Author Daniel Gomes

Este ser é um viciado em games, sejam de consoles, sejam de PC's e tem uma paixão arrebatadora em Tecnologia, aficcionado em filmes dos anos 1980 e 1990, ele pode não se lembrar o nome do diretor, do filme ou do ator, mas quando tem opinião ele fala mesmo! SegaManiaco de Coração, ele também bate ponto nos sites Gamehall, Filmes e Games, Blast Processing, Brazuca Gamer e Comunidade Mega Drive!


Os bons e velhos tempos de locadora!


Convidamos você caro leitor, a voltar para os dias mais dourados de nossas infâncias, quando as nossas únicas preocupações eram tirar uma nota boa para não ir para a recuperação, pedir para o pai ou a mãe comprar uma fita (cartucho para o pessoal que gosta de ser correto) de um jogo que viu numa Ação Games, Videogame, SuperGame ou GamePower da vida, ficar ansioso pelo natal, aniversário e dia das crianças, esperando aquela surpresa e rezando para que não seja mais uma cueca ou uma camisa que você não vai gostar, estamos aqui para tentar relembrar das locadoras de videogame!

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Antes da Internet… conhecíamos tudo aqui nestas ótima revistas!

Sim, estes templos abençoados, ou não, onde você se encontrava com os seus amigos para bater um papo, ficar do lado que pagou duas horas e perguntar se podia jogar com ele, de ver aquele jogo novo que todo mundo estava falando, de pedir para o tio trocar o controle porque aquele estava todo molenga, ou de ficar ouvindo lorota de locadora – que não eram poucas.

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Muitos títulos para escolher!

Em grande parte, foi por conta das locadoras, que muitos aqui puderam jogar, pela primeira vez, no NES (ou nos seus clones, Phantom System, Bit System, Dynavision III, Top Game VG 9000, entre tantos outros), no Master System e no Atari. Quando chegou a Era 16 bits, foi uma explosão cerebral com o Super Nintendo, o Mega Drive e, por fim, para quem tinha sorte, até mesmo um Neo Geo com o controle que tinha de ser colocado no COLO para poder manuseá-lo!

Algum tempo depois vieram o 3DO, o PlayStation, o Sega Saturno e o Nintendo 64 e foi mais uma nova explosão de cabeças por conta dos gráficos 3D que encheram os olhos de muitos gamers naquela época e estão aí até hoje.

Quem aqui não treinou por horas a fio na locadora para se tornar o melhor jogador de um certo título? De que foi desafiado por muitos amiguinhos, ou inimigos, nesta mesma locadora e, um dia, você perdeu e disse que a culpa foi do controle?

E o aluguel de fitas? Quem estudava de tarde, ia sexta-feira bem cedo para ficar na porta da locadora para pegar aquele jogo antes de qualquer outra pessoa! Ou quando se estudava de manhã, ia depois do meio-dia para tentar alugar uma fita, mas todas as que você queria foram embora, ô tristeza. Muitos alugavam três fitas só para entregar na segunda? E as outras promoções? Alugue quatro jogos, só entregue quarta e assim vai?

Quando chegava os feriados prolongados, aí sim era a festa absoluta. Alugava na sexta de carnaval e só ia entregar na quinta-feira depois da quarta de cinzas? CINCO DIAS enlouquecendo de tanto jogar e era só a sua folia de carnaval.

Nas locadoras, bons tempos que se pagava por 10 minutos, 15 minutos, 30 minutos e pedia para o tio ou para a tia fazer fiado. As vezes chorava um pouquinho e convencia em jogar mais alguns minutos.

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É assim que se joga cara…

Mas eu sei também que muitos aqui já “trabalharam” em locadoras e a sua moeda de pagamento? Jogar ou levar de graça os títulos ali disponíveis.

Pois é, as locadoras de videogame nos deram bons momentos, de alegria, tristeza, divertimento, raivas e muito mais. Para quem esteve presente naquela época, guardará para sempre as boas lembranças de pagar por uma hora, sentar na frente da TV e jogar o bom e velho videogame numa TV de Tubo.

E você caro leitor qual seria a sua principal lembrança dos tempos de locadora?


25 anos de “Genesis Does What Nintendon’t”


Nintendo Chutando Bundas…

Antes havia a Atari, que dominou o mundo dos games nos EUA na década de 1970 até meados de 1980, quando chegou o Crash dos Videogames por lá, enquanto que no outro lado do mundo uma outra empresa começava a florescer como a Rainha Absoluta nos consoles 8-bits com o Famicom e, nos EUA, com o NES, que foi a Nintendo.

Timidamente a SEGA, uma outra empresa japonesa, fundada por americanos, tentou travar uma batalha, infrutífera, contra a Nintendo na terceira geração, apesar de ter consigo bons ganhos na Europa e na América Latina, garantindo grande presença nos lares dos gamers nas décadas de 1980 e 1990.

A primeira grande briga... a Nintendo levou.

A primeira grande briga… a Nintendo levou.

Vendo que nos 8-bits eles não tinham nenhuma possibilidade de ganhar da Nintendo, por conta dos famigerados contratos de exclusividade que a empresa obrigava muitas softhouses a assinarem – e também porque o NES e o Famicom estavam presentes em grande parte dos lares, garantindo assim esta quase obrigatoriedade -, então a SEGA chutou o balde e resolveu trazer para o mundo os seus arcades para os lares dos gamers. Como eles fizeram isto, vocês perguntam? Simples. A empresa pegou a sua placa de arcade mais usada na época, a System 16, e capou-a, isto é, retirou vários componentes e efeitos para torna-la mais fácil de fabricar e colocou tudo numa caixinha de plástico chamado console, aí nasceu o Mega Drive.

Este console veio para revolucionar todo um mercado!

Este console veio para revolucionar todo um mercado!

O novo sistema da SEGA, apesar disto, era algo impressionante para época. Foi construído em cima de um processador de 16-bit da Motorola, o MC 68000, que era usado nos computadores Apple Macintosh daqueles tempos. Este chip, por exemplo, podia processar duas vezes mais dados que o processador usado no Famicom/NES. Tinha a sua disposição 512 em sua paleta, podendo mostrar, simultaneamente 64 delas, contra 52 do NES e o mesmo tinha um processador separado para trabalhar com som! Então ele foi lançado no mercado japonês em 29 de outubro de 1988.

Apesar de todas estas grandes vantagens, o recém-console da SEGA não conseguiu decolar muito bem no Japão, onde a Nintendo tinha uma penetração imensa e uma grande coluna de fãs por lá, então os olhos da empresa se voltaram para o mercado mais importante naquela época, os EUA, pois a Nintendo havia entrado a pouco tempo por lá e o seu nível de penetração ainda era relativamente baixo, apesar de ter destruído o Master System no processo.

Já imaginaram estas duas empresas unidas por um produto em comum?

Já imaginaram estas duas empresas unidas por um produto em comum?

Mas como uma empresa poderia entrar no mercado americano sem o devido suporte – já que o escritório americano ainda estava começando a se desenvolver? Houve, antes da criação do Mega Drive, uma aliança entre a Tonka e a SEGA que não deu muito certo, então a empresa japonesa foi atrás de uma possível parceria com a… momento para respirar…….. Atari, isto mesmo, por um breve período de tempo a Atari poderia ter sido a empresa que iria produzir e DISTRIBUIR o Mega Drive nos EUA!

De acordo com Michael Katz, atualmente Presidente da Atari Corp, “Dave Rosen foi até a Atari e perguntou se estaríamos interessados em produzir, criar o marketing e distribuir o Genesis (Mega Drive). Nós chegamos muito perto em ter um acordo, assim a Atari poderia ir diretamente para os 16-bits bem antes da Nintendo. As negociações estavam indo bem, e, até onde eu me lembro, só não foram concretizadas por conta de alguns impasses entre Jack [Tramiel] e Dave Rosen em certos termos. Então a SEGA decidiu que eles mesmos iriam fazer isso.”

SEGA Entra de Soleira…

E foi então que o SEGA Genesis (Mega Drive) foi lançado em duas cidades americanas no dia 14 de Agosto de 1989, estas foram Los Angeles e Nova York, por parte da Sega of America. O console foi inicialmente vendido por US$ 189, vinha com um só controle e o jogo Altered Beast. E já no seu lançamento americano haviam cinco jogos a disposição para os compradores, Thunder Force 2, Tommy Lasorda Baseball, Super Thunder Blade, Space Harrier II e Last Battle. Uma segunda leva de jogos viria no mês seguinte.

E só lhes digo: Rause fornô Greis!

E só lhes digo: Rause fornô Greis!

A escolha de Altered Beast ser o jogo que vinha no console foi com base para convencer os consumidores sobre o poder do Sega Genesis como um todo. Os jogos do NES tinham sprites pequenos, que ocupavam pouco espaço em tela enquanto que o herói metamorfo de Altered Beast ocupava quase a metade da mesma, sem contar que tinha expressões faciais reconhecíveis. Os inimigos eram tão grandes quanto o personagem, fazendo com que o jogo se aproximasse bastante do arcade original.

Esta foi a primeira demonstração de força da SEGA sobre a Nintendo no mercado japonês. Foi então decidido, enquanto que o SEGA Genesis se espalhava nacionalmente no mercado americano, que o mesmo precisava criar uma identificação forte com os seus consumidores, seja na forma de jogos – onde a aposta foram os de esporte, nos quais os americanos são alucinados – e na forma de uma campanha de marketing agressiva, para mostrar o poder superior do SEGA Genesis sobre o NES e foi daí que nasceu a frase conhecida por todo fã da SEGA e odiado por muitos fãs da Nintendo “GENESIS DOES WHAT NINTENDON’T”.

A Primeira cara na tapa da Nintendo por parte da SEGA.

A Primeira tapa na cara da Nintendo por parte da SEGA.

Don James, Vice presidente de Design da Nintendo of America chegou a falar: “A SEGA veio dando tapa na gente em seus comerciais. Eles davam nome aos bois colocando a nossa marca logo de cara e isso foi algo visível e descarado. Era como se alguém chegasse para você e dissesse que o time no qual você gosta você uma bosta. Nós levamos isto de forma bem intencionada e competimos da melhor forma que achávamos que fosse necessário.”

Um ato de cavalheirismo por parte da Nintendo, enquanto que a SEGA:

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E neste interim veio a segunda grande decisão da SEGA, que tornou DECISIVA a dominação da mesma no mercado americano, que foi a contratação e compra dos nomes e marcas de atletas e celebridades famosas e usá-las em seus jogos. Assim veio jogos como Pat Riley’s Basketball, Arnold Palmer Golf, Buster Douglas Boxing e Joe Montana Football e, também, a grande parceria com a Electronic Arts, que se tornou uma das primeiras third party americana a trabalhar para o SEGA Genesis.

A campanha de marketing da SEGA fazia de tudo, menos deixar a Nintendo em paz e foi assim que se sucedeu entre a SEGA e a Nintendo até meados de 1994/1995, onde houve uma grande mudança de mercado e a empresa azul japonesa, antes dominante no mercado americano (acima de 50% do mercado dos 16-bits eram consoles SEGA Genesis), começou a retroceder e a Nintendo passou a ter mais consoles Super Nintendo presentes nos lares americanos, sem contar com a competição com a novíssima geração que eram representados pelo SEGA Saturno e o Sony Playstation.

Pensamentos

Apesar de sabermos que foram empresas como a Atari e a Nintendo que vieram a dar ao mundo que o mercado de videogames tenha algo de brilhante, a SEGA e o seu Mega Drive (SEGA Genesis) foram decisivos ao demonstrar que poderia – e sempre deveria – existir competitividade entre as empresas e mesmo com campanhas de marketing que beiravam ao ridículo de tão loucas, estas mostravam que o foco era o consumidor, acima de tudo.

Quando a Atari ou a Nintendo estavam no poder de monopólio na indústria, vimos que muitos podres poderiam acontecer, como o Crash americano, por conta da Atari e os contratos de exclusividade por parte da Nintendo – que, vira e mexe ainda aparecem por aí, como foi o caso do Tomb Raider.

Daí vemos a SEGA, impedida de ter títulos em seu Master System, criar muitos sozinha e no Mega Drive forçando-se a criar uma identidade própria e agressiva nos EUA, dominando o mercado por mais de 5 anos consecutivos, trazendo jogos exclusivos de esportes e criando um mascote que competiu de igual para igual com o Mario, porque sabiam que eles necessitam de alguém carismático para tanto.

A melhor guerra de todos os tempos e que rendeu ótimos frutos futuros!

A melhor guerra de todos os tempos e que rendeu ótimos frutos futuros!

Com o duopólio entre a SEGA e a Nintendo em todos os mercados e a inexistência do mesmo de forma mais popular nos 32 bits, devemos agradecer ao SEGA Genesis (o Mega Drive americano) por termos este grandioso mercado de videogames no formato atual, competitivo, menos arisco e, que, acima de tudo, tenta agradar o consumidor.

Parabéns SEGA Genesis, pelos seus 25 anos de lançamento nos EUA!

Fontes:
The Ultimate History of Videogames
The Mega Drive Book


A Guerra dos Clones: O mercado de Games não seria o mesmo sem eles!


Foi aqui que tudo recomeçou.

Foi aqui que tudo recomeçou.

Hoje o mercado Brasileiro está se firmando cada vez mais como um alvo importante para as grandes produtoras de jogos eletrônicos e consoles no mundo. Mas vocês sabiam que o tempo que passamos sem “suporte” destas grandes empresas, antes dele, éramos um dos grandes mercados ainda assim?

Sim, tivemos o período entre 2003 até meados de 2011 quando o XBoX 360 começou a ser fabricado no Brasil e, algum tempo depois, o mesmo se deu com o PS2 seguidamente do PS3, quer dizer foram quase 10 anos de penúria onde éramos tratados como um mercado marginal por conta dos altos níveis de pirataria que nos rodeava.

Pirataria não é algo de se estranhar, pois existe em qualquer plataforma, Tio Bay e os barcos torrentes que o digam. Mas aqui no Brasil, por conta do fácil desbloqueio do Sega Saturno e do Sony Playstation, lançados em 1994 no Japão, e no ano seguinte no mundo inteiro, permitindo assim que estas plataformas começassem a se popularizar na América Latina e, com mais força, aqui no Brasil… E é a partir daqui que vamos reconstruir um pouco do cenário gamer antes do abandono geral das empresas para com o mercado brasileiro.

 CLONES, CLONES POR TODOS OS LADOS!

 Mas porque os primeiros consoles eram compatíveis? Porque, naquela época, havia algo chamado como Reserva de Mercado, que eram o conjunto de Leis, atos normativos e dispositivos legais que proibiam a importação de equipamentos eletrônico, principalmente da área de informática, onde os videogames estavam inclusos. Só era possível tê-los em território nacional se empresas brasileiras os fabricassem, tentando incentivar a indústria nacional a se desenvolver.

 Em 1984, toda esta loucura jurídica virou a Lei 7.232 no dia 29 de Outubro, caso alguém tenha curiosidade pode ler ela clicando aqui.

ou, leia um livro que você não entende nada de seu conteúdo!

ou, leia um livro que você não entende nada de seu conteúdo!

Com esta prática em questão, houve a criação da SEI (Secretária Especial de Informática) que se tornou a responsável por todas as práticas normativas do setor, assim se você era fabricantes de eletrônicos da área da informática, não se esquecendo que os videogames estavam inclusos, os planos tinham de ser submetidos para a SEI para serem aprovados, no qual fazia a estipulação de como ocorreria a “nacionalização” das peças internas e do produto em questão, tentando, então forçar o mercado brasileiro a produzir tais peças.

Desta forma, vieram a surgir os consoles compatíveis que muitos gamers das antigas chamam de clones e o primeiro sistema a ser “clonado” em questão foi o Atari 2600.

Empresas como a Bit Eletrônica – que trouxera o Top Game, o primeiro clone brasileiro do Atari, mas a possíveis problemas legais, mudou o conector de entrada da fita/cartucho, impossibilitando que os jogos do Atari entrassem nele, algum tempo depois veio o adaptador, mas foi tarde demais -, a Sayfi Eletrônica – que trouxe o primeiro console realmente compatível com o Atari, que foi o Dactari -, a Dynacom – que criou o Dynavision -, todos estes o que chamamos hoje de Clones e, por último, nesta primeira leva, a Polyvox, que pertencia a Gradiente, assinou um contrato com a Atari Corp e em 1983 trouxe oficialmente o Atari 2600 para o Brasil.

Depois desta primeira leva, vieram outras empresas, como a CCE, com o seu Supergame CCE VG2800, a Dismac com o seu VJ9000 e algumas outras empresas que fizeram a alegria dos jogadores.

Vê-se aqui que esta primeira foi a pedra fundamental para a criação do mercado brasileiro de videogames e que sem os clones, muito provavelmente alguns anos mais tarde, o nosso universo fosse bem diferente do que é hoje.

 MEU ADORADO PHANTOM SYSTEM

Enquanto que o Atari 2600 tivera vários clones que marcaram crianças e adolescentes na década de 1980, o grande estouro mesmo da clonagem se deu no final da década de 1980 e início de 1990 com o console que foi considerado o salvador da pátria no mundo dos games, o NES, o Nintendinho 8 bits.

Foi com este sistema, juntamente com o oficial Master System e o Mega Drive, pela Tectoy, que tivemos a grande febre nacional de videogames. Em cada bairro nas grandes e médias cidades brasileiras tínhamos diversas locadoras, onde crianças e adolescentes disputavam um momento para jogar, outras tinham pais que compravam um dos mais diversos modelos existentes no mercado e outros tantos poderiam até importa-los.

Mas, o mais importante, é perceber que grande parte desta explosão de entretenimento se deu por conta realmente dos clones, todos eles de empresas que não tinham contrato firmado com a Nintendo, assim elas estavam passíveis a serem penalizadas judicialmente, mas pelo mercado, que crescia cada vez mais, compensava fabricar um console nacional, ganhar bilhões de cruzeiros / cruzados / milhões de reais e enfrentar a Nintendo depois, do que ficar de fora desta festança.

Todos os nossos consoles famiclones.

Todos os nossos consoles famiclones.

E nesta viagem alucinada de vários consoles clones, também conhecidos como famiclones, tivemos o mais conhecido de todos e que ilustra esta matéria, o Phantom System, criado pela Gradiente, mas tínhamos muitos outros, como, por exemplo, os fabricados pela CCE, o Top Game VG 8000, Top Game VG 9000 e o Turbo Game; pela Milmar tivemos o HiTop Game e o Top System; pela Chips do Brasil veio o ProSystem8; a Dismac nos trouxe o clone mais próximo do NES, o Bit System; enquanto que a IBCT nos trouxe o clone que copiou descaradamente o design do Famicom (o NES japonês), conhecido como Super Charger e a Dynavision não ficou atrás e trouxe o Dynavision II, III, Dynavision IV, Handyvision, Magic Computer PC95, entre tantos outros.

Nota-se aí a grande sorte de produtos nacionais para satisfazer toda uma geração enlouquecida por videogames! Sem estes aparelhos, mesmo de maneira não completamente oficial, o mercado gamer poderia ter sido algo completamente diferente, pois, se não tivéssemos este costume de parar na frente de uma telinha e ficar admirando os pixels que correm por ela, o nosso interesse por algo tão fugaz para muitos não seria tão grande e, certamente, os investimentos atuais de localização e venda local dos jogos seriam menores.

Claro que aqui vale um pequeno excerto. A Nintendo só entrou oficialmente no Brasil em 1993, com a Playtronic, que era uma empresa criada de uma parceria entre a Gradiente e a Estrela, durante 10 anos, a mesma veio a fabricar os consoles da Nintendo e produzir os seus cartuchos nacionalmente, paralelamente a isso, a Tectoy já trabalha em conjunto com a SEGA desde da década de 1980 e trouxera para o mercado nacional os produtos da empresa (Master System, Mega Drive, Game Gear, Sega Saturno, 32X, SEGA CD, Dreamcast), onde uma parte era produzida aqui e outra importada.

Foi, basicamente, entre 1989 até 2003, tivemos uma maravilhosa era de suporte nacional oficial, em paralelo com os clones que, como mostrado acima, vieram em 1982 e ficaram bem no mercado nacional até 1993, apesar dos diversos problemas de pirataria que foi aumentando de maneira louca com o PlayStation 1 e 2, mostrando que o mercado nacional brasileiro tinha um grande potencial para as vendas de qualquer tipo de console oficialmente lançado e suportado por nossas bandas. E isto foi demonstrando, como posto acima, quando finalmente a Microsoft e a Sony vieram a investir no Brasil. Pena que os preços praticados em nosso país ainda são bem abusivos se comparados com o que ganhamos como renda mensal. Fiquemos na esperança futura que os consoles que estão aí, o One e o PS4, assim como o Wii U, o PSVita e o Nintendo 3DS venham também a ser fabricados no país e que os preços baixassem mais, pois, pelo visto, os executivos da Sony, da Nintendo e da Microsoft acham que somos todos ricos.

De toda forma, devemos agradecer, e muito, aos nossos estimados clones em geral, pois, sem eles, não teríamos conhecido os videogames!

Deixo aqui alguns excertos de pessoas que jogaram com clones naquela época retirados do grupo Retrogamer Brasil

 “Geração do NES comecei com um Dynavision 2 segunda versão com aqueles controles manche da Dynacom… pense numa dificuldade jogar Double Dragon 2 neles..rs.. e Bart vs space mutants..rs..nossa.”, Jair Bezerra;

 “Eu sou fascinado por famiclones, comecei a vida gamer assim, e é quase certeza de que a maioria aqui também. Sou muito fan de CCE e MILMARCleber Marques;

 “Tenho meu Bit System na caixa funcionando até hoje! (só precisei trocar as borrachas dos controles) Dirley Von Randow;

 “eu tive o top game, mas queria saber, porq a onda se clones na época e o pior não eram empresas xing ling contrabandeado, eram empresas grandes, cce, gradiente, dynacom, todas pagando impostos q registrando seus produtos, porq não levaram processo??? e porque acabou a febreKaka Campolongo;

 “Joguei diversos clones, DYNAVISION 2, 3, 4, TURBO GAME, TOP GAME, TOP SYSTEM, PHAMTON SYSTEM, HI-TOP-GAME MILMAR, BIT SYSTEM.
Cada um deles tinha um ponto positivo, mas não existiu um perfeito pois cada um tinha algo de ruim, ou o controle era horrível, ou não era dual slot, ou não tinha saída av, ou a compatibilidade era baixa etc etc etc. SE O DYNAVISION RADICAL TIVESSE DUAL SLOT SERIA O MELHOR CLONE, SEUS CONTROLES SÃO MUITO SUPERIORES!!”
HernaniZero Rodrigues;

 “Comecei no Dynavision II, pense num video game ruim, hoje eu tenho dynavision radical com entrada p/ 60 e 72 pinos, e controle Turbo. Esse sim. Fabiano Rbf

 “minha infância foi de Phantom e Geniecom. Tenho os dois hoje, além do NES original na caixaAntonio Carlos Santis Júnior;

 “o hI TOP GAME EU JOGUEI MUITO NA INFANCIA LEMBRO QUE UM AMIGO MEU TINHA E A GENTE PASSAVA HORAS JOGANDO TICO E TECO ATE FAZE FINAL PENSA EM DOIS TONTOS FELIZES QUANDO FEZ FINAL KKKKKKK CLASSICOCarlos Eduardo Monção;

 “Conheci primeiramente o Phantom em jul/1991, mas acabei ganhando o Dynavision 2 no Natal do mesmo ano. Atualmente tenho 2 Turbo Game, um Dynavision 2 e um Hi-Top Game.” Mauro Sokrátes;

 Fontes:
www.atari.com.br
www.nesarchive.net
www.alvanista.com


Videogames podem realmente virar um Esporte?


Há algumas semanas ocorreu o EVO, não pude acompanhar por alguns motivos, entre eles estava assistindo filmes e tal, mas vamos ao que interessa que é a importância que os videogames estão recebendo no mundo inteiro. Cada vez mais vemos que a opinião pública em geral está tirando do lado da palavra videogame as frases como:

  • Isto é coisa de criança;
  • Estas coisas deixam você violento;
  • Quem é que pode levar isso a sério?
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EVO 2014 – Evolution Championship Series

Entre outras frases que muitos vemos ou ouvimos por aí. Esta mudança de paradigma se dá por conta que a indústria gamer está, a cada mês que passa, gerando uma grande quantia em dinheiro que não pode deixar mais batido por olhos vistos.

O negócio está se tornando tão sério que jogos, por aí, são feitos com orçamento milionários – quase ao mesmo preço que muitos filmes BlockBusters – e levando meses e mais meses para ser desenvolvido! E o retorno destes títulos AAA veem nas cifras dos bilhões!

Mas uma das características que parecem tornar os jogos algo tido como sério são os e-sports! Cada vez mais por aí temos campeonatos mundiais onde jogadores (individuais ou grupos) disputam prêmios que variam entre um reconhecimento momentâneo até um cheque de dezenas de milhares de dólares. E é por conta disto que temos cada vez mais e-esportistas, isto é, pessoas que ganham a vida sendo Atletas virtuais, onde os treinos são conhecer todo o mapa de um jogo, saber o momento certo de atirar ou de quando é preciso desferir aquele golpe X.

A coisa está escalando de tal maneira que sites e, até mesmo, canais fazem transmissão ao vivo de tais campeonatos e a disputa é tão acirrada quanto um jogo de futebol feminino – onde vemos por aí que de Fairplay elas não usam nada… procurem vídeos, se vocês duvidam de mim – e tudo tende a ficar ainda mais ferrenho.

Não seria para pouco que, muito em breve, tudo se torne cada vez mais profissional. E isto não é um problema, pois acaba por unir, para muitos jogadores, aquilo que eles gostam por hobby por aquilo que eles queriam fazer por profissão, apesar de que dizem que nunca é bom misturar lazer com trabalho.

Mas voltando ao assunto, com a questão do e-sport, já temos até vários e-atletas que são conhecidos mundialmente, seja defendendo em Street Fighter, seja um jogador de LoL, WarCraft ou DOTA, passando por um grupo de Counter Strike e tantos outros jogos, estamos falando de estrelas do mundo virtual! Será que chegaremos a cachês/salários do tamanho dos esportistas profissionais das atividades consagradas?

Vendo por este lado, tudo isto me lembrou bem o filme Gamer. Para quem não se lembra do filme, segue um pouco a sinopse do mesmo:

gamer-movie-poster-2009-1020525251Um novo jogo de videogame é a grande febre do momento. Através dele milhões de internautas podem assistir um grupo de condenados lutando para sobreviver como se fossem personagens virtuais, sendo controlados por jogadores. Kable (Gerard Butler) é a grande estrela do jogo, sendo comandado por um adolescente. Em meio à batalha, Kable precisa usar suas habilidades para vencer o jogo e derrubar o sistema que o aprisiona.

O filme mostra uma realidade bem alternativa, mas que é algo que podemos estar encaminhando para tanto. Num mundo onde a realidade se mistura cada vez mais com a virtualidade, é algo que realmente pode acontecer. O próprio filme trata – de uma maneira rasa, mas trata – justamente nesta questão dos e-sports virarem algo muito maior do que já temos hoje em dia, talvez até maior que os esportes consagrados!

Agora eu deixo uma pergunta para vocês, será que chegaremos ao ponto onde jogar videogames será considerado um esporte de verdade? Quiçá um esporte olímpico?


Nostalgia, uma nova fonte de Renda…


Desde o final da Sexta Geração – que consiste do Dreamcast, da SEGA; PS2, da Sony; GameCube, da Nintendo e o XBoX, da Microsoft – vemos um considerável aumento da nostalgia que cerca o mundo gamer. A Sexta Geração foi marcada pelo lançamento de várias franquias famosas, como Halo, God of War e outros, mas, no entanto, as velhas franquias das gerações anteriores sempre se mostraram presentes.

Uma nova fonte de renda para o mercado gamer começou a despontar aí. Cada vez mais víamos as marcas já consagradas por anos e anos de uso aparecerem nos consoles daquela geração. Virtua Fighter? Já estava na sua terceira edição. Final Fantasy seguia firme e forte para a sua 12ª edição e Mario já tinha um quão sem números de jogos em sua enorme bagagem no mundo dos jogos.

Muitas destas franquias que continuaram na Sexta Geração também foram lançadas para a Sétima Geração (XBoX 360, PS3, Wii, PSP, Nintendo DS) de uma forma impressionante. Houve um passo muito pequeno na criação de franquias novas, mas, em contrapartida, franquias com anos de existência continuavam – e continuam – a render bons louros para as desenvolvedoras. Claro que para quem é fã, quanto mais jogo melhor, mas a forma que percebe-se isso é que há, na verdade, uma estagnação criativa em várias desenvolvedoras, temerosas em investir em algo que seja novo.

A Sexta Geração aqui.

A Sexta Geração aqui.

Seja na PSN, na Live ou na Nintendo Network, na Sétima Geração, ou na atual, a Oitava (One, PS4, Wii U, PSVita, 3DS) vemos a cada dia que passa um quão sem número de jogos antigos das gerações anteriores (Terceira, Quarta e Quinta Geração) ganharem cada vez mais nestas Redes Sociais e vendas das suas respectivas empresas. Algumas vezes os jogos antigos sequer recebem um tratamento adequado para rodar em televisões de alta resolução e som Quadriplex UltraSound Mega Explosion e acabamos por ter uma certa imagem distorcida de um jogo que tanto amamos.

E é nisso que consiste a nostalgia. De acordo com o Dicionário Houaiss, esta palavra significa “saudades de algo, de um estado, de uma forma de existência que se deixou de ter; desejo de voltar ao passado”, e, por conta disso, que muitas empresas se prendem a marcas que foram inventadas a muito tempo, pois misturando a nostalgia de um público que foi fissurado em seus jogos nos anos de 1980 e 1990, as empresas estão com a faca e a manteiga na mão, enquanto que nós, meros jogadores, consumidores em potencial, estão com o pão implorando por mais daquela manteiga.

Nada contra isso, claro, toda e qualquer empresa quer ter lucro, mas, muitas vezes, podemos ver a maneira de como as empresas – seja de qualquer ramo – partem para cima nesta tentativa de terem lucros. Muitas vezes os jogos que tanto amamos e apreciamos sofrem um remake e um reboot e os mesmos não ficam a par do passado, outras, como dito acima, são lançados inúmeros títulos até esgotar o produto – Guitar Hero, Tomb Raider e Crash são alguns exemplos a serem citados – e, depois, são jogados no fundo do baú para o esquecimento quase completo.

Um dos poucos reboots que realmente funcionaram.

Um dos poucos reboots que realmente funcionaram.

A forma da manipulação sobre a massa usando-se um sentimento que é inerente de todo ser humano – a saudade, a falta, o anseio de voltar-se para aquele momento querido – pode render muito para as empresas, mas, por outro lado, se esta manipulação não for bem trabalhada, o efeito poderá ser completamente o oposto, ao invés do amor sobre a coisa tão querida, um ódio surgirá e, por conseguinte, o desgosto completo sobre aquela marca será o mote para todo o sempre.

Fico na esperança que a Nintendo, a Square, a Capcom, a Konami, a SEGA e tantas outras empresas revejam os seus conceitos de relançamentos constantes e que criem coisas novas e inovadoras, mas sem esquecer do passado – e sem usá-lo exageradamente, pois não creio que a nossa nostalgia deveria ser um produto puro e simples, mas deveria ser tratado com respeito e reverência.


A vida dura de um Gamer…


Somos todos lisos perante a lei.

Somos todos lisos perante a lei.

Reclamamos dos altos preços dos consoles atuais e das gerações passadas e isto é algo extremamente chato, mas o fazemos porque o que ganhamos no Brasil não condiz com a realidade de viver… basicamente grande parte dos brasileiros trabalham para sobreviver, uma verdadeira injustiça social.

É algo que pode ser constatado diariamente nos noticiários, nos jornais e nas revistas de grande circulação, quem dizer que o Brasil é um país maravilhoso de se viver, é porque nunca passou num SUS da vida ou precisou pegar um ônibus lotado até o talo, mas não é com isto que queremos discutir não é mesmo?

E vendo desta forma, alguém que more sozinho e ganhe os seus dois, três salários mínimos, mal sobrevive com algo em torno de 2.100 reais tirando os “benefícios” do Vale-transporte, Vale Refeição e Vale Alimentação. Se a pessoa vive de aluguel, dependendo do lugar onde se mora, vão simbora uns 500, 600, 700 reais (1/3 do salário), paga água, luz? Uns 100 a 200 reais. Telefone móvel? 20 a 150 reais ou mais, se tiver internet. Vai sair com os amigos? Tem de comprar livros para faculdade ou gosta de alugar filmes. Vamos colocar cada um a 50 a 200 reais.

Daria, ainda, para colocar mais alguns percentuais cá e acolá, imaginem se não é ônibus, mas a pessoa anda por aí de carro, lá vai outra facada no bolso e vai tudo acumulando, acumulando e nada de algo a mais cair no bolso.

Acho que este mês vou continuar no vermelho!

Acho que este mês vou continuar no vermelho!

Não faço a mínima ideia qual é a conta aí acima, mas se não tiver gastado uns 60% do salário, eu acho pouco. Daí se imagina ter de gastar 100, 200 reais para comprar um jogo de console, e isso todo mês, o gamer brasileiro vai para a falência em menos de 1 ano. Claro que estamos aqui apenas fazendo uma suposição pouco realista sobre este trabalhador acima!

Daí partindo deste pressuposto, creio que, de maneira substancial, a sanha de comprar um console novo e ser um lascado, não ter uma Dilma no bolso, faz com que, de certa forma, economizemos em nossos jogos e, ALÉM DISSO, apreciamos aquilo que temos, voltando a jogar por mais tempo aquele jogo comprado com muito suor.

Conquanto que aqui não estou levando em consideração os jogos piratas e/ou genéricos que compramos nas feirinhas da vida em nossas belíssimas cidades, pois isto não contribui em nada para os investimentos de jogos localizados no Brasil, mas continuando…

Deveras é importante frisar que cada vez mais estamos vivendo uma sociedade altamente consumista, o Steam, por exemplo, mata muitos jogadores com o mal costume de jogos demais, por preço de menos e a sua disposição, 100, 200, 300 jogos, onde a grande maioria sequer vai ser jogado pelo dono.

Droga, não tenho nada para jogar! :/

Droga, não tenho nada para jogar! :/

Creio que aqui encontramos algo que é completamente o oposto do que estava dizendo até a pouco tempo. Enquanto que o jogador de videogames no Brasil, tem um sério problema financeiro, colocando pauta aqui que é o consumidor que investe em consoles, a pessoa que faz um investimento nos PC’s não tem o mesmo tipo de problema, ou será que tem?

Não importa o caminho que se siga, sempre existirão problemas com custos, no caso, para aqueles que investem nos PC’s terão de arcar os custos medianos em se ter um computador para rodar os jogos que estão sendo lançados continuamente. Enquanto que em um console o jogador tem uma plataforma estável que não precisa de atualização, o computador pessoal precisa delas não que constantemente, mas de tempos em tempos, daí se troca processador, memória, aumenta o HD e, basicamente, se paga a mesma quantia ou mais que se pagaria num console.

Do outro lado, no entanto, por mais que se gaste nas atualizações de um PC, o mesmo pode ser usado para outras coisas, como navegar na internet, criar textos para blogs, ver vídeos e, quem diria, JOGAR! O caro saindo barato no custo x benefício? Será?

Sou um dos personagens que você irá mais ver na sua telinha do PC!

Sou um dos personagens que você irá mais ver na sua telinha do PC!

Bom, então temos um PC bonitinho, cheirosinho e que dá gosto de usar o Windows 8.1 64 bits com uma placa de vídeo de se fazer inveja a qualquer computador da NASA e, então chega a famosa Steam Sale, JOGOS COM 50% DE DESCONTO, não, 75%, 90%, ai meu santo cartão de crédito, que que eu faço pelas barbas dos profetas, tantas promoções, mas tão pouco dinheiro!

A pessoa começa comprando um ou outro jogo e, por fim, está lá, com 100, 200, 300 jogos comprados e se for jogar Team Fortress 2 é muito. Então vendo pelo outro lado, temos um jogador de PC que pode ter gastado pouco, mas, ainda assim com muito sacrifício, gastou centenas de reais, parcelado em várias vezes, para não jogar nada e ter um colecionismo ilusório digital.

É, vivemos uma vida dura de jogador de videogame, de um lado temos abundância, mas do outro, temos de viver certos sacrifícios. De um lado, sendo um jogador de console – seja portátil ou de mesa – com poucos jogos a preços camaradas e que exigem o sacrifício para serem comprados e do outro temos os jogadores de PC que tem à disposição milhares de jogos a custos baixos, mas que precisam de computadores realmente potentes para poder rodados a contento.

Eita vidinha dura de ser um gamer brasileiro, onde só se vê custos e nada mais!

Qualquer semelhança com o que passa o autor diariamente não é mera coincidência.


Gamers e seus… Mimimi


agua-com-gas

Tem gente que não gosta e fica falando horrores de quem gosta. Para que isso?

O mundo é cheio de frescuras que nos desunem todos os dias. Política, futebol, religião, livros, séries e, até mesmo, jogos de videogame, mas a pergunta que eu deixo é: Para que sermos tão obtusos ao ponto de não respeitarmos o gosto alheio? Será que você vai morrer só porque alguém gosta de Crepúsculo, da Nintendo ou de beber água com gás?

Os problemas que nos cercam no dia a dia – que não deveriam existir na verdade – já dá um trabalho dantesco para conseguirmos viver a vida com um pouco de dignidade, mas, ainda assim, achamos no direito de dizer que o cara que joga Team Fortress é um tremendo de um babaca que não sabe o que é a glória de jogar Call of Duty/Battlefield ou que só Pokemon é o único jogo que existe no planeta.

Para que continuar assim? Para que ser tão defensor de um produto ao ponto de sangrar os olhos e não ver que, na verdade, cada um tem o seu gosto particular? Quem tá ganhando milhões são as empresas e não você que tenta defender Sonic, Mario ou Crash Bandicoot. Quanto mais defende, mais você vai ser taxado de idiota, um ista sem noção.

Quando fazemos as nossas brincadeiras aqui, tentamos relembrar de uma maneira saudável a 16-bit Wars, pois, antes de ser algo a ser engajado, a mesma na verdade foi uma gigantesca brincadeira entre as empresas onde quem ganhou com isso foi o consumidor. Quem aqui não se lembra dos trocentos jogos que saíram para os dois consoles e que muitos destes títulos foram criados primeiramente nestes consoles?

Uma das grandes guerras do século XX

Uma das grandes guerras do século XX

Aquela briga para com consumidor, a concorrência, foi algo saudável para a indústria, que precisou se reinventar, se consolidar e dar a todos aquilo que ansiamos, JOGOS BONS E CATIVANTES, coisa cada vez mais rara nos dias de hoje.

Então, que tal ao invés ainda de ficar de mimimi Sonic é melhor que o Mario e Crash é pior que Pac-man, ir jogar um pouco de videogame com seus amigos?

Creio que seja algo mais saudável quando cultivamos o discurso sobre jogos eletrônicos antes de mais nada. Sempre trazendo aquela essência nostálgica sobre um ou outro ponto, sem necessariamente, ficar atacando todos que são contrários as nossas visões, opiniões, filosofias e escolhas.

Esta eterna luta entre o bem (minha opinião) e o mal (a opinião dos outros) um dia vai estourar e será um deus nos acuda. Não seria melhor começar a pensar um pouco mais a respeito sobre esta questão? O que realmente estamos ganhando com isto, além de horas e horas de dor de cabeça sem necessidade?

Deixem esse povo que acha que o Wii U é o melhor console do mundo, ou o PS4 ou One, porque fã que é fã de jogos eletrônicos, vai jogar de tudo um pouco, seja de forma legitima ou de forma genérica!


Ser Jogador no Brasil é coisa de Rico?


Um bom dia, boa tarde ou boa noite. Estou aqui, por estas breves palavras, para introduzir-me aos leitores deste ótimo site. Sou Daniel Gomes, fui convidado pelos administradores daqui para escrever algumas parcas linhas opinativas para ajudar você, gamer, leitor, consumidor, marketeiro ou um simples curioso, a pensar um pouco neste mundo de sons e imagens que tanto adoramos. O que eu sou? Um ser humano perturbado que trabalha na área de Análise de Sistemas. De onde? De Fortaleza e, por agora, chega de falar da minha pessoa. Vamos seguir em frente por aqui!

Antes de forçar você, leitor, a continuar a leitura de um texto que poderia ser longo ou não, a resposta para a minha pergunta é SIM.

Depois disso, vamos tentar dialogar do porque da natureza desta resposta que segue consonante com aquilo que vemos nos dias de hoje – na verdade antigamente também – aqui no Brasil.

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Há algumas semanas a EA anunciou o seu jogo para a Copa do Mundo de 2014, que vai ser sediada aqui no nosso adorável país, com as suas belas musas e praias tropicais, onde ninguém se queixa de nada e tudo funciona as mil maravilhas. Com este tipo de pensamento, podemos até achar que vivemos num paraíso – que só é assim para os ricos e abastados -, coisa que não é bem verdade.

O anúncio deixou muitos fãs do esporte chamado Futebol com os ouvidos em pé, pois o mesmo viria com todos os jogadores psicografados e todos os nossos estádios virtualmente lindos – só no virtual, porque na real… – e pelos preços praticados na antiga geração, que já estavam entre 79 e 149 reais os lançamentos, muita gente estava já colocando a mão no bolso para pagar por mais uma DLC da EA…

Estavam, pois a EA anunciou que o mesmo seria vendido por nada menos que 250 reais, é isso aí amigos, DUZENTOS E CINQUENTA DILMINHAS! Se comparado com a versão americana, que está custando 60 dólares e 50 euros nas Oropas, só aqui no país tupiniquim se paga mais caro por algo que, sinceramente, é bem meia boca.

Depois de um certo tempo e com a velha desculpa da diferença cambial, o jogo seria vendido por 199 reais – o que não deixa de ser extremamente caro e oportunista – para o PS3 e o XBoX 360.

Daí fica-se aquele amargor na boca e a pergunta mais frequente de todas. Será que o brasileiro, com o que ganha em média, consegue arcar com os custos de jogatina? Se você for trabalhador e que ganha dois salários mínimos, tem conta para pagar e é solteiro, a resposta é quase certamente não. Seria mais folgado ser um jogador por aqui se você ganhasse três ou mais salários mínimos ou, no caso, comprar um console e comprar, num máximo, uns 3 ou 4 jogos por ano.

E estes dois hein? 2.299 e 4.000 dilminhas respectivamente não é para qualquer um!

E estes dois hein? 2.299 e 4.000 dilminhas respectivamente não é para qualquer um!

Claro que temos as alternativas online, onde alguns jogos podem sair de graça ou a preços de banana, mas, ainda assim, não é todo mundo que pode dar 700, 800, 1000, 2000 ou 4000 reais num console e mesmo quando o fazem, não podem arcar com os custos adicionais que estes aparelhos dão ao dono. Controle adicional – com ou sem fio -, adaptador para não sei o que, assinatura mensal ou anual e mais um monte de apetrechos para arrancar dinheiro do consumidor.

Com os custos Brasil que pesam por demais no bolso dos cidadãos deste país, tentar alimentar uma jogatina pode sair mais caro do que pagar uma boa faculdade e não é todo mundo, desde que videogame veio a ser lançado no Brasil, pode arcar um custo enorme como este, diferente de nossos amigos viciados nos EUA e na Europa.

Enquanto tivermos empresas que pensam que consumidores são idiotas e que podemos pagar 3 vezes mais o preço de que era para ser cobrado num produto, o país não vai para frente e o consumo e o endividamento só ferra o consumidor.

Ou, pelo visto, só tem rico no país.