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Conheça o “Girls Make Games” projeto que incentiva meninas a criarem jogos!


Atualmente, cerca de 48% dos jogadores no mundo todo são do sexo feminino, de acordo com relatório da Entertainment Software Association de 2014. Mas apenas cerca de 11% dos designers da indústria do games são mulheres. Para Laila Shabir, uma desenvolvedora americana que já estava cansada de ser a única mulher em sua equipe em um estúdio de jogos, essa disparidade de representação feminina é um indicativo de um ciclo auto-sustentável dentro da indústria de games e para mudar esse quadro, ela decidiu criar o “Girls Make Games“. O projeto é formado por uma série de acampamentos de férias internacionais, workshops e game jams que tem como objetivo inspirar a próxima geração de designers, criadoras e engenheiras. A equipe se empenha em proporcionar as alunas o acesso ao conhecimento através de jogos, programas e workshops. 10968441_1142618775753828_7963309861703207224_n

Segundo Laila Shabir: “Os jogos que estão sendo feitos tem forte apelo para meninos, para que os meninos joguem mais e, em seguida, eles crescem fazendo jogos. Eles também são os únicos que acabam fazendo jogos femininos para meninas. É um ciclo que precisamos quebrar. As estudantes universitárias têm me dito o quanto é sufocante estar em uma sala de aula cheia de meninos e que elas precisam de mais vozes para criar projetos mais interessantes. Para tornar um ambiente melhor para todos, é importante dispor de opiniões diferentes sobre assuntos diferentes.”

Criado em 2014, o projeto foi um sucesso e agora tem por objetivo ensinar 1 milhão de garotas a como desenvolver, programar e criar jogos até o ano de 2020. Nos acampamentos do “Girls Make Games” diversas áreas da indústria de jogos são abordadas, além de grupos de discussões com profissionais da indústria e oficinas sobre animação, board game design, engenharia de áudio etc. Um dos pontos mais legais disso tudo é que a criadora do projeto quer se certificar de que as meninas de diferentes origens socioeconômicas tenham a oportunidade de participar dos acampamentos – ela quer levar o projeto para bairros, cidades e escolas de menor renda para alcançar o maior número de meninas possível.

11229557_1142618642420508_2499315515963406795_n“Era para ser uma pequena oficina em nosso quintal”, disse Shabir sobre o começo do projeto em uma entrevista ao site Polygon. “O projeto se transformou e alcançou 14 localidades internacionais em apenas alguns meses. Cerca de 75% dos nossos alunos estavam em alguma forma de uma bolsa de estudos. Nós seguiremos o mesmo modelo para todos os nossos campos.”

Quando as meninas do “Girls Make Games” começaram o projeto, nenhuma delas sabia que elas acabariam no Kickstarter, não tinham qualquer ideia de que teriam tamanha visibilidade online, tudo o que sabiam era que elas queriam aprender e ensinar a fazer jogos. As garotas hoje entram nos acampamentos com um amor por videogames e saem de lá com conhecimento do processo de desenvolvimento criativo de jogos. Shabir está agora se movendo o mais rápido que pode para preencher essa imensa necessidade que ela descobriu das meninas de obter conhecimento em programação e design de jogos.

“Meu primeiro objetivo depois dos acampamentos de verão é estruturar e seguir uma rota sem fins lucrativos e em sociedade com algumas grandes empresas que têm ligação com a gente. Nós ouvimos a Ubisoft. Ouvimos Rovio. Ouvimos a Blizzard. Todas estas empresas de jogos grandes querem promover isso. Eu acho que ter esses parceiros estratégicos e depois também os educadores, incluindo grandes escolas ou distritos escolares em grandes cidades diferentes, nos permitiria chegar aos bairros de menor renda também.” Afirma Laila Shabir sobre o futuro do “Girls Make Games“.

Iniciativas como esta vão pouco a pouco promovendo uma silenciosa porém imensa e significativa mudança em busca de um mercado de jogos mais justo para as mulheres. Ao dar oportunidade e voz a jovens game designers, o “Girls Make Games” está escrevendo um futuro melhor para estas meninas e para todas as jogadoras que prezam por games que representem de forma mais igualitária a figura feminina, além de plantar a semente de um mercado de trabalho mais amplo e justo para todos.

Se você curtiu o projeto, é possível apoiar  por aqui o “Girls Make Games, para saber mais sobre os próximos passos dessa maravilhosa empreitada, você encontra informações no site, Facebook ou Twitter do “Girls Make Games“. E se você gostou desse post, deixe um comentário, compartilhe ou curta para a gente saber que ao abordar o tema da participação feminina nos games também estamos no caminho certo. 😉


O sexismo visto nos jogos muitas vezes acaba sendo um reflexo do machismo da sociedade na qual vivemos?


A galera do UOL Jogos disponibilizou uma matéria sensacional sobre sexismo em jogos online. Todos sabem que poucos ambientes conseguem ser mais hostis para as mulheres do que os jogos online, onde são comuns xingamentos, cantadas e coisas muito piores.

Segundo um novo estudo intitulado “Insights into Sexism: Male Status and Performance Moderates Female-Directed Hostile and Amicable Behavior” – “Estudos sobre Sexismo: Status e Performance Masculina Modera Comportamento Hostil e Amigável Direcionado ao Público Feminino”- conduzido por Michael M. Kasumovic e Jeffrey H. Kuznekoffeste este mau comportamento por parte dos homens tem origem na insegurança masculina quanto às suas habilidades nos games comparadas às habilidades das mulheres. 

A pesquisa indica que embora tanto homens quanto mulheres tenham interesse nos jogos, o ambiente dos jogos, dominados pelo público masculino, desencoraja interação com jogadoras – o que, infelizmente, não é nenhuma novidade para nós jogadoras agora está cientificamente comprovado.

“Videogames podem ser um bastião de imagens sexistas e posturas agressivas. Mas ao contrário da maioria de cenários competitivos intersexuais, em games não importa o quão grande ou forte fisicamente você seja. Tudo o que importa é o quanto você jogue bem”, declarou a dupla em um artigo sobre o estudo. “Isso os torna o lugar perfeito para perguntar que papel a hierarquia e status influenciam em agressão intersexual”.

Utilizando como base a comunidade online do jogo “Halo 3”, os pesquisadores utilizaram gravações de vozes masculinas e femininas durante as partidas, interagindo principalmente com membros de sua equipe. Em casos em que outros jogadores acreditavam estar jogando com um homem, estes usuários procuravam, em geral, dar mensagens de apoio ou neutras se estivessem indo mal na partida. Por outro lado, ao acreditar que jogavam com uma mulher, outros jogadores passavam a ser extremamente negativos, especialmente ao terem uma performance fraca no game.

“Isso sugere que homens se comportavam de acordo com uma hierarquia social. Quando eles tinham uma performance ruim – ou seja, eram de um status inferior – eles não questionavam um companheiro com voz de homem, mas questionavam um companheiro com voz de mulher”.

journal.pone.0131613.g001Este tipo de comportamento era registrado principalmente em jogadores com habilidade menor no game, enquanto homens mais capacitados costumavam dar apoio à suposta jogadora. Os pesquisadores, porém, não garantem que estes mesmos usuários manteriam esta atitude positiva ao serem superados por mulheres.

“Quando você vê a situação de uma perspectiva evolucionária, parte desta interação fica mais clara. Já que as chances de reprodução são determinadas mais por seu status do que por sua aparência, se uma mulher estiver usurpando o status de um homem ao ter uma melhor performance, quer dizer que é menos provável que ele seja atraente a uma possível parceira, especialmente se ela estiver acima dele na hierarquia. Embora seja improvável que homens estejam pensando em atração de parceiras quando jogam ‘Halo 3′, acreditamos que a negatividade maior direcionada a mulheres de status elevado por alguns seja uma resposta inconsciente ao ter sua masculinidade questionada por uma mulher. Perder para uma menina’ ainda é visto como inaceitável para muitos homens, por reduzir seu próprio status aos olhos de outros – tanto homens quanto mulheres”.

Assim, os pesquisadores concluem que, ao atacar verbalmente qualquer mulher que possa ser uma ameaça, homens acabam sendo a principal presença nestes jogos online. Tanto que todos os 189 jogadores que utilizaram chat de voz durante o estudo eram do sexo masculino – o que não quer dizer que mulheres não participaram das partidas, mas que não se comunicavam com o resto dos usuários.journal.pone.0131613.g003

“Os comentários negativos e sexistas expressados por alguns homens são na verdade uma forma de bullying, motivado pelo fato de serem considerados de pouco importância na ordem de hierarquia”, declarou a dupla.

O estudo também conclui que este tipo de comportamento é preocupante por possivelmente ser refletido em interações com mulheres em situações no mundo real – o que pode ser constatado com facilidade pelas ruas de qualquer cidade do país.

O machismo visto nos jogos, muitas vezes acaba sendo um reflexo do machismo da sociedade na qual vivemos. Inúmeros casos de mulheres que optaram por lutar contra esta realidade a acabaram sofrendo com todo tipo de represália masculina tem se tornado cada vez mais comuns.

A  imprensa especializada tem, felizmente, voltado cada vez mais seus olhos para o tema, destacando jogadoras, jornalistas e mulheres corajosas que apesar das dificuldades de jogar online a atuar no mercado de games, enfrentam o sexismo de frente buscam tornar os games online um ambiente mais confortável para todos. E para elas e todas as leitoras do Marketing & Games um recado: Em frente, meninas! Temos um longo e maravilhoso caminho a trilhar… 😉


Livestreams de games em 4K a 60 quadros por segundo começarão a ser transmitidas pela Hitbox


A Hitbox, plataforma de streaming de games concorrente da Twitch, está estabelecendo novos padrões de streaming ao vivo. A empresa que afirma ter como foco, fornecer uma experiência livre de atrasos busca também trazer interação, suporte e qualidade de transmissão a um nível que não foi alcançado na indústria de jogos antes – e começar a transmitir em 4K a 60 quadros por segundo é, sem sombra de dúvida, um passo decisivo nesta direção.

A Hitbox é a primeira empresa de livestream a lançar fluxos de resolução de 4K em até 60 fps – enquanto muitos de nós ainda estão em processo de aquisição de hardware 4K, a Hitbox se adiantou e em breve vai permitir que a transmissão com esse nível de qualidade seja feita. Isso significa que as pessoas com computadores potentes e banda mais “gorda” poderão executar e transmitir seus jogos nas configurações máximas, e qualquer pessoa com um monitor 4K , TV ou dispositivo inteligente terá conteúdo que vai encher-se e deliciar-se com todos esses pixels.

Este é um novo caminho para os streamers (profissionais especializados em transmissões ao vivo de jogos) se destacarem. Jogos de PC em resolução 4K e 60 quadros por segundo são mais acessíveis nos dias de hoje graças a placas gráficas superpoderosas como a Nvidia GTX 980 Ti e Titan X. Mas compartilhar esse conteúdo permanece difícil para os concorrentes da Hitbox, o YouTube oferece suporte a 4K a 60 FPS, mas a sua livestream tem problemas com bate-papo e diversos outros bugs, a Twitch, entretanto, tecnicamente não suporta 4K a 60 FPS e condena os streamers que usam mais de 3.500 Kbps, quase certamente por considerar que há abuso de seu sistema.

“Isso está trazendo o streamer e a qualidade de streaming para um nível totalmente novo”, afirma o diretor executivo da Hitbox, Martin Klimscha. “Nós sempre amamos a produção de nova tecnologia. Nós sempre amamos ser os early adopters”.

Inovar para se diferenciar em um mercado altamente competitivo sempre esteve no sangue da Hitbox, em 2013, a empresa introduziu uma solução de vídeo HTML5 que agora é algo que a maioria dos sites neste espaço também usam. Em 2014 se focou no fornecimento de 1080p a 60 frames por segundo e agora a inovação continua.

“É natural para nós dar o próximo passo”, disse Klimscha. “Então, lidar com os desafios técnicos de ser o primeiro é algo que sempre trataremos.”

Você pode se perguntar “mas quem realmente precisa transmitir jogos em 4K?” Pode parecer um exagero, neste ponto, mas a Hitbox observa que todas as peças individuais já existiam para tornar isso possível. As pessoas já começaram a jogar em 4K, as conexões de banda larga se tornam cada vez mais populares e monitores 4k são mais comuns do que nunca. A Hitbox apenas uniu tudo isso. Tendo em vista o crescimento do mercado de e-sports, grande foco da empresa, oferecer tamanha qualidade de transmissão faz todo sentido.

“Os jogadores são super exigentes”, disse Klimscha. “Nós somos apenas os primeiros a colocar os pedaços juntos para torná-lo um produto real.”

Quando estará disponível?
A primeira vez que o eSport mostrará um jogo em 4k 60fps no Hitbox será em julho deste ano. Fiquem atentos para a liberação da data exata que será feita no Twitter oficial da empresa no Brasil. O lançamento oficial será seguido de acesso antecipado para parceiros selecionados para transmitir em 4k então se você ainda não é um parceiro da Hitbox, e quer transmitir em 4K, talvez essa seja a melhor hora de começar uma transmissão.

Você encontra as informações oficiais no blog da Hitbox.


Mercado Mundial de Games deve faturar US$ 74,2 bilhões em 2015


Estima-se que o mercado mundial de games deverá faturar cerca de US$74.200 bilhões este ano, de acordo com a pesquisa do site Superdata. A empresa de pesquisa divulgou em seu Relatório Global de Mercado Jogos de 2015, oferecendo um resumo do mercado no momento e o que se espera da indústria para o futuro.

Enquanto a matemática do Superdata pode parecer menos otimista do que a de alguns outros pesquisadores da indústria, a empresa ainda espera que o mercado de jogos cresça, impulsionado principalmente pelo desempenho contínuo a partir de categorias como mobile e MMOs free-to-play. No entanto, o relatório da empresa vê o crescimento do mercado global de jogos desacelerando para um total de US$ 81,7 bilhões dólares em 2017, e permanecendo plana em 2018. Embora a maioria dos segmentos da indústria devem crescer em 2018, eles serão compensados ​​por reduções contínuas no varejo, pay-to-play MMOs e jogos sociais.

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Superdata destacou alguns mercados promissores para o crescimento, especificamente eSports, conteúdo em vídeo sobre jogos e realidade virtual. Juntos, o CEO da Superdata Joost Van Dreunen vê-los como algumas características de uma tendência emergente dentro de jogos que ele chama de “mídia jogável.”

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À medida que a indústria mudou, assim também o fez a audiência. Já estabelecemos que os jogadores de hoje não são os mesmos que têm sido tradicionalmente considerados o seu público-alvo – o perfil do gamer mudou, e muito. Mas agora que o jogo é mainstream, o comportamento da audiência é diferente. Hoje, as pessoas não apenas tem o consomem entretenimento, mas cada vez mais desempenham um papel ativo. Variando de modding para streaming e cosplays – o mercado de jogos apresenta um mix muito mais amplo e mais diversificado de oportunidades e desafios do que nunca.

Resta saber se as empresas líderes do mercado na atualidade estão mesmo preparadas…


YouTube Gaming – A nova plataforma do Youtube dedicada aos Games


O Youtube anunciou o YouTube Gaming, um novo aplicativo e site dedicado exclusivamente a conteúdo de jogos. “YouTube Gaming é construído para ser tudo sobre seus jogos e jogadores favoritos, com mais vídeos do que em qualquer outro lugar”, disse o gerente de produto do YouTube Gaming, Alan Joyce em anúncio. “Mais de 25.000 jogos terão sua própria página cada um, um lugar único para todos os melhores vídeos e transmissões ao vivo sobre esse título. Você também vai poder encontrar canais a partir de uma grande variedade de publicadoras e Youtubers.”youtube-gaming-marketing-games-01

Em um evento no estúdio da empresa em Los Angeles, o  chefe global de parcerias de jogos do YouTube, Ryan Wyatt, falou sobre a importância crescente dos jogos para o vídeo online – particularmente streaming – mas disse que o YouTube “nunca realmente ofereceu aos jogadores a experiência que eles merecem” – e sim, nisso todos nós concordamos.

Wyatt disse que o “YouTube Gaming foi construído a partir do zero para os jogadores pelos jogadores”, prometendo que “os jogos não estarão mais perdidos em um mar de conteúdo.” Esperamos também que os jogos não fiquem perdidos em um mar de bugs, que são diariamente relatados pelos Youtubers de jogos que tão arduamente tentam ganhar a vida com a produção desse conteúdo.youtube-gaming-marketing-games-mobile

O aplicativo YouTube Gaming e o site permitirão que os usuários se inscrevam em canais e sejam notificados imediatamente quando as streams começam – o que outras plataformas de streaming já fazem a tempos.

O serviço fará recomendações com base em canais que o usuário segue “e quando você quer algo específico, você pode procurar com confiança, sabendo que a digitação ‘call’ irá mostrar-lhe Call of Duty e não ‘Call Me Maybe'”, disse Joyce. Ficamos todos aliviados, afinal o hype dessa música já passou a séculos.  YouTube Gaming também promete novos recursos para livestreamers, permitindo que os Youtubers não precisem agendar seus eventos antes do tempo – novamente, outras plataformas como a Hitbox, já fazem isso a tempos, mas é bom ver o Youtube finalmente corrento atrás das novidades.

A gerente de produto Barbara Macdonald mostrou melhorias do YouTube para livestreamers no evento, mostrando participantes o processo simplificado que requer apenas alguns cliques para configurar o YouTube Gaming que também vai permitir que os espectadores possam “voltar” em transmissões ao vivo, e uma nova opção de baixa latência de streaming  “que vai permitir aos streamers realmente interagir com seus fãs durante os jogos.” Macdonald também prometeu melhorias na moderação dos chats, algo que ela disse que os usuários já vinham pedindo.

youtube-gaming-marketing-games-02O YouTube não divulgou se o serviço estará disponível nos consoles, mas afirma que ele chegará aos navegadores, e no Android e iOS através de apps “nas próximas semanas.” Inicialmente, o YouTube Gaming estará disponível nos EUA e no Reino Unido.

Para saber mais sobre a plataforma, leia o comunicado oficial (em inglês) disponível no blog do Youtube ou, acompanhe as novidades diretamente do Twitter oficial do Youtube Gaming, que embora recém lançado, já concentra uma massa ansiosa por novidades.


Explorando o Mercado Nacional de Jogos Indie – Mgaia Studio


A segunda parte da série de publicações que busca  explorar o mercado nacional de jogos tem o imenso orgulho de falar sobre o Mgaia! Após uma troca super bacana de emails com o Gabriel Naro, tive a chance de saber mais sobre a história do estúdio e do trabalho que desenvolvem.

O Mgaia nasceu como “Mother Gaia“, o nome foi escolhido em 2008 como nome do time que estava participando da Imagine Cup, uma competição e um programa global de tecnologia para estudantes que fornece oportunidades para  todas as disciplinas e que serviu para dar início ao que acabou mudando e evoluindo para o Mgaia de hoje.

Da esquerda para a direita: Felipe Cancian Bertozzo, Gabriel Naro, Bruno Toledo e Victor Oliveira.

De 2008 até 2012 a empresa passou por muitas coisas até que em 2012 conseguiram investimento externo para a criação da campanha do Soul Gambler no Kickstarter, o que seria a primeira grande aposta da Gaia com jogos grandes. E uma aposta que rendeu uma experiência sem igual e acabou por mudar para sempre os rumos do estúdio que hoje é formada por esses caras estilosos e bacanudos da foto ao lado.

 

Após a experiência com o Soul Gambler, a empresa se reinventou, mantiveram aquilo que gostavam, deixando de lado o que não curtiam e com isso se focaram cada vez mais em seguir na indústria de jogos realizando um trabalho sensacional com a nova formação que em pouco tempo já rendeu jogos muito bacanas.

O Mgaia, de cara nova, lançou então Tank Invaders (um jogo de bombardeio tático inspirado por shooters das antigas), o Headball Championship (jogo de futebol que presta homenagem aos maiores jogos de esportes dos 8 bits e 16 bits) e que hoje tem o orgulho de apresentar o Tiny Empire, um projeto do qual o Gabriel tem muito carinho. E não é pra menos, Tiny Empire está muito bonito!

Tiny Empire é um physics-puzzle com controles simples de um só toque. A estética remete aos clássicos da era 16-bit, conta com fases divertidas, meticulosamente projetadas e muito gratificantes. Para avançar para o próximo nível o jogador deve manejar o canhão com muita habilidade. Mas só saber mirar não basta: nas fases mais avançadas é necessário atirar no momento certo também. Tudo isso é apresentado aos poucos através de tutoriais bem colocados em uma curva de aprendizado suave e divertida. Em pouco tempo os ágeis Beholders voadores cairão tão fácil quanto os pobres Orcs, bobos demais para se mexerem. Ao final de cada fase o jogador receberá de uma a três estrelas, dependendo do número de inimigos que eliminou e quantos aliados poupou. Para ter uma ideia de como o jogo promete, confere aí o trailer de lançamento do Tiny Empire.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=cgPJTNFMhPQ]

O jogo está disponível para Android, iOS e Windows Phone e você encontra maiores informações aqui.

Posso dizer que foi sensacional conhecer um pouco mais sobre o estúdio e todos os altos de baixos pelos quais passaram para chegar na receita de sucesso que tem hoje. Espero que a história dos caras possa servir de inspiração e exemplo para quem está começando no mercado de jogos hoje. Gostaria de agradecer ao Gabriel Naro pela oportunidade de mostrar aqui no Marketing & Games um pouquinho sobre o Mgaia que eu mal conheço e já considero pacas. 😉

E para indicar um trabalho que você curta, entre em contato com a autora do texto por aqui e quem sabe o próximo estúdio a dar as caras por aqui pode ser o seu.


Confira tudo o que rolou no evento de lançamento de Heroes of the Storm no Brasil


Na última terça-feira, dia 26 de Maio a Blizzard recebeu em São Paulo a mídia especializada em jogos em uma festa de lançamento do game “Heroes of the Storm” repleta de novidades.

“Heroes of the Storm” é um jogo online de combate entre equipes estrelado pelos heróis de todos os universos da Blizzard que representam os mais de 20 anos de história da empresa com cenários e personagens icônicos, todos reunidos em um combate sem igual entre equipes.

O jogo foi apresentado oficialmente por Daniel Kawano, gerente de comunidades da publisher e Julian De Lucca, conhecido no mundo virtual por “Xuminator”. A Blizzard fez anúncios importantes como o lançamento do Heroes Starter Pack, a primeira Copa América de Heroes of the Storm e o lançamento de produtos licenciados do jogo no país.

A edição física do game, custará R$ 59,90 e é ideal para aqueles que estão começando, uma vez que conta com pelo menos um personagem de cada especialidade existente no jogo, além de conteúdo épico e exclusivo. Como Heroes será gratuito, essa edição terá benefícios extras, são eles:

  • 5 Heróis – Zagara, Sonya, Li Li, Jaina e Zeratul
  • A skin Ronin para o Zeratul
  • O Tigre Dourado – uma montaria disponível apenas com o Starter Pack

Caso o usuário já possua alguns destes personagens, será possível dar de presente para um amigo o personagem repetido uma vez que cada um dos 7 itens deste pacote especial virão com um código único. O Starter Pack de Heroes estará disponível nos principais varejistas especializados em games do Brasil a partir do dia 02 de junho, dia do lançamento oficial do jogo no mundo.

A primeira Copa América de Heroes of the Storm reunirá as principais equipes da América Latina que disputarão um prêmio de mais R$ 75.000 e vagas para a fase qualificatória das Américas, competição que leva ao Mundial de Heroes of the Storm, que acontecerá em novembro durante a BlizzCon deste ano. Um outro anúncio bacana foi a chegada de produtos licenciados de Heroes of the Storm, serão lançados diversos produtos ao longo das próximas semanas, incluindo camisetas, blusões, bonés e muitos outros produtos.

Além da festa e dos anúncios pudemos prestigiar a primeira showmatch oficial entre os times Dexterity e Jayob e-Sports, disputa que não foi lá muito acirrada, e o Jayob massacrou sem piedade a equipe adversária em emocionantes e empolgantes 11 minutos narrados com fervor pelo famoso caster Gruntar. Foi possível perceber com clareza que o game reúne batalhas intensas e jogabilidade dinâmica dos combates em equipe online – Heroes apresenta jogabilidade de equipe intuitiva que mantém uma boa base e variedade na qual o jogador é recompensado ao jogar como uma equipe.

Mais sobre o jogo: Em “Heroes of the Storm” será possível reviver batalhas clássicas da empresa, como Tyrael x Diablo ou Arthas x Uther além de muitas outras, as combinações entre os heróis e universos da Blizzard são infinitas. O game oferece várias maneiras de personalizar a aparência e o modo de lutar dos personagens. Você pode escolher entre uma infinidade de maestrias, habilidades heroicas e características de combate que podem mudar radicalmente a maneira dos heróis lutarem. Os visuais completam a aparência dos personagens e as montarias levam você a todos os cantos do campo de batalha com velocidade e estilo.


Game Brasileiro “Better Late Than Dead”, da Odin Game Studio, sairá para PS4


Vocês não imaginam a minha felicidade ao falar do mercado nacional! Diversos estúdios disputam um lugar ao sol e muitas equipes estão conquistando sua fatia de sucesso através da inteligente e criatividade – desta vez quem está mandando muito bem é o Odin Game Studio, localizado na zona sul de São Paulo, que acaba de emplacar seu primeiro jogo em um console, o Better Late Than Dead (adorei o nome!)

Better Late Than Dead é um jogo de sobrevivência no qual  você acorda em uma ilha sem muitas lembranças e agora deve procurar ferramentas que lhe ajudem a escapar deste lugar onde nem tudo é o que parece. Alexandre Kikuchi, diretor da Odin explica que o jogo foi criado a partir de uma pesquisa de mercado, que buscava entender que tipo de jogo as pessoas estão buscando hoje em dia:

Alexandre Kikuchi, Diretor Odin Game Studio
“Com isso, fizemos um jogo de sobrevivência realista, com natureza e sem fantasia. Fizemos um protótipo no começo do ano passado. Fechamos acordo com a publisher Excalibur, com quem já tocamos outros projetos, e decidimos ir para console. Agora vai ser um jogo com alguns elementos de sobrevivência, que tem um modo singleplayer focado na história e na sobrevivência, e um modo multiplayer que vai ser uma mistura de ‘Náufrago’ e ‘Jogos Vorazes’. É um jogo que a comunidade vai pedir itens, recursos, etc. E a gente tem que atender e ir inserindo. Por isso, pode ser um projeto mais longo.”

Começaram bem pra caramba focando na comunidade de jogadores – que todos nós sabemos que é a chave do sucesso, mas a equipe não para por aí, para levar o jogo para console, o estúdio teve de investir mais do que na média, investimento que segundo eles, pode crescer.

Alexandre Kikuchi acredita que: “A gente vai ter um cenário brasileiro de jogos bem bacana. Isso porque casou de a Sony e a Microsoft estarem mais interessadas na produção independente e também de a indústria brasileira de games estar crescendo cada vez mais e com mais qualidade.”

O jogo terá acesso antecipado no Steam em junho e o objetivo é coletar as impressões da comunidade de jogadores para acertar os últimos detalhes antes de publicar uma versão final para PC e, em seguida, para a PS Store. (Shut up and take my money Odin!)

Acredito que a Odin esteja no caminho certo, principalmente ao optar por ouvir a comunidade de jogadores. O game tá lindo e tem tudo pra ser um grande sucesso. E você que, assim como eu, curtiu o Better Late Than Dead pode acompanhar as novidades da Odin na página deles no Facebook e as atualizações do jogo na página da empresa dedicada do game. A galera da Odin também confirmou que estará na Brasil Game Show desse ano e sem dúvida acho válido aparacer por lá e fazer uma visita.

Enquanto o jogo não sai para PS4, deixo vocês com um gostinho do game (que tá bonito demais):

Better Late Than Dead

E aí, bora apoiar o mercado nacional ajudando a gente a espalhar a palavra? 😉


Os Jogos Que Mais Estimulam o Cérebro


Não é novidade que os jogos são estimulantes. Nos motivam em diversas frentes e estimulam nossos sentidos e nossa mente, mas o quanto? Quais jogos estimula mais o nosso cérebro e, games podem ser criados com esse propósito? Jorge Luis Santana, coordenador do curso de Jogos Digitais do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF) elegeu quatro dos games que mais estimulam o cérebro.

O objetivo é investigar alguns dos games que são mais do que só diversão, mas sim obras que exercitam o cérebro e trazem benefícios como criatividade, lógica, raciocínio, memória, coordenação motora e até treino para línguas estrangeiras. Todo mundo que  acompanha minhas publicações aqui no Marketing & Games, sabe o quanto eu acredito no poder que os jogos tem de gerar experiências pessoais que são capazes de ensinar e modificar e conectar as pessoas, por isso, fico realmente muito satisfeita em ver esse tipo de pesquisa sendo feita em solo nacional e em poder compartilhar com vocês alguns dos jogos que mais estimular o cérebro:

1 – Tetris

Os pesquisadores do Mind Research Network em Albuquerque, no Novo México descobriram melhorias notáveis na função cerebral e espessura cortical entre 26 garotas adolescentes, que jogaram 30 minutos diários de “Tetris, por 90 dias. As meninas passaram por verificações estruturais e funcionais antes e depois do período de prática de três meses, assim como as garotas de um grupo de controle cujos membros não jogaram “Tetris”. Segundo a pesquisa, as jovens que jogaram o clássico dos games demonstram melhor eficiência cerebral durante os testes do que aquelas no grupo de controle, e as verificações revelaram que aquelas que jogaram, o título tinha um córtex notavelmente mais espesso.

2 – Halo

As franquias de games de ação “Halo”, “Gears of War” e “Grand Theft Auto” receberam críticas nos lançamentos dos jogos por espalhar muito rapidamente entre os gamers jovens. Entretanto, um estudo clínico com 114 crianças e jovens entre sete e 22 anos, realizados por pesquisadores da Universidades de Rochester (NY) sugere que jogar tais games pode obter alguns benefícios psicológicos, como por exemplo, a habilidade de atenção e foco em vários objetos de modo muito mais rápido, se comparada às crianças que não jogam.

De acordo com a pesquisa, “esse estudo mostra que as crianças que jogam games de ação, exibem um nível de desempenho no raciocínio lógico melhor, que só são alcançados muito tempo depois, ou nem são alcançados, comparado com as pessoas que não jogam games”, explica Santana.

3 – 2048

O game mobile que está fazendo sucesso na comunidade de desenvolvedores chama-se, simplesmente, 2048. O objetivo é combinar tijolos virtuais com as setas do teclado, realizando somas até conseguir o tijolo com o número 2048. O truque é que apenas os bloquinhos com números iguais se juntam, transformando o jogo num desafiador quebra-cabeças matemático. Caso o usuário utilize bloquinhos demais, acaba travado e é game over.

4 – Papagaio 

Criado pelo professor de Jogos Digitais da Faculdade UDF, Alexandro Ferreira Leal, Papagio é um jogo de ação desenvolvido para dispositivos móveis, em que o jogador precisa sobreviver aos perigos da floresta. “Papagaio é um game com jogabilidade simples, mas desafiadora que estimula a coordenação motora e melhorando a atenção do usuário”, comenta Santana. Esse jogo está disponível gratuitamente na Play Store.

Já esperava ver um jogo como Tetris na lista por já ter lido diversas matérias sobre a influencia que o jogo pode exercer, mas fiquei realmente surpresa com Halo! Curto muito a franquia e sem dúvida é preciso atenção e dedicação para mandar bem no jogo, mas acredito que pelo fato de se tratar de uma franquia de ação, não esperava encontrá-la por aqui…

E para você, quais outros jogos são capazes de melhorar a capacidade cerebral dos gamers?

Fonte: GameReporter


Filho de John Romero Cria seu Primeiro Jogo aos 10 Anos


Filho de peixe… também é peixinho nos games e o filho do criador de Doom (John Romero), Donovan Romero-Brathwaite chega pra provar que eles começam a nadar bem cedo! A criatividade está no sangue desse garoto, que com apenas 10 anos de idade acaba de disponibilizar seu primeiro jogo, o Gunman Taco Truck na Humble Store.

O filho de John Romero, que trabalhou na produção de vários games com Branda Romero, conhecida por seu trabalho na franquia Wizardry,  teve a ideia de produzir um jogo sobre um caminhão armado. Com o tempo, a ideia amadureceu e saiu do papel com a ajuda de amigos e familiares, totalizando seis colaboradores.

Eles já tem até camisetas! Eu quero…

Gunman Taco Truck se passa em 2020 após um acidente com bombas atômicas que devastou boa parte da humanidade e como se isso não bastasse, a maioria dos sobreviventes acabou sofrendo mutações. Nesse cenário pós-apocalíptico, você é o último mexicano vivo nos EUA e tem o objetivo de chegar até a cidade de Winnipeg, no Canadá, local onde existe um grupo de resistência. Para tanto, você conta unicamente com o seu caminhão, antigamente usado para vender tacos, que foi modificado para destroçar toda e qualquer criatura que o ameace e ouse cruzar o seu caminho – sério, gente, adorei a ideia esse moleque!

Gunman Taco Truck está em fase Alpha de testes, mas pode ser adquirido antecipadamente pela Humble Store e será compatível com computadores dotados de Windows ou Mac e tem previsão de lançamento para junho deste ano. O menino tem ou não tem futuro?

O jogo já tem site e tem feito uma cobertura muito bacana no Twitter.

Tudo bem que Donovan é filho de dois grandes produtores e certamente isso pode ter dado um belo empurrão no seu projeto, mas creio que sirva sim de exemplo pra você (sim, você, meu amado leitor) que algum dia já pensou ou desejou profundamente lançar seu jogo, mas acabou desistindo. Vá em frente, acredite em seu sonho e coloque seu jogo na rua!