fãs e admiradores da cultura gamer? A verdade que todos nós já sabemos é que os filmes muitas vezes não são bons e passam longe de retratar a experiência sentida pelo jogador quando ele está no comando. As produções costumam ser decepcionantes e poucos foram os sucessos de bilheteria. Conheça abaixo alguns clássicos fracassos de adaptações de games para o cinema:

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“Super Mario Bros.” (1993)

O roteiro bizarro coloca os encanadores do Brooklyn em uma dimensão paralela onde os dinossauros não foram extintos e evoluíram como os seres humanos – WAT?

 

double dragon poster“Double Dragon” (1994)

Tá. Esse aqui até que foi mais ou menos. O enredo é semelhante ao do jogo, se passa em um mundo pós-apocalíptico onde gangues brigam nas ruas em disputas de territórios. O filme passou a ser um relativo sucesso quando foi lançado nas locadoras atraindo a molecada que na década de 90 tinha esse hábito.

 

street“Street Fighter” (1994)

Jean-Claude Van Damme reinava com o cabelinho do Guile e o enredo do filme passou longe do jogo em vários pontos, Chun-Li era uma repórter, E. Honda cinegrafista e Blanka virou um monstro após uma experiência feita por Dhalsim – mas de onde tiraram essa ideia?! Para piorar a cantora Kyle Minogue interpretou a Cammy. Só por Deus.

 

mortal“Mortal Kombat” (1995)

Os cenários, os atores a história e seus personagens não fugiram muito do que foi visto no jogo, até o monstro Goro, um dos chefes finais, aparecia com seus quatro braços no filme. Bem legal.

 

tomb“Tomb Raider” (2001)

Angelina Jolie, sua linda, sua beleza foi o destaque,  as cenas de ação não agradaram muito, embora o filme tenha obtido sucesso comercial. Rolou até uma continuação em 2003, “Tomb Raider: The Cradle of Life”, mas o sucesso não foi o mesmo.

 

resident“Resident Evil” (2002)

Oi Alice, em qual jogo você aparece mesmo? Enfim… O roteiro segue mais ou menos o do jogo exceção da personagem principal, inédita na série. Personagens conhecidos dos fãs como Jill Valentine e Chris Redfield  fazem pequenas participações nos filmes que tiveram quatro sequências: “Resident Evil 2: Apocalipse” (2004), “Resident Evil 3: A Extinção” (2007), “Resident Evil 4: Recomeço” (2010) e “Resident Evil 5: Retribuição” (2012). O filme “Resident Evil 6” que será lançado para 2015.

 

final“Final Fantasy” (2001)

O problema aqui foram os personagens, eles não pareciam ter vida, além de movimentos mais duros do que os heróis dos videogames, falharam em não ter retratado elementos conhecidos da série, como as magias e batalhas.

 

prince“Prince of Persia” (2010)

O filme tinha tudo para ser o melhor filme baseado em games já feito, a expectativa foi alta, mas abusando dos efeitos especiais e com um roteiro reescrito diversas vezes, o filme foi bom mas não bombou. Vai entender.

 

Entre outras produções conhecidas, temos Dwayne “The Rock” Johnson que lutou contra demônios em “Doom: A Porta do Inferno” (2005), Christian Slater que viveu Edward Carnby em “Alone in the Dark: O Despertar do Mal” (2005), o diretor Christophe Gans, responsável por “Terror em Silent Hill” (2006) que utilizou a trilha sonora dos próprios jogos em sua adaptação, o alemão Til Schweiger que interpretou Jack Carver em “Far Cry” (2008), Timothy Olyphant no papel do Assassino 47 em “Hitman” (2008), Mark Walhberg em “Max Payne” (2008) e a canadense Kristin Kreuk como Chun-Li em “Street Fighter: The Legend of Chun-Li” (2009).

Fica nossa dúvida, qual será o erro dos roteiristas, diretores e produtores na adaptação, falta jogar? Falta conhecer e respeitar o enredo dos games? Com tantas produções que erraram em pontos semelhantes, ficamos sem saber o que esperar do futuro das adaptações, apenas torcemos para que os responsáveis pelas próximas produções compreendam a necessidade de se aproximar dos jogos na busca por retratar nas telas a experiência que o jogador tem nos games.


Confirmada data e hora de audiência publica para debater o setor de jogos no Brasil


Amigos é com grande satisfação que anúncio a data da audiência pública para debater “O setor de jogos eletrônicos e digitais no Brasil”, ocorrerá dia 27 de maio (terça-feira) as 14:30 no plenário 13 na câmara dos deputados em Brasília. Foram 4 anos para essa data amigos, agora é a hora de encher o lugar e mostrar nossa força!

Convidem os amigos, compartilhem essa mensagem, vamos fazer com que todo o Brasil ouça a voz dos Gamers!

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Afinal, qual é o problema em ser Fanboy?


Sonysta, Caixista, Nintendista, Seguista, Pczista,etc… são tantos adjetivos dados aqueles que são leais a uma única marca ou empresa que rendem discussões que duram horas e mais horas sem um final concreto e que são conhecidos por nunca abrir mão de seus argumentos. Tudo isso podem ser atrelados a uma palavra: Fanboys.

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Quando se fala nessa palavra, gera-se um ódio imediato que mais parece um xingamento por uma grande parte dos “Gamers”. Mas afinal, qual o problema em ser este tão leal consumidor de uma marca e a defendê-la a qualquer custo?

Fanboys, como já foi citado acima são fãs que não medem esforços para consumir cada atualização ou lançamento da sua marca favorita e brigam por ela com unhas e dentes, muita vezes até perdendo a noção crítica de qualidade e mercado.

sony-20fanboyDo ponto de vista mercadológico, podemos imaginar em diversos fatores positivos quanto à lucro e consumo, pois este é um consumidor que compra não apenas um produto, mas uma série de adicionais que envolvem a marca. Dentro do contexto da marca, existem vários tipos de consumidores, irei enumerar aqui três tipos:

  1. Os que apostam no produto (são cativados por fatores como propaganda, design, apresentação) e se tiverem uma má experiência logo desistem do mesmo.
  2. Aqueles que tiveram boas experiências com o produto, mas com o decorrer de alguma decepção perante ele, deixa de consumir.
  3. O evangelizador: Este consumidor tem uma relação íntima com a sua marca. O mesmo é responsável por divulgar, interagir, cobrar e comprar qualquer produto que venha a ser lançado.

Aparentemente, o Fanboy se encaixa no padrão de Evangelizador, porém chegando a ser cego a ponto de perder o senso crítico e respeito por outras empresas que sustentam o mercado. Então isso é uma ótima notícias para as marcas, não é? Afinal, quanto mais alguém consumir incessantemente e cegamente, melhor. Não é mesmo? Errado. Isso apenas faz com que o mercado se estagne em empresas de grande porte e com títulos genéricos aos montes.

O problema não está em admirar e consumir arduamente o seu título favorito, da sua empresa favorita, mas sim em perder a noção do que se está comprando e adquirindo. Temos aqui uma relação com duas vias, a da empresa e do consumidor:

  • Como empresa, oferecendo produtos de qualidade, proporcionando grandes experiências. 
  • Como consumidor, esperando e cobrando cada vez mais produtos com inovações e melhorias.

fanboy-xbox-mkt&gamesTemos grandes títulos e grande empresas, não necessariamente quanto a sua renda e tamanho físico, mas quanto às suas ideias. Muitos acusam os jogadores por serem fanboys, incitando o seu lado míope quando se trata de vivenciar novas experiências nos jogos, mas na verdade o mercado e nós como jogadores muitas vezes somos fanboys. Mas como assim? No sentido de estarmos sempre apegados às gigantes empresas e produtoras de jogos e nos cegarmos muitas vezes em arriscar novos jogos, de produtoras independentes e não tão conhecidas.

Hoje com a internet e com o fácil acesso aos reviews, deixamos de conhecer muitos títulos por estarmos sempre atrelados àqueles que estão sempre nas mídias e que recebem milhões de investimento. Nosso papel deve ser o de interagir, cobrar, defender as nossas franquias e empresas preferidas, porém nunca esquecer de arriscar e apoiar as empresas iniciantes e que muitas vezes produzem bos títulos sem uma grande quantia de dinheiro investido em seus jogos. E principalmente, não se cegar e perder o senso crítico para cada ação das empresas, assim como o respeito com os demais concorrentes, para assim termos um mercado mais saudável, dinâmico e em constante crescimento não só financeiro, mas intelectualmente.