Em plena oitava geração de videogames, é comum que, periodicamente, um imenso volume de lançamentos despertem o interesse dos gamers. Porém, o que faz um jogo se tornar inesquecível? Segundo o jornalista e especialista Bruno Micali, do canal TecMundo Games, uma das plataformas da NZN, a resposta está na singularidade de cada jogo.
Bruno Micali, TecMundo Games
“Seja uma produção independente ou de alto orçamento, o que faz com que um game nunca saia de moda é sua criatividade e seus diferenciais dentro desse mercado já saturado”.
E são esses diferenciais na narrativa, visual, jogabilidade, trilha sonora, entre outros fatores que eternizam os jogos e fazem com que eles conquistem o público por gerações.
Conheçam 15 games que se tornaram inesquecíveis e que nunca saem de moda!
1. Donkey Kong
Ao lado de Mario, Star Fox e Link, Donkey Kong é um dos principais mascotes da Nintendo. O gorila nasceu em 1981 como o vilão de um jogo homônimo para fliperamas. Ao longo do tempo, o personagem ganhou releituras no SNES, no Nintendo 64, nos portáteis e nas últimas plataformas da Big N, seja como protagonista ou coadjuvante de outro título. A fórmula é renovada periodicamente e aposta na receita plataforma + exploração com a forte pitada de nostalgia.
2. Tetris
Atemporal, Tetris é um ícone da indústria de videogames porque foi um dos primeiros jogos a fazer o jogador verdadeiramente pensar, elaborar alguma estratégia para avançar. O jogo é uma combinação de timing, raciocínio e precisão. Após um tempo adormecida, a franquia voltou aos holofotes de maneira triunfal com Puyo Puyo Tetris, recém-lançado para PS4 e Switch, uma experiência que conta com diversos modos capazes de revitalizar a série.
3. GTA
O “Grand Theft Auto” ou apenas GTA é o suprassumo da Rockstar e palco de polêmicas, controvérsias e realça discussões do mundo moderno, sempre em formato satírico. Junto disso, o jogador também encontra forte tempero de violência e a liberdade que muitos títulos tentam oferecer, mas não conseguem.
4. Franquia Mario
Super Mario Bros., Super Mario World, Super Mario Run, Super Mario 64, Super Mario Sunshine ou Super Mario Galaxy. O principal mascote da Nintendo é um ícone dentro e fora dos videogames: para que se tenha uma ideia, o nome dele é tão famoso quanto o do Pelé, de acordo com o Google. Mario está entre nós há mais de 30 anos e jamais terá prazo de validade, seja nos jogos de aventura ou nas milhares de atuações em outros gêneros.
5. Zelda
“Zelda” é muito mais popular do que “The Legend of Zelda”, tanto que muitos confundem o nome e acham que ele se refere ao protagonista de capuz verde, que na verdade é Link. A franquia está em nossos corações desde 1986, quando o primeiro título foi lançado para o saudoso Nintendinho no Japão. Ao longo das décadas posteriores, ganhou versões para praticamente todas as plataformas da Nintendo, e Breath of the Wild, o mais recente (no Wii U e no Switch), foi tão revolucionário que, por si só, deixou uma marca eternizada na indústria.
6. Resident Evil
O gênero de terror só evoluiu para “survival horror” graças a Resident Evil, que já existe há mais de 20 anos e consagrou mecânicas utilizadas até hoje. A aposta aqui não é confiar somente no terror ou nos sustos de pular da cadeira; a série tem uma narrativa que se sustenta até hoje, com personagens emblemáticos, filmes, animações, adaptações em livros e quadrinhos. Muito do que você vê nos jogos de terror atuais existe graças a Resident Evil.
7. Just Dance
Just Dance é a prova viva de que jogos musicais ainda têm lenha a queimar após a era de Guitar Hero e Rock Band, os quais, por sua vez, vieram depois de Dance Dance Revolution, Bust a Groove e afins. É uma proposta que se encaixa em qualquer evento familiar, em casa após o expediente ou no trabalho. Os campeonatos de Just Dance e a popularidade da franquia mostram um horizonte promissor pela frente – e no qual o Brasil é um forte competidor.
8. League of Legends
O gênero MOBA só ficou conhecido dessa forma por causa de League of Legends. DotA abriu as portas do gênero, enquanto LoL tratou de consolidá-lo. É o título que movimenta muito dinheiro no cenário de e-Sports, responsável por mobilizar milhares de fãs ao redor do mundo. O motivo? Sua proposta “infinita”, uma vez que cada batalha é diferente e explora aquela parte do cérebro na qual precisamos elaborar estratégias e táticas que mudam com o tempo. Não há o menor sinal de League of Legends sair de moda. Pelo contrário: ele só aquece a cada ano que passa.
9. World of Warcraft
Há quem jogue World of Warcraft há mais de 10 anos. Há quem jogue há cinco ou seis anos. E há quem diga que, mesmo após todo esse tempo, ainda existe “uma vida inteira de exploração lá dentro”. Basicamente, World of Warcraft ganhou o ápice da popularidade não apenas por trazer um mundo com quests infinitas para os jogadores explorarem, mas sim por permitir que eles fizessem isso juntos e vivessem verdadeiras aventuras ao lado daqueles que gostam, num ambiente construído por amizades, lealdade e companheirismo. E isso é algo que jamais sai de moda.
10. Diablo
Diablo é outro suprassumo da Blizzard. Que atire a primeira pedra aquele que não gastou horas a fio em madrugadas farmando itens exaustivamente para melhorar o personagem, conseguir novos equipamentos e explorar calabouços inéditos. Essa busca pelo arsenal supremo é a principal bandeira de Diablo, que virou sinônimo de um produto viciante, daqueles em que são gastas dezenas de horas sem que se perceba. Diablo 3 e sua recém-lançada expansão mostram que a franquia ainda tem muito para dar.
11. Counter-Strike
Símbolo estampado das lan houses, Counter-Strike nasceu de um mod para Half-Life. Pois é. Nem expansão chegava a ser; era apenas uma “extensão” do icônico shooter da Valve. Conquistou espaço nos computadores do mundo todo por trazer tiroteios descompromissados em mapas eternizados: Dust, Inferno, Aztec, Italy… Hoje, Counter-Strike: Global Offensive é um dos principais jogos do cenário de e-Sports nos shooters e mostra que a franquia está muito, mas muito longe de sair da moda.
12. Half-Life
Eis o precursor de Counter-Strike e responsável por implementar narrativa adulta em shooters, gênero que tinha a fama de “descerebrado” até então. Half-Life é tão robusto que sua história, uma combinação suprema de ficção científica e filosofia, é estudada até hoje em trabalhos acadêmicos de cursos de games.
13. Doom
Antes de Half-Life, Doom, Wolfenstein e Duke Nukem foram três ícones dos anos 90, em uma disputa párea que popularizou o gênero. Doom soube dar continuidade a isso de diversas formas possíveis: aumentou sua dose de maturidade, resguardou as raízes e teve a competência de saber se renovar com o tempo. O último reboot da franquia, lançado em 2016, disputou o troféu de jogo do ano e provou que ninguém está a fim de enjoar de um bom shooter tradicional, especialmente quando ele é embalado por uma trilha sonora lotada de ícones do death metal.
14. Pokémon
Uma das marcas registradas da Nintendo é seu forte apelo nostálgico com as franquias de seu portfólio. E Pokémon, assim como Mario, Donkey Kong e Zelda, é uma delas. Todo mundo já viu ou ouviu falar, e não foi por causa de Pokémon GO não: foi por causa do anime, dos mangás, das revistas, dos bonecos, dos nomes peculiares dos monstrinhos, dos jogos de Game Boy. E a ansiedade por um novo título é sempre a mesma de 10 ou 15 anos atrás.
15. Need for Speed
Por mais que Gran Turismo e Forza sejam detentores de fãs do PlayStation e do Xbox, respectivamente, não há como negar: Need for Speed é um monstro do gênero. E não é porque a franquia está em baixa atualmente que deve ser desmerecida. Nascida como “The Need for Speed” e tendo passado por Underground e Hot Pursuit, dois sucessos da série, Need for Speed é sempre todo ouvidos ao feedback dos jogadores para a implementação de melhorias. É difícil ficar mais de dois anos sem que um jogo novo da franquia chegue ao mercado.
Fonte: NZN