Author Jayme Richard

Geek , Ator, Gamer e Developer. Há mais de 18 anos no mercado de artes, com especialidade em criação de roteiros e interpretação de personagens, possui formação em Marketing com ênfase em mídias digitais, atualmente é sócio fundador da HighFive Studios,uma Start Up de games cearense, focada no mercado mobile.


Após Pokémon Go perder mais de 10 milhões de jogadores, Niantic toma atitude ao ouvi-los


Perder 10 milhões de usuários em poucos tempo de sobrevida seria para alguns apps ou jogos a “morte” certa, para a Niantic e seu Pokémon Go,  que já foi no lançamento o jogo mais rentável da história, não é diferente. Muitos usuários reclamaram (e com razão) que o jogo estava um pouco esquecido, muitas funções aguardadas e apresentadas no conceito ainda não surgiram e o desinteresse já beira até os mais fãs da franquia, e a evasão de usuários diários já começa a ser sentida. Nas ruas e praças o volume de caçadores tem diminuído visivelmente, e os jogadores mais assíduos declaram que “os modinhas” (como são vulgarmente chamados os jogadores casuais que não são propriamente fãs da série) estão se afastando, se é isso ou não, parece que a desenvolvedora não quer pagar pra ver.

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Evento de Halloween em Pokémon GO

Desde o mês passado que vemos uma retomada das rédeas, que talvez tenha sido parte do seu planejamento, para tentar esquentar as coisas quando o jogo já estivesse em todas as praças previstas, o que já parece ter acontecido, com a chegada do Halloween tivemos o tão aguardado e aclamado primeiro evento do jogo, que garantiu bons bônus àqueles que participaram e puderam ter seus Candys multiplicados, Pokémon raros capturados, e uma enxurrada de notícias e compartilhamentos voltaram a acontecer, o que consequentemente trouxe de volta boa parte dos usuários que haviam deixado a plataforma, pelo menos nesse período festivo.

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Imagem: Bônus Diário Pokémon GO

Nessa semana foi anunciado que adotarão um sistema de bonificação diário, com certeza buscando maior adesão de jogadores em um único dia. Sendo assim, o primero pokémon capturado no dia e o primeiro pokestop visitado , darão mais XP , Candys e Stardusts.

 

Aproveitando a onda, e o buzz gerado , a Niantic acaba de anunciar por meio da conta oficial do jogo no Facebook, a seguinte novidade:

Professor Willow has conducted research and made some major discoveries! Trainers may notice fewer Pidgey, Rattata, and Zubat, and an increased variety of other Pokémon. It was also discovered that Pidgey and Rattata no longer hatch from Eggs and Eevee now hatches from 5 km Eggs only.

Captura de Tela Facebook Oficial Pokemon Go

Tradução: O Professor Willow realizou pesquisas e fez algumas grandes descobertas! Treinadores notarão menos Pidgey, Ratata, e Zubat, e uma maior variedade de outros Pokémon. Também descobriram que Pidgey e Ratata já não chocam de ovos e agora Eevee só saem de ovos de 5 km.

Parece que a estratégia da Niantic agora é ouvir seus jogadores e tentar melhorar o jogo, que mais parecia um beta que começa a tomar a forma que deveria ter exatamente. Ficamos felizes com essa nova leva de características reveladas e com esse repentino interesse em agradar, mas muito ainda precisa melhorar, coisas como:

  • Sistema de Nearby mais eficiente.
  • Alguma forma de radar oficial
  • Banir os diversos bots e hacks que ainda povoam os ginásios e impedem a boa jogabilidade.
  • Sistema de trocas e batalhas , o bom e velho PVP.
  • Resolver a falta de pokestops em diversas regiões , assim como estádios , principalmente em locais mais afastados de grandes centros urbanos.

E talvez o mais esperado agora, liberar ou fazer evento para os raros semi-lendários e lendários.

Aguardemos as cenas dos próximos capítulos, como diriam os maiores e melhores episódios … TO BE CONTINUED.


Cooperação ou Multiplayer!!! Você sabe a diferença?


O advento da internet, a globalização e a expansão das tecnologias de comunicação, ajudaram a criar novas interações no mundo dos jogos, principalmente quando falamos de jogar com um grupo de pessoas. Essa característica peculiar, traz duas modalidades de jogos bem distintas, mas que podem confundir os mais desavisados. A realidade é que a maioria dos jogos está trazendo uma interação entre múltiplos jogadores como diferencial, seja como escopo principal ou um extra muito bem-vindo.

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Imagem: Seleção de Team no League of Legends

Mas afinal, o que jogos como Counter- Strike e League of Legends têm em comum, você saberia responder?

Ambos são jogos que usam como alicerce da sua jogabilidade a interação cooperada, em outras palavras, você joga com “a galera” e precisa dela para terminar sua partida. Nesse tipo de jogatina, você é estimulado a estar sempre presente e a cooperar ativamente com sua equipe ou aliado, e sua inatividade em determinado espaço de tempo pode lhe custar banimento da partida, e outros ônus no processo de jogo.

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Modo Multiplayer + Co-op de CS Online

Isso não acontece no caso de jogos multiplayer , onde um ambiente pode ser compartilhado por diversos jogadores, que têm ou não o mesmo objetivo, sem que a interdependência seja uma regra ou determinante para a conclusão da missão , jogada ou trecho.

Ambas as estratégias podem ser utilizadas para dinamizar o modo de jogar, por exemplo jogos que oferecem o modo online em ambiente aberto como multiplayer e a adesão a clãs ou equipes como forma de co-op (abreviação de cooperação), o que podemos encontrar em diversos jogos como Call of Duty , GTA Online e Bloodburne por exemplo.

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GTA – San Andreas

Tudo que falamos até agora exige que os jogadores estejam utilizando servidores na internet para que a “mágica” aconteça, porém é possível também que jogos ofereçam o multiplayer offline, ou em lan, ou até o modo co-op local. Esse último modo lembra bastante o “jogar de dois” das primeiras gerações de consoles , que vêm se perdendo ao decorrer de novos lançamentos, nele é possível estar em modo cooperativo jogando com seus amigos , na mesma sala , conectados ao mesmo PC ou Console, com múltiplos controles.

 

Um bom exemplo dessa forma de jogo é o Legend of Dungeon, da Robots Love Kitty, uma divertido RPG  em 2.5D , com personagens em gráficos que lembram o Nintendinho 8 bits, onde é possível jogar solo ou com até 3 amigos, a fim de vencerem as 26 fases e o desafio final.

 

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Bloodborne

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Cooperação offline local no Legend of Dungeon

Não é raro encontrarmos pela internet , definições bem simplificadas sobre a diferença básica do que é multiplayer e cooperação , onde muitos se prendem ao fato de que no primeiro se joga versus e no segundo jogam na mesma equipe, mas já vimos que essas explicações são bem superficiais, cabe aos desenvolvedores encontrarem os caminhos de diferenciar ou misturar os dois de forma que a diversão seja o alvo, afinal em um jogo antes de tudo é o que mais importa , se divertir.


Guia Prático de publicação de jogos para Android. Terminou seu primeiro jogo? Saiba como publicá-lo!


Você acaba de terminar seu primeiro projeto de jogo, voltado ao mercado mobile (celulares e tablets), mas não tem ideia de como o disponibilizar para download e ter a possibilidade de gerar renda com seu trabalho? Este guia prático vai te ajudar a concretizar a última etapa do seu planejamento (espero que você tenha feito um), e de fato colocar seu jogo à prova no mercado, se é claro, você não optar por terceirizar esse passo através de uma Publisher, mas vamos admitir aqui, que você é um novato desenvolvedor indie e que precisa “se virar “sozinho, ou com sua pequena equipe.

As plataformas:

Primeiro de tudo, determine com quais plataformas vai trabalhar, existem várias vitrines ou lojas virtuais nas quais você pode disponibilizar seu jogo, porém aqui, vamos nos voltar à Google Play (Android), que conta hoje com o maior número de downloads entre todas disponíveis.

Veja abaixo o passo a passo do que fazer para ter acesso a ela:

Google Play (Android):

  1. Ter o seu jogo em formato APK.
  2. Criar uma conta Google.
  3. Pagar a Taxa de inscrição.
  4. Preencher o formulário de publicação.

Nos baseando nos passos acima, vamos destrinchar agora todo o processo.

Estando com o seu “apk” preparado e após ter criado um conta Google simples (aquela mesma usada para acessar o Gmail ou Google Drive), entre no link https://play.google.com/apps/publish/signup/, assim você estará no Google Play Developer Console, faça o login com essa conta.

Tutorial Publicar Android 1

Imagem: Login do Google Play Developer Console

Leia o contrato de inscrição do Google Play Developer Program (nada de deixar para lá esse contrato), e tenha em mãos um cartão de crédito internacional com o limite equivalente a US$25,00 (vinte e cinco dólares) disponível.  Esse é o valor cobrado pelo Google para disponibilizar sua plataforma para downloads, atente-se que essa taxa é cobrada apenas uma vez e é vitalícia, nada mais é cobrado adicionalmente (exceto porcentagens referente a venda dos jogos/aplicativos ou compras dentro dos mesmos).

Para ter seu app/game publicado no Android você não vai encontrar grande dificuldade nem burocracia (quando comparado ao seu principal concorrente a App Store), todo o processo é bem simplificado , e consistem em preencher um formulário com os dados do jogo, tais como: Título, ícone, descrição, categoria, público alvo e faixa etária,  além das screenshots das versões para celular e tablets separadamente, tudo preenchido só precisará revisar tudo e enviar o apk, upando ele como se enviasse um arquivo qualquer a um serviço de armazenamento na nuvem.

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Imagens: Preenchendo os dados do jogo para publicação.

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Imagens: Preenchendo os dados do jogo para publicação.

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Imagem: Enviando o APK.

Os servidores irão processar o recebimento, e dentro de algumas horas seu jogo estará disponível para download, note que a expansão do arquivo é periódica e que dependendo da área escolhida para distribuição (que por padrão é mundial), pode demorar para que algumas contas ou pessoas consigam visualizar/baixar, mas esse processo não deve passar de 24h para ser concluído.

O mais legal de trabalhar com uma vitrine como a Google Play são os dados gerados que ajudarão você ou sua equipe de marketing a traçar estratégias para potencializar sua dominação de mercado, ainda mais porque existe dentro do console uma ferramenta automática que gera dicas de otimização para aquele app/jogo especifico, tal como: traduzir a descrição para o mandarim caso você tenha muitas visitas ou visualização na página do aplicativo.

Concluído o tutorial acima você já pode distribuir o link e fazer aquela velha e boa divulgação, e cruzar os dedos para seu jogo se tornar um sucesso e gerar muitos “ouros” que vão tornar sua jornada como desenvolvedor mais gratificante e cheia de achievements. Em breve trarei também um tutorial sobre a publicação na App Store (iOS), esse bem mais complexo e cheio de passos! Até a próxima!


Amor e ódio por Pokémon Go


Estamos, já cansados (ou não) de ver e ouvir sobre a febre mundial que Pokémon Go se tornou, mas também é notável que nem tudo são boas notícias para os usuários e fãs da franquia dos “monstrinhos de bolso”.

Hoje ao fazer minha leitura diária sobre o mundo dos games em sites por todo o globo, me deparei com uma cena no mínimo interessante, um dos veículos visitados exibia nada menos que 6 (seis) matérias consecutivas sobre o famigerado jogo da Niantic Labs. Até aí tudo bem, sendo o “jogo do momento”, é natural que receba tamanha atenção, mas o que torna esse fato considerável, é o tipo de ocorrências registradas em vários países, que pairam entre os dois extremos e beiram o absurdo.

Notícias que vão desde cidades que construíram estátuas em homenagem aos PokeStops , passando pela possibilidade de gerar panes elétricas em usinas, até pessoas indo a cidades inóspitas para caçar monstrinhos e além de bispos “demonizando”o jogo. Todo esse reboliço geram opiniões diversas na população que não compreende ou simpatiza com o jogo, construindo um preconceito que pode até dificultar as relações dos adeptos ao jogo, com os “não-jogadores”.

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Monumento em cidade norueguesa que reivindica PokeStops.

Porém… O que será que causa esse fenômeno?

Se analisarmos de forma ampla, veremos que esse fator não é , nem nunca foi exclusivo de Pokémon Go, talvez seu engajamento muito rápido e sem precedentes para um jogo mobile tenha tornado seu julgamento público mais facilmente verificável , mas não é difícil encontrarmos casos de pessoas, artistas, produtos que tiveram a mesma ascensão meteórica, terem seus trunfos atribuídos à magia negra e/ou ceitas ocultas , bem como sua consagração a dominação mundial promovida pelos Illuminnati (serious?).

Em contrapartida vemos diversas histórias inspiradoras, que utilizam o fator jogo como plano de fundo para promover , a educação , a inclusão, ajudar na recuperação de crianças e jovens com câncer e outras doenças , além de despertar o hábito “da caça”, tornando algumas pessoas (inclusive eu) menos sedentárias. Os dois lados têm representações muito fortes de casos contra e a favor desse sucesso.

Assim como todos os outros que passaram, e bem como, os que virão, Pokemon Go será “esquecido” , ou pelo menos o deixarão em paz , e os jogadores poderão ter seu entretenimento garantido sem grandes problemas, mas, enquanto isso não ocorre, novos casos bizarros continuarão sendo notícia na imprensa internacional.

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Alertas dentro do jogo Pokémon GO.

A desenvolvedora tem feito sua parte, ao alertar sobre o melhor uso do aplicativo, tais como: Não utilizá-lo ao dirigir , não se aventurar em locais perigosos , dentre outros, cabe a nós treinadores e candidatos à mestres Pokémon, não entrarmos em encrencas (principalmente as em dobro) e acabar virando notícia em algum meio sensacionalista.

No mais, preparem as pokebolas e vamos à rua , por que ovos não se chocam sozinhos e pokémons não tocam campainhas!!!

Se você quer ser um mestre… Ser de todos o melhor … Vamos lá!!!


A “Vovó do Skyrim”, uma reflexão sobre a idade dos Gamers


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Shirley Curry a Vovó do Skyrim

Em um documentário exibido pela 60 Seconds Docs, o mundo conheceu a história de ,uma jogadora (super simpática e fofa) de 79 anos de idade, cuja paixão pelos videogames já ultrapassa mais de duas décadas, tendo como favorito em suas jogatinas o RPG da Bethesda, The Elder Scrolls V: Skyrim. A surpresa e o falatório, veio obviamente, por conta da idade “avançada” da senhora, que nos traz uma reflexão muito importante para o mercado de games. Existe idade para gostar de jogos?

Conhecer seu público alvo é importante em todos os setores da economia, e por muitas vezes o marketing direciona sua maior atenção quando determina a faixa etária de seus usuários. Em mercados de tecnologia, como é o de jogos digitais, mudanças ocorrem muito rapidamente, por exemplo, nos anos 90 era comum encontrar consoles sendo vendidos em lojas de brinquedo com um direcionamento totalmente infantil, hoje em um espelhamento quase total vemos cada vez mais jogos com classificação etária “18+” e consoles sendo apresentados como uma central de multimídias interativas focadas em jovens adultos.

Um estudo de 2014 realizado pela ESA (Entertainment Software Association) revelou a idade média dos jogadores nos EUA, separando-os também em gênero, conforme a tabela abaixo:

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Como podemos ver a maior fatia dos jogadores estão perto dos 40 anos, o que só tende a aumentar, pois, com o advento dos jogos casuais para celulares, uma nova gama de idosos passaram a se interessar por “joguinhos” passando um tempo cada vez maior consumindo essa mídia. Em jogos como WOW (Word of Warcraft) no Brasil, uma pesquisa realizada em fórum pelos próprios jogadores, foram identificadas idades entre 8 e 62 anos, com média de 25,9. Os desenvolvedores, por sua vez, precisam identificar e quantificar/qualificar cada vez mais seus públicos, a fim de entender a identificação de grupos específicos para com seus jogos, afinal quem nunca se deparou com comentários como: “Minecraft é jogo de pré-adolescente”. E isso é super positivo e facilitador.

É de se esperar que novas tecnologias surjam e atraiam cada vez mais adeptos de todos os níveis sociais, gêneros, nichos e idades, iniciativas como realidade aumentada, realidade virtual, novos simuladores, serão o futuro dos games e nós dessa geração seremos os “vovôs dos games” daqui a alguns anos, porém com a cultura gamer mais enraizada, assim esperamos.

Num futuro próximo, talvez essa discussão não tenha mais relevância, pois teremos ultrapassado as barreiras dessa segregação, uma vez que como cultura os games terão espaço em todas as instancias e momentos de nossas vidas, estamos “engatinhando” para isso. E respondendo a pergunta feita no início desse artigo! Não, não existe idade para gostar de jogos!!!