Author Bruna Novo

Publicitária do interior do Rio de Janeiro mudou-se para São Paulo em busca de uma oportunidade no mercado de games. Passou pela Hoplon, Atrativa e Hive Digital Media especializando-se na atuação como social media e community manager com foco em jogos.


Padrões de beleza nos games – Quem são os personagens gordinhos?


Fala-se muito sobre os padrões de beleza femininos nos games, publicidade e televisão em geral, mas fala-se pouco sobre os padrões estéticos masculinos, que nos games são ainda mais fortes e padronizados do que em demais mídias. Já repararam como personagens gordinhos tendem a ser ridicularizados em produções cinematográficas e até nos games? Porque não podemos ter em um jogo um protagonista que fuja dos padrões estéticos do Dante de Devil May Cry, do Leon de Resident Evil ou do Gabriel Belmont de Castlevania? Proponho observarmos alguns dos os personagens gordinhos mais conhecidos dos games e avaliar se a representação é justa:

E. Honda do Street Fighter é um lutador de sumô que ficou aborrecido pelo mundo não leva o sumô a sério, e jurou que provaria que os lutadores de sumô são os maiores lutadores do mundo. O Tapa de Cem Mãos é prova disso. Sua força é conhecida por todos que curtem a série de jogos.

Mario, nosso encanador favorito é “rechunchudinho”, bigodudo e uma graça! Todos amam e como não amar? Aqui vemos o clássico gordinho fofinho, uma representação bastante usada também para criaturinhas coloridas e que são ótimas companheiras. Protagonista de sucesso, Mario é um campeão indiscutível.

Gragas de League of Legends, acha que a única coisa mais importante do que lutar é beber. Possui uma sede insaciável por fermentações o que o levou a buscar os ingredientes mais potentes e inconvencionais para jogar em seu alambique. Impulsivo e imprevisível, o beberrão badernista adora abrir, na mesma medida, barris e cabeças. O cara é badass. 

Boomers, do Left 4 Dead são Infectados  gordos que regurgitam um denso jato de vômito nos sobreviventes (cara que nojo!), a substancia os cega temporariamente e quando morrem, eles explodem cobrindo todos os sobreviventes que estão por perto com o que sobrou do vômito em seu interior. Sem mais.

Dr Robotnik, ou Dr Eggman é um vilão do jogo Sonic com um QI de 300, quer dominar o mundo e transformar tudo em robôs.

Boogerman do jogo Pick and Flick Adventure é um milionário excêntrico cujas armas como super-herói incluem flatulência, ranho e arrotos. Gente… porque?

Earthquake do game Samurai Shodown é do Texas e sabe ninjutsu mas acaba usando  isto como vantagem para se tornar um bandido, sendo o líder de sua própria gangue e decide roubar todos os tesouros do mundo. Gordinhos são muito usados como vilões, perceberam?

Rufus, do Street Fighter, é um lutador americano de Kung-fu obeso. Ele se declara maior e melhor lutador da América  e considera Ken seu rival. Ele luta para provar que ele é melhor do que Ken mas infelizmente usa uma roupinha colada do Kill Bill que não fica nada legal nele.

Scott Shelby, um dos quatro personagens jogáveis de Heavy Rain, é um policial aposentado que trabalha como detetive particular. Em nome das famílias das vítimas anteriores do Assassino do Origami, ele conduz sua própria investigação sobre o caso. Um dos poucos que pode ser levado a sério aqui.

Robert “Bob” Richards da série Tekken, é um americano que era conhecido como um gênio das artes marciais. Porém, incapaz de derrotar oponentes maiores, ele desapareceu do mundo dos combates, determinado a aumentar o seu peso e a sua força enquanto mantém a velocidade. Bob entra no torneio para testar suas novas habilidades e o novo tamanho, o personagem continua forte e poderoso.

Pode-se dizer que no geral o personagem gordinho acaba sendo o fanfarrão e beberrão mal humorado, o repulsivo, o fofo ou o ridículo, sendo poucas vezes um personagem de sucesso e cuja força encontra-se nas suas ações, decisões e em sua história de vida. 

A verdade é que  falta diversificar os personagens femininos e masculinos, oferecer mais opções de vestuário, de perfis, histórias, falta também mostrar que a força desses personagens não está na sua aparência e sim na sua personalidade e naquilo que os torna quem são dentro daquele contexto. Nós gostamos de jogos bonitos e adoramos uma protagonista gostosa, mas os games continuam seguindo uma série de estereótipos que a sociedade cada vez mais tende a questionar.

Por mais que os games e sua narrativa tenham evoluído é preciso perceber que personagens gordinhos não precisam se limitar ao lugar-comum, a estereótipos cômicos, malvados ou ridículos. Personagens acima do peso podem ser interessantes, bem desenvolvidos e podem sim conquistar os fãs. Para isso é preciso ultrapassar a linha tênue que divide a luta justa contra o preconceito da típica conversa politicamente correta que tanto vemos por aí.

Resumindo… Quero um protagonista de game gordinho que seja forte, inteligente e bem sucedido! Pode ser?

Afinal de contas, de personagens idênticos, os games já estão cheios…

 


Youtube, Twitch e o futuro da gravação de Gameplays


O mundialmente conhecido e acessado YouTube, pretende comprar a Twitch, empresa especializada em streaming de vídeos de games, por mais de 1 bilhão de dólares. A notícia foi divulgada pela revista Variety e pelo jornal The Wall Street Journal que classificaram a negociação como “iminente”, ou seja, trata-se de um contrato praticamente certo e em vias de ser concretizado. 

A Twitch foi fundada em 2011  pelos co-fundadores do Justin.tv, Justin Kan e Emmett Shear e desde então se transformou na mais importante plataforma mundial de streaming de vídeos de games. Segundo dados publicados pelo DeepField, um milhão de usuários únicos transmitem vídeos utilizando a plataforma todos os meses, chegando até mesmo a apresentar picos maiores de tráfego que o próprio YouTube.

Na onda de aquisições e negociações surge um rumor, diversas fontes confirmaram ao Re/code que o Yahoo se prepara para colocar um novo site de vídeos no ar. Supostamente para conseguir competir com o Youtube, o site de vídeos do Yahoo ofereceria benefícios para canais populares do YouTube, ajudando-os a gerar receita suficiente para crescer como empresas viáveis e se aproveitando de uma falha conhecida da concorrente. Outros rumores mencionam a compra do site News Distribution Network (NDN) por cerca de US$ 300 milhões.

youtube-twitch-youtwitchMas como isso afeta os produtores de conteúdo online, os jogadores e o mercado de games? O tema será discutido hoje à noite, às 20h em um hangout onde um grupo de amigos se reúne para falar sobre games, discutiremos a investida das fabricantes de consoles nesta área e como essa tendência está mudando a maneira como buscamos informações sobre determinados jogos, além da indústria como um todo. Participe deixando comentários e perguntas no Twitter, pelo canal do Youtube e pela hashtag #VidaExtra.

Para assistir e participar da nossa conversa sobre o streaming de vídeos hoje às 20h, acesse o canal Vida Extra.


A “maldição” dos games que viraram filmes


Estaria o cinema assim tão distante dos games que toda adaptação de um jogo para o cinema estaria fatalmente destinada ao fracasso e a rejeição dos fãs e admiradores da cultura gamer? A verdade que todos nós já sabemos é que os filmes muitas vezes não são bons e passam longe de retratar a experiência sentida pelo jogador quando ele está no comando. As produções costumam ser decepcionantes e poucos foram os sucessos de bilheteria. Conheça abaixo alguns clássicos fracassos de adaptações de games para o cinema:

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“Super Mario Bros.” (1993)

O roteiro bizarro coloca os encanadores do Brooklyn em uma dimensão paralela onde os dinossauros não foram extintos e evoluíram como os seres humanos – WAT?

 

double dragon poster“Double Dragon” (1994)

Tá. Esse aqui até que foi mais ou menos. O enredo é semelhante ao do jogo, se passa em um mundo pós-apocalíptico onde gangues brigam nas ruas em disputas de territórios. O filme passou a ser um relativo sucesso quando foi lançado nas locadoras atraindo a molecada que na década de 90 tinha esse hábito.

 

street“Street Fighter” (1994)

Jean-Claude Van Damme reinava com o cabelinho do Guile e o enredo do filme passou longe do jogo em vários pontos, Chun-Li era uma repórter, E. Honda cinegrafista e Blanka virou um monstro após uma experiência feita por Dhalsim – mas de onde tiraram essa ideia?! Para piorar a cantora Kyle Minogue interpretou a Cammy. Só por Deus.

 

mortal“Mortal Kombat” (1995)

Os cenários, os atores a história e seus personagens não fugiram muito do que foi visto no jogo, até o monstro Goro, um dos chefes finais, aparecia com seus quatro braços no filme. Bem legal.

 

tomb“Tomb Raider” (2001)

Angelina Jolie, sua linda, sua beleza foi o destaque,  as cenas de ação não agradaram muito, embora o filme tenha obtido sucesso comercial. Rolou até uma continuação em 2003, “Tomb Raider: The Cradle of Life”, mas o sucesso não foi o mesmo.

 

resident“Resident Evil” (2002)

Oi Alice, em qual jogo você aparece mesmo? Enfim… O roteiro segue mais ou menos o do jogo exceção da personagem principal, inédita na série. Personagens conhecidos dos fãs como Jill Valentine e Chris Redfield  fazem pequenas participações nos filmes que tiveram quatro sequências: “Resident Evil 2: Apocalipse” (2004), “Resident Evil 3: A Extinção” (2007), “Resident Evil 4: Recomeço” (2010) e “Resident Evil 5: Retribuição” (2012). O filme “Resident Evil 6” que será lançado para 2015.

 

final“Final Fantasy” (2001)

O problema aqui foram os personagens, eles não pareciam ter vida, além de movimentos mais duros do que os heróis dos videogames, falharam em não ter retratado elementos conhecidos da série, como as magias e batalhas.

 

prince“Prince of Persia” (2010)

O filme tinha tudo para ser o melhor filme baseado em games já feito, a expectativa foi alta, mas abusando dos efeitos especiais e com um roteiro reescrito diversas vezes, o filme foi bom mas não bombou. Vai entender.

 

Entre outras produções conhecidas, temos Dwayne “The Rock” Johnson que lutou contra demônios em “Doom: A Porta do Inferno” (2005), Christian Slater que viveu Edward Carnby em “Alone in the Dark: O Despertar do Mal” (2005), o diretor Christophe Gans, responsável por “Terror em Silent Hill” (2006) que utilizou a trilha sonora dos próprios jogos em sua adaptação, o alemão Til Schweiger que interpretou Jack Carver em “Far Cry” (2008), Timothy Olyphant no papel do Assassino 47 em “Hitman” (2008), Mark Walhberg em “Max Payne” (2008) e a canadense Kristin Kreuk como Chun-Li em “Street Fighter: The Legend of Chun-Li” (2009).

Fica nossa dúvida, qual será o erro dos roteiristas, diretores e produtores na adaptação, falta jogar? Falta conhecer e respeitar o enredo dos games? Com tantas produções que erraram em pontos semelhantes, ficamos sem saber o que esperar do futuro das adaptações, apenas torcemos para que os responsáveis pelas próximas produções compreendam a necessidade de se aproximar dos jogos na busca por retratar nas telas a experiência que o jogador tem nos games.


Conheça 8 Games que viraram livros


Com o grande sucesso dos games, diversas séries se tornaram populares e acabaram atraindo a atenção de escritores que buscando conquistar tanto os fãs dos jogos quanto de uma boa leitura, criaram livros baseados nos jogos que acrescentam detalhes imperdíveis sobre suas histórias. Confira uma lista com alguns dos maiores sucessos:

Mass Effect

Mass Effect é uma série de jogos de RPG lançado para Xbox 360, PlayStation 3 e Windows.  Sua missão é salvar a galáxia da terrível raça dos Reapers e de seus seguidores.

Mass Effect: Revelação é o primeiro livro adaptado da franquia, lançado pela editora Record. Criado por Drew Karpyshyn, escritor e roteirista de jogos de videogames e também responsável pelos livros da saga Star Wars, ele serve como um prólogo para o primeiro jogo da série. O enrendo é focado no tenente David Anderson, mostrando seu encontro com Saren, um implacável Espectro Turian. O livro também conta como Anderson falhou ao tentar se tornar o primeiro Espectro humano.

Mass Effect: Ascension se passa entre Mass Effect 1 e 2, explora diversos elementos da série Mass Effect, dando detalhes que não são encontrados no jogo, principalmente do grupo Cerberus.

Mass Effect: Retribution, o último escrito por Drew Karpyshyn, detalha o processo de doutrinação dos Reapers, estendendo a história de Paul Grayson, ex-agente Cerberus.

Mass Effect: Deception é o último livro adaptado da saga. Diferente dos outros escritos por Drew Karpyshyn, este foi obra do autor William C. Dietz. Ele se passa entre os acontecimentos de Mass Effect 2, após o livro Retribution.

World Of Warcraft

World Of Warcraft é um MMORPG da produtora Blizzard, é um jogo online em que jogadores de todo o planeta assumem papéis de heróis fantásticos para explorar um mundo virtual repleto de magia, mistério e aventuras sem limites e onde cada jogador possui um conjunto específico de habilidades e talentos que define o papel de seu personagem

World Of Warcraft – Marés de Guerra, que já virou um best-seller no Estados Unidos, sua história tem como protagonista a renomada feiticeira Jaina Proudmore, que continua sua luta para manter a duradoura paz entre a Aliança e a Horda. O livro relata o avanço dos conflitos entre os dois grupos e prepara o palco para os acontecimentos de Mists of Pandaria, a mais recente expansão do game.

Assassin´s Creed

Assassin´s Creed é uma série de jogos de ação-aventura e stealth da Ubisoft, criada por Patrice Marla Desilets. A série é centrada em uma eterna batalha travada entre assassinos e templários ao longo da história da humanidade.

capa assassins

 Assassin´s Creed – Renascença: Traído pelas famílias que governam as cidades-estado italianas, um jovem embarca em uma jornada épica em busca de vingança. Para erradicar a corrupção e restaurar a honra de sua família, ele irá aprender a Arte dos Assassinos.

Assassin´s Creed – Irmandade: Roma, outrora poderosa, jaz em ruínas. A cidade está impregnada de sofrimento e degradação, os seus cidadãos vivem sob a sombra da impiedosa família dos Bórgia. Apenas um homem poderá libertar o povo da tirania Bórgia: Ezio Auditore, o Mestre Assassino.

Assassin´s Creed – A Cruzada Secreta: Altaïr embarca numa missão  que o levará pela Terra Santa mostrando-lhe o verdadeiro significado do Credo dos Assassinos. De modo a provar o seu empenho, Altaïr terá de derrotar nove inimigos mortais, incluindo o líder dos Templários. A história da vida de Altaïr é contada aqui pela primeira vez: uma viagem que vai mudar a história; a sua batalha interminável contra a conspiração dos Templários.

Assassin´s Creed – Revelações: Escrito por Oliver Bowden, o livro traz de volta o herói de Renascença, o primeiro livro da coleção. Mais velho, sábio e ainda letal como nunca, o Mestre Assassino Ezio precisa refazer os passos do legendário Altaïr numa jornada de descoberta e revelações.

Assassin´s Creed – Renegado: A luta entre a Irmandade dos Assassinos e a Ordem dos Cavaleiros Templários é levada até a Guerra de Independência dos Estados Unidos. Na Londres do século XVIII, Haytham Kenway é ensinado a lutar assim que se torna capaz de empunhar uma espada. Quando a propriedade da família é atacada — o pai assassinado e a irmã raptada —, Haytham defende seu lar da única maneira que pode: com sangue.

 Assassin´s Creed – Bandeira Negra: Escrito por Oliver Bowden, o livro começa em 1715 e conta a história de Edward Kenway, um notável pirata e corsário que viveu na Era Dourada dos Piratas. Ele é o pai de Haytham Kenway e avô e Ratonhnhaké: ton (Connor Kenway), personagens apresentados aos leitores em Assassin’s Creed: Renegado. Assassin’s Creed: Bandeira negra mistura exploração naval com combate e aventuras, tanto em terra quanto no mar das Caraíbas.

 Battlefield

Com o grande sucesso da franquia Battlefield, principalmente pelo seu realismo na simulação de operações militares, o game também teve o terceiro jogo da saga adaptado em um livro.

Battlefield 3: O Russo, lançado pela editora Record, conta a trama do do russo Dima Mayaskovsky e do sargento americano Blackburn, que precisam salvar Nova York e Paris de uma ameaça nuclear.

Bioshock

Bioshock é uma série de tiro em primeira pessoa desenvolvida pela Irrational Games, que conquistou os fãs com seu visual da década de 60 ao longo da sua trilogia.

Bioschock: Rapture é um prólogo para a sequência de acontecimentos do primeiro jogo, sendo considerado uma das adaptações mais fieis já feitas. Lançado pela editora Novo Século, além de descrever e dar detalhes precisos da cidade, da ambientação de principalmente dos personagens.

God of War

God of War é uma das séries exclusivas da Sony que rapidamente ganhou popularidade graças a temática e, principalmente pelo seu personagem Kratos.

God Of War: A História Oficial que deu origem ao Jogo foi escrito pelos norte-americanos Matthew Stover e Robert E. Vardeman, autores experientes em ficção e fantasia. Apesar do título, o livro não é uma transcrição da história do aclamado jogo contando em detalhes a trama envolvendo os deuses, que ficaram subentendidas na história do jogo.

Uncharted

Uncharted, série de sucesso da Sony, desenvolvida pela Naughty Dog, possui uma mistura de aventura com tiro em primeira pessoa, contando a história do protagonista Nathan Drake.

Uncharted: O Quarto Labirinto se passa antes do primeiro jogo, o livro parece ser mais voltado para os fãs e não explica tantos detalhes para aqueles que não jogaram o game.

Halo

Halo é sem dúvidas a principal franquia exclusiva dos consoles da Microsoft e  possui uma série de jogos e histórias em quadrinhos, mas também ganhou um livro lançado pela Editora Planeta.

Halo Cryptum: a Saga Dos Forerunners conta a história que originou o game Halo, expande e acrescenta informações ao universo de Halo, mas não apresenta tantas cenas de ação quanto os jogadores estão acostumados.

Halo Primordium: A Saga Dos Forerunners é a sequência da saga dos Forerunners,  amplia ainda mais o universo de Halo visto no primeiro livro, mas mantém seu foco nos Forerunners. Bem diferente do jogo de ação, a narrativa é mais lenta, até mesmo que o primeiro livro e é  voltada mais para os detalhes e história dos personagens.

Halo Silentium: A Saga Dos Forerunners fecha a trilogia com o mesmo padrão dos dois livros anteriores, intercalando as narrativas sempre em primeira pessoa. O foco da ação também não é tão presente, principalmente pelo toque dramático do final da narrativa. Ainda assim, ele acrescenta valiosas informações ao universo de Halo e explica as origens dos Forerunners, dos Precursores, do Flood e até mesmo dos humanos.

E não para por aí… também foram lançados livros sobre Diablo, StarCraft e Resident Evil. E aí, algum ficou de fora?

Fontes: TechtudoLivros em Série & Sos Solteiros.


As dificuldades de lidar com o ódio dos consumidores de Games


Vamos falar sobre HATERS.

Eles estão por toda parte, nas ruas, no seu trabalho, nas redes sociais e claro – nos games. Lidar com o público gamer é extremamente prazeroso, não me entendam mal: são divertidos, inteligentes, brincalhões e a troca com eles é sempre maravilhosa. Mas nem tudo são flores. Uma vez insatisfeito, o consumidor “nativo digital” se movimenta em uma grande corrente de ódio contra empresas, páginas, comunidades e funcionários, direcionando toda a sua frustração para o primeiro ponto de contato que encontra. Mas, como lidar? Uma vez diante do ódio dos consumidores gamers é importante foca-se em um plano de gerenciamento de crise.

haters2O que o jogador insatisfeito quer? O que qualquer consumidor insatisfeito quer, só que um pouco mais rápido – ele espera respostas e mudanças. É importante conversar com transparência e não tentar “esconder” a crise. Quando lidamos com haters, muitas vezes esse diálogo com transparência fica um pouco mais difícil, mas ainda assim é preciso tentar dialogar antes de avaliar a necessidade de tomar demais providências. Responder a críticas e mais – ler essas críticas e avaliá-las com a mente aberta é ainda mais importe. Muitas vezes, aquela crítica em um fórum ou na sua postagem no Facebook pode ser uma ótima sugestão e uma crise pode ser uma grande oportunidade.

As dificuldades em se lidar com o ódio dos consumidores gamers não se restringe a fóruns e redes sociais, muitas vezes a rejeição se torna uma obsessão e se estende para perfis pessoais de desenvolvedores e membros da comunidade. Neste caso, a situação se torna muito mais séria e lidar com o ódio dos jogadores passa a ser muito mais difícil. O que se tem visto na internet é um movimento de direcionamento do ódio, quando o jogador insatisfeito direciona sua frustração, com o jogo ou com a empresa para uma pessoa como se a culpa de toda a insatisfação fosse dela, exclusivamente.

Recentemente um caso desse tipo de agressão virtual foi relatado no site Kotaku, um desenvolvedor, que preferiu permanecer anônimo contou sua experiência aterrorizante, confira um trecho de seu relato:

Caros consumidores e fãs de videogames,

Você não me conhece. Mas você deve conhecer alguns dos jogos que eu ajudei a criar. E, conforme eu chego ao fim de uma jornada de trabalho em mais um título AAA, eu começo a ficar animado só de pensar em todas as pessoas que vão gostar do meu jogo. Mas eu também começo a abominar aqueles que vão odiá-lo.

Dentre as milhões de pessoas ao redor do mundo que vão comprar e amar o meu jogo, apenas algumas milhares vão invadir a internet para gritar todo o seu descontentamento – como o jogo está quebrado, bugado, como ele é horrível. Claro, sempre haverá a crítica. O mundo precisa de críticos. Mas eu não acho que há justificativa para ataques tão negativos contra pessoas, esse discurso de ódio beirando a crueldade contra pessoas que trabalharam mais de 12 horas por dia ao longo de semanas, meses e anos para lançar um jogo da melhor maneira possível.

18blya8ehd065pngReconheço que todo feedback é válido e necessário. Se a gente errou e nosso jogo está bugado, você deve nos falar. Eu não quero lançar um produto quebrado. Mas coisas como “Eu espero que os idiotas que fizeram esse jogo se matem depois de matarem sua família” fazem com que eu pense em desistir do trabalho e da indústria dos games. Eu perco a esperança nas pessoas quando vejo declarações deste nível se espalhando pela internet, com insultos contra desenvolvedores que trabalham duro e amam os games que fazem.

Eu não sou o Cliff Bleszinski. Eu não sou o Ken Levine. Sou apenas um cara que já viu muito ódio desnecessário por conta de algo que deveria ser apenas entretenimento. Eu sou relativamente novo na área – trabalho com games há cinco anos – mas eu nunca vi esse tipo de ódio em outras indústrias. Será que milhares de pessoas saem por aí dizendo que querem matar o Tom Cruise se ele não atua do jeito que deveria em uma cena? Eles podem criticar o Tom Cruise, mas não vão falar para ele se matar porque não gostaram do que ele fez. Honestamente, todo esse ódio me faz querer desistir de trabalhar com games para sempre.

Eu trabalho mais de 80 horas por semana não porque eu sou obrigado, mas porque eu amo o que faço. Existem muitos outros como eu. Para alguns, sim, é por causa do dinheiro. Mas eu sou um assalariado. Eu quero que meus jogos tenham sucesso. Eu quero que as pessoas curtam meus jogos.

E agora as pessoas vêm com insultos horríveis em fóruns, redes sociais e até em mensagens enviadas aos e-mails dos desenvolvedores. Me deixa perplexo saber que isso ficou comum. Por que isso é aceitável? A maioria dos jogadores não tem ideia do que acontece no processo de desenvolvimento de um jogo ou como é difícil coordenar centenas de pessoas para um trabalho em conjunto, e eu fico maluco ao ver os comentários agressivos desses caras.

Não que eu queira que as pessoas se autocensurem. Eu apenas quero que as pessoas pensem um pouco mais no que estão falando, e talvez reflitam se devem mesmo agredir e degradar as pessoas que gastaram tempo e energia produzindo jogos, mesmo que os jogos não sejam lá essas coisas.

haterNão vamos esquecer que os jogos são feitos por pessoas que também amam games. Eu como, durmo e respiro videogame, e isso sempre fará parte da minha vida.

Vale destacar que as nossas palavras têm impacto nas vidas das pessoas que fazem jogos, que gerenciam redes sociais e fóruns, nossas palavras podem mudar a vida de um desenvolvedor, atendente ou designer. Se você compra um produto defeituoso, reclame. Se comprar ou fizer o download de um jogo que tem problemas, fale abertamente sobre eles nos pontos de contato que encontrar para isso, mas, por favor, seja educado. Seja respeitoso com as pessoas que ajudam a fazer o mercado jogos, os que você ama e também os que você odeia.

Diante do próximo grande lançamento, de uma atualização daquele jogo que você é fã, lembre-se de que, independente da sua insatisfação, ninguém merece ser tratado como se não fosse um ser humano.


Produtor de jogos: Os desafios da publicação de games no Brasil


Cerca de 35 milhões de brasileiros compram consoles, jogos e games para PCs, tablets e smartphones fazendo o setor faturar algo em torno de R$ 5 bilhões por ano – e a estimativa é que supere os 75 bilhões até 2017. Aqui no país as vendas de games cresceram 25% entre 2012 e 2013, segundo a GFK. Em 2012, o crescimento registrado foi de 134%. Apesar do crescimento e da tecnologia para criar e publicar jogos no Brasil estar cada vez mais acessível, são inúmeros os desafios e dificuldades de quem deseja trazer um jogo para o Brasil.

O Marketing & Games teve a oportunidade de conversar com Bruno Pansarello, Produtor de Jogos na Hoplon, desenvolvedora e publicadora nacional responsável por trazer ao Brasil jogos como APB Reloaded e Bounty Hounds Online. Bruno nos contou das dificuldades e prazeres do cargo que ocupa, tendo trabalhado em parceria com empresas como Blizzard, Ubisoft e tendo contribuído ativamente para a Machinima Network como recrutador, Bruno fala sobre sua longa experiência no mercado de jogos e dos desafios da publicação no Brasil.

Bruno Pansarello, Produtor de Jogos na Hoplon967655_10200802828711862_695509461_n
“Quando eu era pequeno, eu estava sempre pensando em mundos diferentes na minha cabeça, imaginando como seria isso ou aquilo, minha imaginação voava para bem longe e eu tinha idéias ilimitadas para tudo o que era tipo de aventura.” – “PansaJones” como veio a ficar conhecido mais tarde na internet foi parceiro de inúmeras desenvolvedoras nacionais e internacionais, contribuindo para a divulgação de diversos títulos populares. “Fui consultor de diversas empresas de jogos, fundei o Wowhelp um fansite do Jogo World of Warcraft e a Gamehelp um site de noticias que tinha como objetivo ter a qualidade e desempenho dos portais de jogos lá de fora. fui patrocinador de times de E-sports além de realizar e organizar campeonatos online dos jogos Starcraft II e League Of Legends. Cada vez mais tudo girava em torno de focar neste mercado até que tomei a decisão de largar tudo e seguir no mercado de jogos online.”

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APB Reloaded

Quando questionado sobre sua visão do mercado atual, Bruno relata o que todos nós imaginávamos: “O mercado de jogos no Brasil, de forma geral ainda é, por assim dizer, ‘como um bebe engatinhando’, isso dificulta muito a forma como um investidor ou empresa enxerga o videogame como produto, mesmo o Brasil sendo um mercado com um enorme potencial de crescimento. Além de ser um mercado ainda imaturo, temos dificuldade em encontrar veículos de mídia especializados no segmento de jogos, atualmente apenas o Youtube é capaz de oferecer esse grande impacto” Pansarello enfatiza que muitas empresa nacionais não valorizam o pequeno produtor de conteúdo e que para ele, o segredo de uma boa divulgação focada no público correto, muitas vezes está justamente em canais e blogs menores onde a participação da comunidade é mais forte e principalmente onde essa comunidade é ouvida.

Com o objetivo de cuidar prontamente da comunidade de jogadores que gerencia, Bruno Pansarello acredita que para garantir o sucesso da publicação de jogos no país é preciso estar focado no jogador brasileiro: “Parte imprescindível da adaptação de um jogo publicado no mercado brasileiro é que ele esteja não só apenas traduzido para nossa língua como também localizado – a localização é quando nossa cultura é inserida no contexto do game, para que o jogador tenha mais imersão e sinta-se parte do jogo.”

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Bounty Hounds Online

O ex recrutador do Machinima, finaliza a entrevista falando sobre as vantagens que o cargo de Produtor de Jogos traz: “Eu acho que primeiramente o cara que ocupada um cargo de produtor  tem que ser um jogador e claro gostar muito de jogos, acho que é isso que torna meu trabalho um prazer para mim. Eu preciso jogar e conhecer o meu produto e por isso eu tenho a vantagem de poder dizer coisas como: ‘Amor, hoje vou precisar trabalhar até mais tarde, estão implementando um novo sistema dentro do jogo, tenho que testá-lo’ sabe com é…”

O mercado de jogos nacional que vemos hoje, apesar do grande potencial de crescimento, ainda enfrenta diversos desafios que vão além de impostos contratos e mão de obra – para driblar a concorrência, empresas nacionais como a Hoplon se focam em cuidar de sua audiência, e em trazer e produzir jogos de qualidade para garantir sua sobrevivência e buscar alcançar o crescimento. Profissionais como o Bruno contribuem ativamente para que este seja um mercado cada vez mais NOSSO.


Estudo sugere que violência poderia estar relacionada a dinâmica do jogo


vid game violence picSentimentos relacionados a agressão experimentados depois de jogar videogame podem estar ligados mais a mecânica do jogo do que ao seu conteúdo violento , sugere um estudo. Os pesquisadores realizaram uma série de testes, inclusive envolvendo a realização de uma versão não – violenta do popular jogo Half- Life 2. Jogos modificados para induzir a  a sentimentos de incompetência – produziriam reações mais agressivas.

Para chegar a essas conclusões, a equipe de pesquisadores abriu uma investigação mais sofisticada sobre jogos violentos.

“Há uma necessidade dos pesquisadores que estão interessados ​​nestas questões e não apenas para escolher um ou dois games”, disse o Dr. Andrew Przybylski do Oxford Internet Institute, que realizou a pesquisa junto com colegas da Universidade de Rochester em os EUA. “Nós precisamos ter uma abordagem mais sofisticada, então estamos lendo toda a leitura disponível sobre os métodos experimentais.”

A ligação entre violência e jogos de videogame é um tema muito debatido entre os psicólogos. Um estudo recente sugere que jogar videogames violentos por longos períodos de tempo pode conter a “maturidade moral ” de adolescentes . Surgiram problemas com os adolescentes que passavam mais de três horas por dia na frente de uma tela, jogando continuamente esses jogos violentos, sem qualquer outra interação da vida real.

Evaporando inimigos:

timthumbO estudo da Universidade de Oxford, no entanto, acredita que este foi o primeiro a olhar para o impacto da mecânica de jogo na agressão. Os resultados foram publicados no Journal of Personality and Social Psychology. “A agressão decorre de não se sentir no controle ou de sentir-se incompetente ao jogar” disse Prof Richard Ryan da Universidade de Rochester. A pesquisa procurou estabelecer se era a violência nos jogos que fizeram os jogadores se sentem mais agressivo, ou uma combinação de outros fatores.

Seis estudos separados foram realizados. Um deles foi modificando o Half-Life 2 – um jogo aclamado pela crítica. Os pesquisadores criaram uma versão modificada, na qual, em vez de remover violentamente os inimigos, o jogador os fariam então evaporar. Esta versão foi testada junto com a versão normal, a considerada violenta. No entanto, apenas alguns dos jogadores receberam um tutorial antes de jogar o jogo para que eles pudessem se familiarizar com os controles e da mecânica de jogo. Os pesquisadores descobriram que foram os jogadores que não tiveram o tutorial que sentiram menos competente e mais agressivos, mais do que as pessoas que jogaram a versão mais violenta do jogo.

OkayFrustração:

“Estamos focados nos motivos que levam as pessoas a jogarem videogame e descobrimos que os jogadores têm uma necessidade psicológica de sair por cima quando se joga”, disse Przybylski. “Se os jogadores se sentem frustrados pelos controles ou o design do jogo, eles podem acabar se sentindo agressivos. Esta necessidade de dominar o jogo era muito mais importante do que se o jogo continha material violento.”

Jogos de computador:

Mais investigação sobre os efeitos a longo prazo dos games é necessária , dizem pesquisadores. “Os jogadores sem qualquer conteúdo violento ainda estavam se sentindo muito agressivos, se não tivessem sido capazes de dominar os controles ou progredir através dos níveis, no final da sessão.” Mais pesquisas são necessárias, o Dr. Przybylski disse, sobre os efeitos de longo prazo de video games de violência além de sentimentos iniciais de agressão. Co -autor Prof Richard Ryan, da Universidade de Rochester , disse: “O estudo não está dizendo que o conteúdo violento não afeta os jogadores, mas nossa pesquisa sugere que as pessoas não são atraídos para jogar jogos violentos a fim de sentir agressivas. Pelo contrário, a agressão decorre de não se sentir no controle ou incompetente enquanto joga.”

“Se a estrutura de um jogo ou o design dos controles frustra e mina o prazer, não é o conteúdo violento que vai conduzir os sentimentos de agressão.”

Artigo original na BBC News


Conheçam as mulheres que estão transformando o mundo dos games!


Em um meio predominantemente masculino, pouco a pouco a indústria vai se abrindo para a participação das mulheres. Conheça algumas dessas guerreiras que ocupam papéis importantes na indústria e que direta ou indiretamente, estão atuando para tornar este meio mais justo.

Robin Hunicke:

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Robin Hunicke é produtora, game designer e co-fundadora da Funomena. Hunicke começou seu trabalho com a “Electronic Arts”, onde se tornou designer para “The Sims 2: Open for Business”. Após seu trabalho em The Sims 2, Hunicke passou a designer-chefe para MySims no Nintendo Wii, e mais tarde, produtora de “Boom Blox” e sua sequência,” Boom Blox: Bash Party”. Em maio de 2008, foi escolhida pelo  Gamasutra como uma das Top 20 mulheres que trabalham na indústria de videogames. Em 2009, a Microsoft concedeu a Hunicke o prêmio de Mulheres em Gaming Award for Design. Ela também ganhou um lugar no Hot 100 Game Developers de 2009, lista por Edge Magazine.

Kellee Santiago:

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Kellee Santiago é projetista, produtora de games, e co-fundadora e ex-presidente da Thatgamecompany. Santiago produziu os dois primeiros títulos da desenvolvedora, Flow e Flower, concentrando-se mais em seu papel de presidente durante o desenvolvimento do terceiro jogo da companhia –  Journey.  Além de seu trabalho na Thatgamecompany, Santiago apoia o Indie Fund, um grupo que investe no desenvolvimento de jogos eletrônicos independentes. Ela espera mudar a indústria dos games, para que outras companhias tratem os jogos como um “meio criativo” ao invés de um produto de massa e tenta apoiar o desenvolvimento de jogos independentes ao financiar e conectar desenvolvedores indies.

Rihanna Pratchett:

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Rhianna Pratchett é roteirista de games, desenhista e jornalista. Rhianna já trabalhou em títulos como Tomb Raider, Mirror’s Edge, Prince of Persia e Thief. Pratchett é autora dos quadrinhos Tomb Raider: The Beginning com a Dark Horse e minisséries de Mirror’s Edge com a DC Comics, junto com vários de seus próprios contos. Ela tem contribuído para vários livros sobre jogos e narrativa incluindo o “Professional Techniques for Video Game Writing” e “Game Writing: Narrative Skills for Videogames”. Ela também trabalha com os “IGDA Writers ‘Special Interest Group”, dos Escritores “Guild of Great Britain” e BAFTA  para ajudar a melhorar as narrativas dos jogos e a grande quantidade de escritores em todos os lugares.

Lucy Bradshaw:

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Uma das mentes por trás da Maxis, além de supervisionar as séries “The Sims” e “Sim City”, Bradshaw também é vice-presidente sênior da EA desde 1997. Ela desempenhou um papel fundamental na evolução do jogo The Sims, que já vendeu mais de 100 milhões de cópias. Antes da Maxis, Bradshaw trabalhava com George Lucas na LucasArts Entreteniment, supervisionando o desenvolvimento de jogos como “The Dig, Secret of Monkey Island 2”, e “Rebel Assault”. Uma veterana da indústria de games e honrada como uma das “Mulheres Mais Influentes em Tecnologia” pela revista Fast Company, em 2008, Bradshaw é conhecida e admirada em toda a indústria para a sua paixão e dedicação.

Meggan Scavio:

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Por vários anos diretora da GDC e atualmente gerente geral, Scavio é responsável por um dos mais importantes eventos de games do mundo – responsável pela produção, pelo conteúdo e integridade do evento, ela é o elo de ligação entre a GDC e seu grupo de assessores do setor e mantém laços estreitos com as comunidades tanto de desenvolvedores quanto de editores. Ela também é o diretora da GDC China, um evento que ela lançou em Xangai, em 2007.

Kim Swift:

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Kim Swift é conhecida por seu trabalho na Valve com jogos como Portal e Left 4 Dead.  Kim e um grupo de colegas desenvolveram, um jogo baseado em Portal que mais tarde foi apresentado à Valve, o que levou a Gabe Newell, pessoalmente, oferecendo-se para contratá-los para que eles pudessem criar, Portal, jogo aclamado pela crítica. Kim  foi a líder da equipe de Portal, bem como designer de nível. Além do Portal, Swift esteve envolvida em outros projetos da Valve, principalmente Left 4 Dead e sua continuação, Left 4 Dead 2, onde também desempenhou um papel de liderança no desenvolvimento.  Em dezembro de 2009, Swift deixou a Valve para se juntar Airtight Games. Lá, em colaboração com a Square Enix, ela liderou a equipe que desenvolveu Quantum Conundrum.

Kiki Wolfkill:

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Kiki Wolfkill é  produtora executiva do estúdio 343 Industries da Microsoft, que é responsável pela franquia Halo. Além de desenvolver Halo 4 e Halo 5, Wolfkill tem sido responsável pela franquia transmídia que já engloba romances, quadrinhos, uma série web, e uma próxima série live-action produzido por Steven Spielberg. Kiki começou sua carreira como um motion graphics e cinematics. Ela já atuou como diretora de arte na Microsoft Studios, trabalhando com desenvolvedores de jogos em franquias como Forza Motorsport, Project Gotham Racing, Gears of War e Mass Effect.

Jade Raymond:

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Jade Raymond iniciou sua carreira como programadora para a Sony, trabalhou na Electronic Arts como produtora em The Sims Online. Em 2004 começou a trabalhar para a Ubisoft Montreal, onde foi nomeada como produtora de Assassin’s Creed – atuou como produtora executiva de alguns dos principais jogos da Ubisoft, como Splinter Cell: Blacklist.  Raymond mais tarde se juntou ao programa do G4 The Electric Playground e acredita que “Os jogadores-e-pessoas realmente querem se expressar, e quando eu penso sobre isso, nós vivemos em um tipo de em uma época de auto-expressão”, diz ela. “As pessoas querem jogar o seu caminho, eles querem criar suas próprias histórias, e eles querem compartilhar essas histórias.”

Jane McGonigal:

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Jane McGonigal,  é game designer de renome mundial, especialista em jogos de realidade alternativa – ou, jogos que são projetados para melhorar a vida real e resolver problemas reais. Ela acredita que os game designers estão em uma missão humanitária – e seu objetivo n º 1 na vida é ver um desenvolvedor de jogos em ganhar um Prêmio Nobel da Paz. McGonigal escreve e fala sobre jogos de realidade alternativa e jogos multiplayer online, especialmente sobre a maneira que a inteligência coletiva pode ser gerada e utilizada como um meio para melhorar a qualidade da vida humana ou a trabalhar para a solução de problemas sociais. Ela atua no Conselho de Administração para “Games for Change”, e para” Serious Games Summit” na “Game Developers Conference”.

Julie Uhram:

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Antes de ser responsável pelo OUYA, o primeiro console financiado coletivamente, Julie Uhram passou pelo iGN e Gamefly. Julie, quando esta se deparou com a migração dos desenvolvedores de jogos dos consoles para os aparelhos portáteis, devido ao ambiente mais aberto, imaginou se seria possível utilizar o sistema operacional aberto, o Android, em um console e, ao conversar com outras pessoas da área decidiu iniciar a criação do Ouya. “Eu sempre quis fazer parte da próxima grande coisa, e isso não mudou. Acho que voltei às minhas raízes, fazendo algo que eu amo e amando o que eu faço: jogo! Apesar de, desta vez, eu não estou tentando fazê-los, mas sim, eu estou tentando trazer os jogos mais inventivos e inovadores para a TV para que todos possam desfrutar.”

Amy Hennig:

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Amy Hennig é  diretora  e roteirista de games, tendo trabalhado para a  “Naughty Dog”. Ela começou seu trabalho na indústria com a “Nintendo Entertainment System”, com sua estréia no projeto “Michael Jordan: Chaos na Windy City”. Mais tarde, ela passou a trabalhar para a “Crystal Dynamics”, trabalhando principalmente na série “Legacy of Kain”. Com a “Naughty Dog”, seu trabalho tem sido em duas séries principais: “Jak and Daxter” e “Uncharted”. Com seu estilo de escrita, Hennig acredita que a direção criativa de um script tem maior importância do que os gráficos do jogo. Ela tem sido chamada de uma das mulheres mais influentes na indústria de videogames pela revista Edge, e tem sido citada como um exemplo de como as mulheres estão se envolvendo em um campo dominado anteriormente masculino.

Brenda Brathwaite:

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Brenda Louise Romero, anteriormente conhecida como Brenda Brathwaite, é  designer de games e desenvolvedora, Romero é mais conhecida por seu trabalho na série “Wizardry” dos videogames de RPG e, mais recentemente, a série não-digital “The Mechanic is the Message”. Ela tem trabalhado no desenvolvimento de jogos desde 1981 e tem créditos em 22 títulos de jogos. Para Wizardry, Romero é responsável desde design , nível de design, design do sistema e scripting. Ela também escreveu os manuais e documentação para alguns produtos na series. Romero forneceu a documentação para a premiada série “Jagged Alliance”. Ela também trabalhou em outros IPs notáveis, incluindo jogos como “Def Jam: Ícon”, “Playboy: The Mansion”, “Dungeons & Dragons: Heroes”, e outros.

Fiona Sperry:

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Fiona Sperry é co-fundadora da “Three Fields Entertainment” e co-fundadora e diretora do estúdio da “Criterion Games”. Esteve à frente de cinco aclamados jogos Burnout, de “Burnout 3 Takedown” até o altamente inovador “Burnout Paradise” em 2007, mais recentemente desenvolveu  “Need for Speed ​​Hot Pursuit” e “Need for Speed ​​Most Wanted”, pegando alguns Baftas ao longo do caminho. Se orgulha de ter sido produtora executiva de todos esses jogos, se diz uma grande crente em parcerias criativas.

Essas foram algumas das histórias de mulheres que a anos vem lutando pelo seu espaço na indústria gamer. Não estaria na hora de mudar este cenário de sexismo, discriminação e assédio que são comuns no meio profissional dos games? Com a presença cada vez maior de representantes fortes do sexo feminino neste mercado, estes problemas estão sendo cada vez mais denunciados e debatidos. E então – o que você tem a dizer sobre o assunto?


A indústria dos Games precisa de mulheres fortes!


Apesar do constante crescimento e amadurecimento do mercado de games no Brasil e no mundo, os estereótipos permanecem fortes e muitas vezes, parecem seguir uma “receita” de sucesso. O protagonista perfeito é um homem branco, forte, sedutor e campeão, em todos os sentidos. Já a mulher é eternamente representada como pobre a princesa em perigo.

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A relação do mercado de jogos com o público feminino é antiga e cheia de altos e baixos. Enquanto vemos protagonistas fortes como Ellie, Elizabeth, Lara Croft e Clementine quebrando os estereótipos e preconceitos que acompanham personagens femininas a tanto tempo, ainda temos a mulher sendo representada basicamente como:

  • A durona – é quase “um cara”, dispensa homens e normalmente trata seus companheiros do sexo masculino como imbecis;
  • A princesa em perigo – a delicadeza em pessoa, uma criatura totalmente inútil para história, serve de troféu – ou é um empecilho;
  • A fantoche sexual – alerta máximo de futilidade, ela está lá porque na mente dos engravatados (ignorantes) da distribuidora, seu corpo sensual significa lucro.

Devo confessar que esta realidade me assusta, tendo em vista o tamanho crescente da participação da mulher no público gamer – em outubro de 2013 foi divulgada pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos e Negócios em Marketing Digital da ESPM, SIOUX e pela BLEND NEW RESEARCH e o resultado mostrou que as mulheres já representam 41% dos gamers do país e que elas têm idade média de 32 anos. E nós, diferente do que muitos imaginam, não jogamos só no celular e no Facebook. Nós jogamos Metal Gear, Assassins Creed, Call of Duty, World of Warcraft.

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Se avançarmos para a participação da mulher na indústria de jogos, os números passam a ser assustadores: segundo o site The Border House, a maioria das áreas da indústria tem de 10 a 20% de representação feminina, mas algumas não passam de 5%. E aquelas que conseguem um trabalho no desenvolvimento de games ganham significativamente menos do que seus colegas homens. A maior porcentagem de mulheres na indústria está entre os produtores: 23% deles são do sexo feminino enquanto 77%, do masculino. A diferença mais alarmante, por outro lado, está nos setores de programação e engenharia e áudio, onde 96% dos trabalhadores são homens. E não é só isso.

tumblr_mwau1k7FwS1r1l2i7o2_500O preconceito com a mulher nos games vai muito além do estereótipo nos jogos e do salário. São pequenos atos de desrespeito que nós jogadoras sofremos no dia a dia, nas redes sociais, ao participar de grupos, fóruns e comunidades. Como uma jogadora que trabalha no mercado de games,  através de minhas participações em comunidades já fui acusada de ser um homem (?), já recebi convites explícitos para a realização de atos sexuais em postagens públicas em grupos do Facebook, já fizeram comentários desrespeitosos sobre partes íntimas do meu corpo, já recebi diversas mensagens – públicas e privadas  – de ódio. E claro, ameaças a violência física real, se tornaram em algum momento da minha vida profissional, algo bem menos assustador e passageiro.

Me pergunto quando foi que a “pedreiragem” ouvida em frente a canteiros de obras passou para o mercado de games, e no quanto isso é triste. O caminho é longo, mas creio que nós mulheres não iremos e não devemos desistir de ser uma representação digna, de espaço, reconhecimento e salários justos. De respeito as nossas opiniões dentro e fora dos jogos.

Nós mulheres gamers não queremos atenção – queremos protagonistas fortes como nós somos diariamente no mundo real. Queremos respeito, um mercado mais justo. Não podemos, como pessoas apaixonadas por jogos, deixar de cobrar a presença de personagens femininas reais. Seja com narrativas impactantes ou na percepção geral do perfil de quem é um gamer, nós só temos a ganhar com isso.

Fontes: Kotaku (1) e (2)GameReporter