Author Edu Fernandes

Analista e Desenvolvedor de Sistemas, atua na área de Tecnologia da Informação há mais de 15 anos, Consultor de Sistemas, em áreas como automação comercial e industrial, melhoria dos processos, otimização de bancos de dados e contabilidade e custos. Colecionador de consoles e entusiasta da indústria Geek, apaixonado por videogames especialmente pelas séries Mortal Kombat e Assassins Creed.


Retornando a uma Arkham renovada! Uma coletânea de jogos indispensáveis para os fãs do homem-morcego


A história de Batman nos consoles é longa, e com inúmeros jogos ao longo dela, entretanto foi na geração Playstation 3, Xbox 360 e Pc Windows que a legião de fãs do homem morcego recebeu finalmente os dois grandes jogos que são considerados dos maiores jogos de heróis da geração pelas competentes mãos da Rocksteady. Batman: Arkham Asylum chegou aos consoles em agosto de 2009 e no mês seguinte ao PC, trouxe a ousadia de redefinir jogos de super-heróis inventando a sua fórmula. Apresentou uma experiência inédita até então, com gráficos de ponta e gameplay exemplar, copiado por muitas franquias a partir dali; com gráficos maravilhosos providos pela Unreal Engine 3, estilo de combate inovador, história empolgante e ambiente atrativos em destaque. Em Outubro de 2011 a seqüência Batman: Arkham City chegou alcançando a Big-N chegando ao Nintendo WiiU, com uma proposta maior e mais agressiva o jogo teve ótima recepção aprimorando e expandindo o que se viu no seu antecessor e sempre deixando a dúvida de qual destas maravilhosas obras é a melhor.

Recém chegado ao Playstation 4 e Xbox One, Batman: Return to Arkham trás para nosso deleite Batman: Arkham Asylum e Batman: Arkham City, com todos os seus DLCs já lançados. Você terá Harley Quinn’s Revenge que se passa ao final de Arkham City, Saga da Mulher-Gato e muito conteúdo extra, como as skins alternativas em City, os mapas extras acrescidos dos mapas do Coringa (que foram exclusivos no PS3 quando do lançamento) em Asylum, tudo isto prolonga prazerosamente a jogatina.

O jogo recebeu um tratamento gráfico lindo devido a atualização da Engine Unreal 3 usada nos jogos anteriores, para a Engine Unreal 4, um trabalho muito bom que ficou a cargo da empresa Virtuos (conhecida pelos remasters de Final Fantasy XX-2 HD). Impossível para quem jogou na geração anterior não se surpreender com a evolução que é notória, por exemplo, na capa do Batman, que mostra texturas novas reagindo ao ambiente, nos efeitos de chuva, nas gotas de água escorregando, as roupas acumulando orvalho e umidade condensada, lembrando muito o que deixou muita gente boquiaberta em Batman: Arkham Knight. Texturas novas invadem os cenários, novas relações de luz e sombra, renovam totalmente os ambientes e mudam muito a percepção no que se refere ao tom sombrio na geração anterior, temos um jogo mais “claro e colorido”. O fator principal em tanta “claridade” deve-se a mudança da Unreal Engine 3 para o Unreal Engine 4, de início é desconfortável esta “alegria” das cores e luzes na tela que aos poucos você se habitua, os jogos ganharam sim melhoramentos incríveis com o novo tratamento, mas perderam o tom sombrio pelo fato de estarem mais vivos aos olhos, os dois jogos rodam em resolução de 1080p, o que não ocorria em Arkham Asylum original.

O gráfico recebeu upgrades notáveis.

O gráfico recebeu upgrades notáveis.

A jogabilidade é plenamente respeitada, fluída e maravilhosa, os controles de ambas as versões foram perfeitamente ajustados e atualizados, embora a experiência de jogabilidade tenha evoluído muito, dentro da série nestes sete anos, se mostra extremamente confortável. Quem estava imerso no mundo de Arkham Knight vai sentir inicialmente uma ausência de combate Stealth, o que não prejudica de forma alguma a jogatina, os combates são intensos e empolgantes mesmo depois de tanto tempo. Somando os dois jogos facilmente temos cerca de 13 horas de gameplay, claro que se você é um obstinado na busca por conquistas o tempo aumenta sensivelmente pois, diversos troféus do Charada,  vão te deixar de cabelo em pé, com quebra-cabeças sofisticados e colecionáveis espalhados em muita exploração e as missões secundárias merecem destaque nesta parte.

Infelizmente nem tudo são flores. Além dos pontos positivos do passado, traz velhos problemas com a “Desinteligência” artificial, câmeras mudando para ângulos bizarros em alguns momentos e ainda temos novos problemas. As quedas de framerate são notados quase constantemente, desde as falhas na transição de cenários ou momentos de muita ação em tela até cenas abertas mostrando o caminho a ser percorrido, momentos desconfortáveis providos talvez pelo uso da resolução dinâmica aplicada nestas versões, entretanto o que realmente desaponta nem são os problemas citados, mas sim uma notável ausência… 

 

É Batman nós também ficamos tristes com a ausência de Batman Arkham Origins...

É Batman nós também ficamos tristes com a ausência de Batman Arkham Origins…

A ausência de Batman Arkham Origins e Batman Arkham Origins Blackgate, ambos se passam anos antes dos eventos de Arkham Asylum. Não foram desenvolvidos pela Rocksteady (talvez este seja o motivo de estarem de fora) . Batman Arkham Origins foi produzido pela Warner Montreal sendo canônico e oficial da saga, lançado para PC, PS3, Xbox 360, e embora contestados em em relação a qualidade são uma ausência impactante na coleção Arkham, o próprio título Return to Arkham, sugere a saga toda.

Return to Arkham tem legendas em português, o que faz da imersão na história algo maravilhoso, pois o jogo conta com muitos diálogos complexos e necessários a trama. No seu box exclusivo para o Brasil, além dos dois títulos remasterizados, traz o desenho animado em Blu-Ray, Batman: Ataque ao Arkham.

Embora os problemas pontuais que podem ser corrigidos em algum futuro dlc, temos em ambas plataformas dois jogos incríveis, que certamente estão entre os maiores de sua geração. Fica a sensação de uma “coleção incompleta”, mas são jogos indispensáveis especialmente para quem é fã do homem-morcego, um trabalho de remasterização, na parte gráfica, excelente por parte da Virtuos, estando muito acima da média dos remasters atuais.

Confira o vídeo abaixo com a comparação gráfica entre as versões originais e os remasters para atual geração, video este que você encontra no canal Batman Arkham Videos.


XCOM 2 A estratégia em defesa da humanidade


Fugindo da costumeira “receita que dá certo”, XCOM 2 “reinventa” a jogabilidade em relação ao seu antecessor (XCOM: Enemy Unknown) fazendo quem jogou a versão anterior sentir-se desafiado com as mudanças, melhorando muito a customização, expandindo e evoluindo tudo que vimos no último jogo. A jogabilidade é maravilhosa e a evolução gráfica é notável nesta sequência que foi lançada no PC em fevereiro deste ano e agora chega aos consoles Playstation 4 e Xbox One.

Alienígenas "pagando de bonzinhos".

Alienígenas manipulando a sociedade em um regime opressor de falsa bondade.

A história de XCOM 2 se passa 20 anos após o ataque alienígena a terra visto no primeiro jogo, e surpreendentemente mostra um planeta terra dominado pelos alienígenas, manipulando a sociedade através de uma falsa agência que atua no mundo inteiro, auxiliando as pessoas e melhorando o planeta, entretanto, executa uma silenciosa ditadura a raça humana de forma opressora, executando, sequestrando e realizando experimentos diversos com finalidade obscura. Desta vez é mais complicado combater os aliens, pois não somos a agência de governo global com recursos ilimitados a disposição como no passado, mas um pequeno grupo de resistência. Na luta pela libertação da humanidade você será visto como vilão pela sociedade manipulada, um membro da resistência que utilizará de muita estratégia na luta contra os alienígenas dominadores.

A cobertura nos cenários é peça chave para vitória.

A cobertura nos cenários é peça chave para vitória.

Nos jogos anteriores a estratégia era essencial e neste sentido XCOM 2 eleva e melhora o desafio. Em combate existem muitas possibilidades e missões, desde interação com objetos até missões de escolta, espionagem, e roubo de equipamentos alienígenas. A mobilidade da nave (quartel general da resistência) é um diferencial na luta pela sobrevivência e na execução das missões citadas, é a partir dela que são elaboradas armas aperfeiçoadas, construção de novas bases e melhoramentos para seus soldados. Sua base não é fixa como no jogo anterior, mesmo por que você é caçado pelos alienígenas (incluindo recompensas pela sua cabeça). Ao iniciar suas missões sua equipe entra no campo de batalha em stealth e só sairá quando você atacar os inimigos ou entrar no campo de visão deles; a furtividade felizmente pode ser utilizada por toda a equipe no campo de batalha o que faz você realizar façanhas cinematográficas em armadilhas e missões.

Esperar o momento certo para atacar é vital para o sucesso.

Esperar o momento certo para atacar é vital para o sucesso.

Espreitar os aliens até que eles se exponham é fundamental para o sucesso; em campo usamos um pequeno grupo com especialidades distintas. A cada batalha a experiência aumenta, e seus comandados podem ser promovidos e as promoções dão acesso a novos equipamentos e habilidades, além de que, receberá créditos ao completar as missões. Estes créditos exigem muito cuidado ao serem aplicados, pois sempre parecerão escassos, especialmente na construção de armas mais avançadas. Acoplando itens especiais as armas, você evoluí o equipamento equilibrando o poder de fogo da resistência em relação aos alienígenas (lembre-se de pegar itens dos aliens). Stress, ferimentos e claro a morte, tornarão muito trabalhoso manter o equilíbrio. Uma vez que um combatente esteja ferido vai levar certo tempo para se recuperar e corre o risco de ficar traumatizado. Se mesmo assim leva-lo ao combate ele tende a enlouquecer, não obedecerá os comandos e comprometerá a segurança do grupo e a execução da missão.

O adversário mais problemático contudo, é o misterioso projeto “Avatar”, representado por um relógio de doze horas em nosso mapa, aonde chegar ao zero representa o “game over” para a resistência. A Resistência global, por sinal, é chave para esta mortal luta contra o tempo, diversas bases ao redor do planeta formam uma rede de combate, trocando informações para que instalações alienígenas ligadas ao projeto Avatar sejam destruídas, parando ou até mesmo regredindo o relógio mortal. A variedade de inimigos se destaca, especialmente humanos híbridos da Advent (organização que tem humanos aliados aos alienígenas) e o comportamento dos inimigos é outro destaque, conhecidos do primeiro XCOM, os Sectoids, por exemplo, usam do controle da mente como sua principal arma, manipulando humanos e colocando sob seu comando.

O mapa global mostra o relógio "Apocalíptico" do projeto Avatar no topo ao centro.

O mapa global mostra o relógio “Apocalíptico” do projeto Avatar no topo ao centro.

Se você não tem preferência pelo gênero de estratégia, pode acabar se surpreendendo com este título, digamos que ele pode sim se encaixar em diversos gêneros, uma característica que reforça esta ideia é que aqui não temos tutoriais com textos cansativos, sendo os combates seus melhores professores, trazendo a sensação de jogos onde a experiência é adquirida de forma mais prática. As personalizações dos personagens também tiveram uma gigantesca melhora e são um diferencial em relação ao anterior, e vão prender sua atenção,  desde escolha do rosto, cicatrizes, pele e cabelo, pinturas de guerra, até adereços como tapa-olhos, bonés, máscaras etc.

A customização é um show a parte: Quem sabe o bruxo Geralt (The Witcher), ajude a por fim a dominação alienígena?

A customização é um show a parte: Quem sabe o Geralt de Rívia (The Witcher), ajude a por fim a dominação alienígena?

A versão avaliada aqui traz um sistema de comandos muito bem transportados para o controle do Xbox One com jogabilidade muito boa. Uma versão que não tem problemas de frame rate como no lançamento para PC, com soluções que dão um ritmo fluído trazendo a experiência completa neste excelente título onde as estratégias de combate são fundamentais.

XCOM 2 é certamente recomendado, um grande título que soube evoluir muito em relação a si mesmo, um grande trabalho da Firaxis, além de tudo já citado, traz incluso suas duas expansões “Alien Huntes” e “Shen’s Last Gift” lançadas no pc, com cenas cinemáticas muito bem elaboradas e apresentando uma fácil curva de aprendizado é um título fantástico e muito bem vindo!

O Trailer de lançamento de XCOM 2, pode ser conferido abaixo:


Killer Instinct Edição Definitiva traz todas as temporadas e novo modo Shadow Lords


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Jago não estará sozinho em sua derradeira batalha para proteger a humanidade.

Em sua edição derradeira, o jogo de luta da Microsoft Studios desenvolvido juntamente com a Iron Galaxy Studios, lançado no dia 20 deste mês, para Xbox One, e Windows 10, Killer Instinct chega trazendo excelente custo benefício.

Com conteúdo completo de todas suas temporadas, os 26 lutadores disponíveis incluindo os personagens convidados mais que especiais Rash (Battletoads), Árbitro (Halo), General Raam (Gears of War), os cenários das três temporadas, diversos skins lançados até o momento,  trilha sonora oficial do jogo completa disponível em CD (em sua versão física) e código de acesso ao pacote extra de skins exclusivos da versão, como por exemplo Gargos dourado, ainda traz os dois jogos clássicos da franquia, mas o destaque principal está no modo Shadow Lords.

Assim como nas temporadas anteriores, já era aguardado o modo história da terceira temporada ganhar a luz do dia, cedo ou tarde, Shadow Lords se incorpora com com muito mais a oferecer que seus antecessores, a campanha de Shadow Lords ganha mais profundidade e já se destaca desde sua colocação na tela principal do game.

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Gargos chega com poder total para dominar a terra!

Gargos, personagem disponibilizado na terceira temporada do game, é o destaque do modo Shadow Lords, retornando com sua insaciável busca pelo domínio do planeta terra! A manipulação de portais interdimensionais possibilitou a Gargos a invasão e conquista da terra, para isto são enviados a terra cópias dos combatentes e diversos Omens (seu principal capanga também disponível desde a segunda temporada). A campanha deste modo se diferencia muito dos modos história da primeira e segunda temporada, deixando pra trás o jeitão arcade da campanha, e alternando entre batalhas e estratégia. Você forma uma equipe de três lutadores, que partirão em jornadas diretas ou indiretas de luta contra os clones e omens que cada vez que forem mortos enfraquecem Gargos na batalha final, ou seja, derrotas contra Omen podem significar aumento de força do chefe final. Derrotando os inimigos você libera itens diversos, desde itens para recuperar a energia, como melhoramento com equipamentos, e até o auxílio de Guardiões.

Visivelmente esta versão mostra evolução na estabilidade do game, melhorias gráficas de cenários e personagens, correções de pequenos erros, assim como na segunda temporada, e melhora no balanceamento dos lutadores. Para quem nunca jogou Killer Instinct desde seu lançamento em 2013, saiba que esta versão é uma excelente pedida em um jogo de luta para o console da Microsoft e disponível também para Windows 10, onde você terá tudo o que foi lançado para o jogo em todas as temporadas, a inclusão do modo Shadow Lords evoluí muito a forma de se ver o modo história dentro da franquia, além dos extras que divertem muito, todo este conteúdo completo e suas melhorias tornam o jogo um título excelente e que certamente vale muito a pena.

O trailer de lançamento oficial de Killer Instinct Edição Definitiva você confere aqui: